capítulo 19.

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Pablo Gavi.

As vezes, eu realmente achava que era um velho no corpo de 18 anos. Eu gostava de rede sociais para passar o tempo, rolar o feed, ver vídeo de gatinho, babar nas fotos que Carolina postava no perfil privado, essas coisas. Mas nunca gostei de exposição extrema, me sentia sufocado, julgado, me deixava incomodado. Quando vi aquela foto, de um momento tão intimo meu e de Carolina, fiquei maluco!

Ela fingiu não se importar, pra não estragar o restinho do dia que tínhamos, mas eu sabia que assim como eu ela odiava exposição. Então só desligamos nossos celulares e fomos dormir. Eu tive preparamento físico o dia inteiro, e quando cheguei no quarto de hotel, Carolina estava encolhida na cama lendo um livro, o celular na mesa de cabeceira continuava desligado.

- Nem vem! - É a primeira coisa que ela fala quando me aproximo, sabia. - Vai tomar um banho, fedido!

- Não vai me dar nem um beijinho antes? - Eu chego mais perto abrindo os braços, Carolina rola pro outro lado da cama, fugindo de mim.

- Só depois do banho!

E quando ela ameaça jogar uma almofada em mim, eu entro no chuveiro.

- Agora eu mereço um beijo? - Carolina levanta os olhos do livro e sorri para mim, se aconchegando no meu peito quando deito na cama, enchendo meu rosto de beijos. - Agora eu tô feliz.

- Como foi o treino? - Ele encosta a cabeça na minha barriga e me encara, os olhos verdes e brilhantes me olhando com curiosidade.

- Foi normal... estou ansioso pra amanhã.

- Não vou falar que vocês vão ganhar, se não dá azar. - Ela sorri bonito, fazendo meu peito se encher. - Mas acredito em vocês. Acredito em você.

Foda-se o troféu, aquela mulher era minha namorada! Ninguém jamais iria tirar isso de mim.

- Como você está? - Amava o fato de que eu não precisa me explicar para Carolina, ela sabia o que eu queria dizer só com um olhar.

- Bem... Uns meses atrás eu teria surtado, de verdade. - Ela da um riso fraco, se aconchegando mais ainda nos meus braços. - Mas não tem como fugir disso.

- Como assim?

- Eu aceitei namorar com você, não aceitei? - Ele levanta o tronco e se senta na cama, suas mãos fazendo carinho no meu peito nu. - Uma pessoa pública, conhecida mundialmente...

- Por acaso vai terminar comigo? - Eu brinco e ela da risada. - Tô falando sério Carolina, você sabe que eu sou meio paranoico!

- Idiota... - Ela empurra meu rosto de leve, me fazendo rir. - Não vou terminar com você, então agora vou ter que aguentar a mídia em cima de mim. Parece até karma.

- Meio irônico né? Uma jornalista tendo problemas com à imprensa.

- Acho que eu mereço, por ter falado que você era medíocre e egocêntrico. - Eu dou uma risada alta e Carolina me acompanha, o karma dela realmente tinha chego.

Sei que íamos achar uma forma de lidar com aquilo, não era um bicho de sete cabeças, só precisávamos ter maturidade o suficiente, filtrar comentários, não cair na exposição... É, talvez fosse difícil, mas eu estava disposto a tentar.

ANTI - HERO  || Pablo GaviOnde histórias criam vida. Descubra agora