𝐂𝐚𝐩𝐢́𝐭𝐮𝐥𝐨 𝐗𝐈𝐕

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- Doendo muito? – Louis perguntou, enquanto eu vestia minhas calças e passava com cuidado pela minha bunda, onde a pele ardia.

- Não – Disse fingindo indiferença e ele soltou uma risada seca, ajeitando o próprio membro dentro da boxer

- Pelo menos agora tem uma marca deliciosa dos meus dedos na sua bunda – Ele falou como se gabasse de si mesmo, e eu o encarei com as sobrancelhas erguidas abotoando a calça – Vem, vou te mostrar a casa, como disse.

- Vai mostrar sua casa pro cara que ia te matar? – Perguntei passando a camisa pelos braços e a deixando aberta.

- Sim, eu disse que mostraria depois que terminássemos – Louis falou num tom óbvio – Eu não costumo mentir. – Semicerrou os olhos e me lançou um sorriso cínico de lado.

Era o que faltava.

Agora ele iria ficar jogando isso na minha cara, ótimo.

Nós andamos pelos longos corredores, ele me mostrou os vários quartos de hóspedes, a academia, o estúdio de música o qual ele não usava, mas já estava montado quando comprou a casa, e como, segundo Louis, ele havia achado a mobília bonita, preferiu deixa-lo lá. Me mostrou sua enorme cozinha e ainda maior sala de jantar, com uma mesa grande e vários lugares, mesmo que ele jantasse sozinho sempre.

Passamos pelo escritório, sala de estar, até chegarmos na área externa, onde tinha uma enorme piscina e um belo deck em volta.

- O que é ali? – Perguntei avistando um lugar redondo, com paredes de vidro e um pouco mais alto.

- Uma jacuzi – Louis disse caminhando até lá, ainda apenas de boxers, e eu segui seus passos.

Ele empurrou a porta de correr, também em vidro, e então entramos. O piso de madeira com uma jacuzi redonda e cheia, com luzes roxas e azuladas, bem ao meio.

- Parece um bom lugar para transar – Comentei em um tom simples, ainda fitando as águas se movendo, pensando que deveria ser como um matadouro para Louis aquele lugar.

- Acho que sim – Louis deu os ombros – Nunca transei com ninguém aqui – Ele falou e eu o fitei um tanto surpreso.

- Nunca? – Franzi as sobrancelhas e cruzei os braços.

- Ainda não – Seus olhos azuis e famintos correram pelo meu corpo, com o abdômen exposto pela camisa ainda aberta, combinando com seu tom sugestivo, e voltaram aos meus verdes.

Eu deveria dizer algo, mas não conseguia me concentrar o suficiente para pensar em palavras enquanto ele me fitava. Os olhos de Louis pareciam me puxar quase como uma corda firme em sua direção, sua voz me fazia pensar em tantas coisas, e nenhuma delas era o que eu deveria estar pensando.

E foi por isso, que eu me dei conta que precisava sair dali.

- Acho que já vou indo. – Falei simples acenando de leve com a cabeça e uma expressão levemente surpresa tomou conta de seu rosto.

- Mas já? Achei que ficaria para o jantar – Ele falou num tom quase amigável.

Quase. 

- Não, não – Desviei os olhos para o lado e deixei uma risada sem graça escapar – Nem almocei ainda Louis. – Completei

- Não por isso, posso pedir para prepararem algo – Ele falou dando um passo para frente, em minha direção – O que acha de salmão?

- Eu agradeço o convite – Dei um mínimo passo para trás, involuntariamente fugindo dele – Mas eu preciso mesmo ir, tenho compromissos em Nova Iorque.

𝐓𝐚𝐬𝐭𝐞𝐝 𝐋𝐢𝐤𝐞 𝐁𝐥𝐨𝐨𝐝 | 𝐥.𝐬Onde histórias criam vida. Descubra agora