𝐄𝐩í𝐥𝐨𝐠𝐨

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// Tem outra música sugerida para o Epilogo! Lembrando que vou deixar o link do spotify no link externo do capitulo também.

Vou avisar no momento de dar o play. Beijooos //

Abri os olhos e fechei em seguida com força, por conta da claridade. Olhei para o lado e a cama estava bagunçada. Me levantei, e usando apenas minha boxer preta, caminhei pelos corredores da mansão, descendo as longas escadas e o encontrando na cozinha.

Louis Tomlinson.

Quando um homem se aproximou de nós naquele dia, dizendo ser o médico enviado por Malik, eu finalmente deixei que Louis deixasse meus braços. Ele precisou remover a bala e costurá-lo ali mesmo, em um estado não muito adequado, mas era o necessário e fora o suficiente.

E aquela fora a única vez que eu me senti impotente. Incapaz de salvá-lo. A dor desse sentimento era grande, mas suavizou quando ele, com um curativo na barriga, levou os olhos azuis até mim e deu um pequeno sorriso, enquanto voltávamos para casa.

Daquele dia em diante, não tínhamos como ignorar nada do que tinha sido dito ou feito. Brigamos, discutimos, e no final, decidimos ficar juntos. A conclusão que chegamos era que: Primeiro, ficar separados era obviamente perigoso e nos colocava em risco; segundo, eu não conseguiria sobreviver a sua morte, e nem ele a minha; terceiro, ele tinha mesmo sido um grande filho da puta, mas não é como se eu não tivesse planejado transar com ele e depois matá-lo a sangue frio, então... Quarto, nunca diríamos isso para ninguém além de nós mesmos, mas é claro que Tomlinson e eu nos amávamos pra caralho.

- Bom dia – Ele disse com um sorriso, de pé, próximo a bancada.

- Bom dia – Respondi me aproximando.

- Preparei seu café – Falou empurrando um copo de whisky em minha direção, como em toda manhã.

O fitei com uma curva nos lábios e me inclinei para selar os dele.

Enquanto dava meu primeiro gole, Louis acendia seu primeiro cigarro da manhã, já que estava diminuindo a cocaína.

Era uma manhã típica para nós dois. Louis se aproximou de mim após algumas tragadas, se enfiando entre minhas pernas dobradas – já que estava sentado sobre um dos bancos altos da bancada – e enterrou o rosto entre a curva do meu pescoço e ombro, deixando alguns beijos ali.

Eu mantinha minha mão diretamente sobre sua bunda e fechei os olhos para aproveitar um pouco mais daquilo. Até ouvir o celular vibrar e meus olhos irem diretamente para a tela.

"Chegamos em vinte minutos, estejam prontos"

- Droga – Falei baixo e ele me fitou esperando uma explicação – Eles já estão chegando.

Louis revirou os olhos e se afastou minimamente, dando uma última tragada no cigarro.

- Então vamos – Disse como se conformasse a si mesmo.

Me levantei e seguimos para o quarto novamente. Abri o guarda-roupas e peguei meu terno cinza escuro, procurando pela camisa azul marinho.

- Viu minha camisa? – Perguntei enquanto procurava entre todas outras

- Na gaveta – Louis respondeu enquanto vestia sua calça de alfaiataria e uma blusa de gola alta, ambas as peças pretas.

Abri a gaveta, encontrei a camisa e a vesti, não abotoando todos os botões.

// Hora de dar play na música sugerida! //

Depois de nos vestir, fomos juntos até a garagem, onde ficava também nosso armário de armas. Louis abriu duas malas, enquanto eu escolhia as certas e as guardava com cuidado.

Ouvimos as vozes no andar de cima e fechamos os zíperes.

Não demorou muito para que estivéssemos dentro do Bugatti La Voiture Noire preto. Louis dirigia, eu ao seu lado, usando óculos escuros como os dele, Horan e Malik estavam nos bancos traseiros.

No fim das contas, decidimos mesmo trabalhar em conjunto. Malik era o que tinha o nome, os homens; Horan, obviamente descobria o que precisássemos que ele descobrisse; Louis, usava sua mente brilhante para que tudo saísse como esperado; e eu, bom, modéstia parte, eu ficava com a parte divertida da coisa toda.

E naquele dia, seguimos para o início de mais um dos nossos trabalhos, como costumávamos chamar.

Isso, é claro, depois de Louis e eu chegarmos a conclusão que teríamos que terminar o que começamos na cozinha, no jatinho, em direção a Paris.

O Sol era forte naquela manhã, a estrada estava vazia, e o carro corria em alto velocidade pelo asfalto, enquanto Horan repassava as informações, mesmo que Malik era o único prestando atenção.

Louis e eu permitimos juntar mãos, enquanto ele continuava dirigindo, me fitando brevemente com um pequeno sorriso nos lábios finos e voltando a encarar a estrada. O observei em silencio, notando como sol atingia e fazia sua pele dourada parecer brilhar, seu nariz pequeno e delicado onde os óculos escuros encaixavam muito bem, cobrindo os olhos azuis que, quando me fitavam, já não carregam mais aquela frieza de antes.

Admitindo apenas para mim mesmo, que era grato por não ter sido capaz de atirar nele. Grato por Louis Tomlinson não ser um grande filho da puta para mim, mas sim, o meu coelho branco.

Fim.

𝐓𝐚𝐬𝐭𝐞𝐝 𝐋𝐢𝐤𝐞 𝐁𝐥𝐨𝐨𝐝 | 𝐥.𝐬Onde histórias criam vida. Descubra agora