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NEYMAR JÚNIOR

O que você está fazendo?

Isso não é está certo, nada está certo.

É como se eu pudesse ouvir os gritos do meu subconsciente dizendo uma sequência de "Não!". Eu empurro ela e a mesma sem entender me encara aflita. Eu fico imóvel e logo uma realidade me cerca e uma dor aperta o meu peito. Não passava de uma atração corporal, ou raiva por saber que outro homem estava próximo da minha mulher. Mas eu não gosto da Gabily, não tenho sentimentos por ela. Ela não é a Mariana!

E descobri isso da pior maneira possível, minha cabeça parece que vai explodir de tantas vezes que o nome "Mariana" aparece na minha mente. Uma lágrima escorre pelos meus olhos.

- Vai embora... é melhor, não podemos ficar juntos. Não é recíproca, Gabily. Me desculpa! - ela balançou diversas vezes a cabeça concordando e saiu da minha frente. Que raiva!

Saio dali as pressas, sem nem me despedir do pessoal, entro no carro e vou direto para minha casa. Meu plano era chegar em casa, correr para o quarto, tomar um banho e dormir e só amanhã quando eu estivesse sóbrio conversaria com ela.

Mas assim que abro a porta do quarto encontro ela. Eu sentia o meu estômago gelar, eu tremia e então virei as costas, tomando coragem para olhar para ela.

Ela percebia o meu desespero, mas não compreendia.

- Você está bem? Tá pálido - ela observou, coloco o celular e a carteira em cima da mesinha de cama, e ela vem até mim - Tá com raiva? O Henri me avisou da sua ligação, retornei várias vezes e você não me atendeu.

- Mariana... - eu não sabia o que falar, ou como. Como vou dizer que beijei a Gabily? - Mariana, olha para mim - ele me olhou, sua cara era de preocupado. Parecia assustado com a situação. Eu estava morrendo por dentro, e aos poucos que o álcool saia do meu organismo eu ia voltando a realidade e tudo parecia desmoronar. Eu comecei a chorar e a Mariana desesperada tentando entender - Aconteceu algo horrível - digo e ela se aproxima de mim.

- O que aconteceu, carrapatinho? - ela não me costumava a me chamar assim, só quando estava brincando e ouvir isso me deixava ainda mais nos nervos - Você está bem?

- Eu... - as lágrimas caiam desesperadamente e minha voz falhava parecia que tudo isso era um pesadelo.

Um pesadelo que eu não suporto mais, que eu daria de tudo para acordar e poder abraçar ela. Ela continua se aproximando e coloca as suas duas mãos no meu rosto, como se fosse o meu porto seguro.

- Eu tô muito preocupada - seus olhos ficaram vermelhos e cheios d'água - Por favor, fala comigo. Fala para mim. Você está doente? - balancei a cabeça negativamente e ela escorou sua cabeça na minha - Você está com raiva porquê o Henri atendeu a ligação? - ela fala toda preocupada e eu até dei um suspiro com riso, dela imaginar que eu estaria com raiva.

- Não, eu não estou com raiva.

- Sério... se você estiver chateado, pode me falar. O Henri é o novo pediatra do hospital, e estávamos em um caso juntos, mas não existe nada entre nós. Isso não é motivo para nós...- eu a interrompi e então tomei coragem para abrir a boca.

- Eu te trai!

- Brigarmos - ela continuou me olhando e então caiu a ficha de que tudo estava desmoronando mesmo - O quê? - ela arqueou as sobrancelhas, soltou o meu rosto e respirou fundo, certamente sem acreditar - Você o quê?

- Eu beijei outra pessoa - meu rosto ardia em lágrimas, eu nem tentava mais esconder que estava um fracasso por dentro. Ela me olhava e seu rostinho me mostrava o quanto ela estava sofrendo por dentro e isso me destruía ainda mais. Algumas lágrimas caíram do seu rosto, ela estava imóvel, com a mão na cintura esperando eu dizer que é uma brincadeira de mal gosto. Mas não é... - Eu não quero que você me entenda, muito menos me perdoe, mas as minhas sinceras desculpas. Você não merece alguém como eu na sua vida... Alguém tão... desprezível - ela balança a cabeça negativamente, como se ainda não fosse real para ela.

- Não... você não é desprezível - ela passou a mão no rosto, limpando suas lágrimas.

- Eu amo você, eu não quero que duvide disso por se quer um segundo. Eu confesso, que eu estava com raiva e duvidei do meu amor por você, e por isso fiz o que fiz. Eu te amo, Mariana, de verdade. Mas você merece alguém que te ame na mesma proporção que me ama, e certamente esse alguém não sou eu - eu me enrolava nas palavras, eu sentia que tudo saia como um tiro no peito dela.

- Se me ama, por que fez isso? - ela perguntou, na maior tranquilidade. Pelo menos por fora - Você nunca me amou, Neymar. E isso é tão óbvio agora - eu discordei.

- Não! Eu amo muito você, a diferença é que eu pisei na bola com você, por que eu me deixei levar por pensamentos imaturos que vieram a tona em relação a acontecimentos passados, por estranhar outro atendendo o seu celular. Você em nenhuma hipótese pode afirmar que eu não a amei, Mariana. Porque por mais que eu tenha errado, todo amor que eu sinto por você está claro como a água.

- Uma pena que não pensou nisso depois de ter feito o que fez, não é?

- Eu te amo, entenda isso. E por te amar, vou embora da sua vida. Não se preocupe, não quero que você veja a minha cara novamente. Eu mesma sinto vergonha da minha pessoa. Do ser humano horrendo que eu sou, e não quero que você veja isso também - ela respirou fundo, tirou a sua aliança e caminhou até mim. E colocou aquela aliança na minha mão, peguei na sua mão, que parecia mais um gelo e ela tirou rapidamente.

- Isso é seu - uma lágrima escorreu devagarinho sobre o meu rosto, dando um ar de vermelhidão. Quando eu me virei de costas para sair daquele quarto ela me chamou. Sem me virar para olhar, ela continuou.

- Com quem foi? Quem você beijou, Neymar?

- Com quem foi? Quem você beijou, Neymar?

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tem uma lágrima no meu rosto

Confesso para vocês que foi difícil escrever esse capítulo, a cada palavra do Júnior eu chorava e imaginando como o meu cristal Mari está me fez chorar mais ainda 🥺

Mais para frente vou conversar um negócio com vocês.

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O Resto é Resto - 2º temporada Onde histórias criam vida. Descubra agora