𝐂𝐚𝐩𝐢́𝐭𝐮𝐥𝐨 𝐈𝐈

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Me sentei no sofá de cor preta da minha sala, ligando a televisão, em um volume baixo, pelo controle remoto e o largando ao lado do meu corpo em seguida. Escorrei um pouco o corpo, com o braço esquerdo estendido sobre o topo do encosto, segurando um copo de whisky, enquanto desbloqueava a tela do celular com minha digital.

Recolhi meu braço, levando o copo gelado até a boca e tomando um gole da bebida, digitando com apenas um dedo o nome "Louis Tomlinson" na barra de pesquisa do navegador, apenas como uma forma de distração, não esperava encontrar muitas informações sobre ele ali.

E de fato, eu estava certo, não existia quase nenhuma. Tudo que encontrara era alguns de seus investimentos em listas com nomes de vários outros milionários e executivos poderosos. Sem imagens, sem redes sociais.

Então ele não era nem um pouco burro, já que não ficava expondo sua vida na internet como a maioria das pessoas hoje em dia faz. Não, ele com certeza sabia exatamente os riscos que corria, e por isso, sua vida deveria ser completamente privada.

Agora as coisas haviam começado a ficar interessantes, e algo me dizia que matar Louis Tomlinson não seria um dos meus trabalhos mais fáceis.

"O homem era um mafioso procurado há anos pelo FBI, mas ainda que tenha sido morto, o autor do crime ainda é desconhecido" . A âncora do jornal das 10h da noite dizia em tom sério, com a foto do homem, o qual eu matara na noite anterior, ao lado de sua imagem na tela plana, que iluminava o ambiente de meu apartamento com as luzes apagadas. "Ele foi atingido por uma bala de fuzil, e segundo as investigações, o tiro veio de outro prédio. Não se tem suspeitos ainda para quem tenha cometido o assassinato"

Ela finalizou a matéria e dando mais um gole em minha bebida, troquei de canal, pensando em como, realmente, a polícia dos estados unidos e o FBI eram burros. Trabalhando da forma que eles faziam, jamais conseguiriam solucionar metade dos crimes e máfias, e isso não era nenhum segredo, está obvio.

Eu encerrei mais casos para o FBI, matando seus procurados a mandato de outros criminosos, do que seus próprios agentes. Eles me devem uma fortuna caso pare para pensar, mas eu sou um cara legal demais para cobrar isso deles.

**

A campainha soou mais uma vez, e ainda usando apenas calças, após sair do banho, caminhei até a porta, abrindo e encontrando Niall parado no corredor. Ele usava sua típica camisa de botões branca, com as mangas dobradas até o cotovelo, a calça preta de corte reto e um sapato em tom de marrom, com as duas mãos para dentro dos bolsos e seu cabelo castanho mel penteado para trás num topete.

- Entra – Disse calmamente dando um passo para trás, abrindo passagem para que ele desse os primeiros passos para dentro do apartamento.

- Vai matar alguém hoje? – Ele perguntou virando o corpo em minha direção enquanto trancava a porta – Tenho uma festa para ir, pensei que você gostaria de relaxar um pouco.

- Não, eu não tenho trabalhos para hoje – Falei calmo, finalmente o fitando – Mas também não pretendo ir a festas, obrigado pelo convite – Disse simples, passando por ele e caminhando até o pequeno bar em formato equilatero posicionado contra parede da sala, agarrando a garrafa de whisky e desenroscando a tampa. – Whisky?

- Aceito – Niall falou parecendo meio impaciente e decepcionado com minha resposta anterior – Sabe o que eu acho? Que você precisa transar.

Terminei de servir o líquido no copo, abrindo o frigobar abaixo do móvel e retirando o pequeno balde de metal com cubos de gelo. Rindo seco sobre o comentário feito, enquanto com o pegador colocava três cubos em cada bebida.

- Descobriu algo sobre o homem que te falei ontem? – Mudei de assunto, voltando a colocar o recipiente com gelo dentro do freezer e agora estendendo o copo com álcool para Niall.

𝐓𝐚𝐬𝐭𝐞𝐝 𝐋𝐢𝐤𝐞 𝐁𝐥𝐨𝐨𝐝 | 𝐥.𝐬Onde histórias criam vida. Descubra agora