𝐂𝐚𝐩𝐢́𝐭𝐮𝐥𝐨 𝐗𝐗𝐕

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// Oioi amores.

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Silêncio.

Desde eu havíamos entrado no carro, agora comigo dirigindo, Horan e a garota nos bancos traseiros, e Tomlinson ao meu lado, com mais um cigarro queimando ente os lábios, ficamos em completo silêncio.

A morte era algo que eu estava familiarizado a lidar, pessoas nascem, passam um tempo vivas e então morrem. É básico e sem precedentes.

Louis Tomlinson também não parecia ter uma relação ruim com a morte. Ou melhor com a própria morte.

O corpo de Paul ficou lá, junto a todos os outros, como mais um deles. E agora Louis estava calado, fumando seu cigarro depois de parecer um tanto inconformado com a perda de seu segurança pessoal. Ele não parecia triste, ele parecia irritado.

- Você demorou dias – A voz da garota, com um sotaque carregado e parecido com o do irmão mais velho, soou no carro, quebrando a atmosfera silenciosa. – Eu quase morri, sabia?!

- Não enche a porra do saco, Charlotte – Foi o que ele respondeu, sem se dar ao trabalho de virar o corpo para encarar a garota.

Mais uma vez voltamos a quietude, e pude ver os olhos azuis e cansados da jovem se revirar pelo retrovisor.

Ainda com a mão esquerda no volante, seguindo a estrada reta de volta a Nova Iorque, estendi a direita até o porta-luvas em frente a Tomlinson, que observava aquilo confuso, enquanto abria o compartimento e pegava o cantil com whisky que havia deixado ali.

Abri e tampa e tomei um gole, inclinando de leve a cabeça para trás, ainda com os olhos na estrada.

- Quando colocou isso aqui? – Finalmente a voz de Tomlinson soou até mim.

- Sabe que eu não me lembro? – Falei irônico o fitando pelo canto dos olhos, e mentindo.

Pouco antes de entrarmos no carro, enquanto ele distribuía as armas para os quatro homens – que agora estavam mortos – coloquei o cantil ali, apenas por precaução, pois sabia que precisaria de alguns goles após o feito.

Ele continuou com os olhos azuis sobre mim, curvei um pouco os lábios para cima e estendi a bebida até ele, que aceitou agarrando a pequena garrafa e levando até os lábios.

- Sério, você vai dirigir bêbado? – A garota, que agora parecia ter uma voz ainda mais irritante, disse para mim.

Umedeci os lábios e inevitavelmente sorri.

- Eu nunca dirijo sobreo – Foi o que respondi, a encarando pelo retrovisor.

- Isso é verdade – Horan finalmente concordou, num tom mais leve do que eu e Tomlinson costumávamos usar.

O cantil me foi devolvido e voltei a beber mais do whisky, sentindo o álcool descer e queimar até meu estomago.

Segui dirigindo pela estrada, Louis voltou ao silêncio completo e olhos azuis furiosos focados nos cenários que se passavam pela janela há 180km/h. Não pude deixar de notar alguns olhares suspeitos de Horan para a garota universitária de cabelos longos e loiros ao seu lado, que parecia corresponder, mas preferi ignorar o que ele fazia.

𝐓𝐚𝐬𝐭𝐞𝐝 𝐋𝐢𝐤𝐞 𝐁𝐥𝐨𝐨𝐝 | 𝐥.𝐬Onde histórias criam vida. Descubra agora