Assim que saio da sala vou rapidamente a biblioteca estava sendo um refugiu para mim nesses últimos dias, os livros me salvaram uma vez, eles poderiam fazer isso de novo.
Pego meu celular assim que me sento no chão da biblioteca e vejo uma mensagem de um número desconhecido, já fazia um tempo que esse número não me mandava mensagens, e eu sinto um leve medo do que pode ser, mas sinceramente acho que nada mais poderia me abalar.
Olho para os lados em busca de alguém ou algum barulho, mas não havia nada apenas o som do meu celular.
Essa última mensagem toca no fundo da minha alma e sinto uma dor emocional maior do que todas que eu já senti.Era a mensagem que em palavras mostrava tudo que eu vinha pensando e sentindo, afinal, Miguel e eu não tínhamos nada e talvez se ele sentisse algo por mim ele teria me beijado, não só me levado a lugares ou demonstrado afeto, me sinto egoísta por pensar assim, mas, em momentos difíceis, quem não é?
Encosto minha cabeça na estante e sinto uma lágrima teimosa escorrer, leio novamente as mensagens e vejo que o desconhecido havia falado sobre Miguel e Sarah abraçados.
E eu me sinto uma idiota por obedecer um stalker, mas é mais forte do que eu.
Me levanto e vou até a porta rapidamente e silenciosamente, abro a mesma e vejo Miguel acariciando os cabelos da menina que segurava em sua cintura e escuto ela fungar algumas vezes, como se estivesse chorando.
Puta que pariu, achei que não tinha como piorar oque eu sentia, mas eu estava errada, completamente errada.
Volto para biblioteca e me sinto segura ali, me sento novamente onde estava antes e encaro meu pulso agora sem nada ali para completa-lo.
Parecia faltar uma parte dele sem a bandana, do mesmo jeito que parecia faltar uma parte do meu coração.
E eu acho, que eu nunca recuperaria essa parte do meu coração que Miguel havia pego, mesmo depois de tudo eu não me arrependia de nada, só queria poder saber se ele sentia o mesmo por mim, mas isso não importa agora ele estava com a Sarah.
Sinto a minha cabeça rodar com os pensamentos que me assombravam, pensamentos esses que não me deixavam dormir ou comer.
Eu me sentia insuficiente.
-Gatinha-Brady diz se sentando do meu lado e eu o encaro.
-Como me encontrou?-pergunto e ele me dá um sorriso satisfeito.
-Não é muito difícil já que você é leitora-abro a boca soltando um "aaa", fazia sentido, mas antes que eu possa responder meu celular apita e Brady encara o aparelho- Quem é essa pessoa e porque está te chamando de docinho?
-Longa história-digo abaixando meu olhar.
-Temos tempo, as próximas aulas são livres já que o professor faltou-eu reviro meus olhos e apoio minha cabeça em seu ombro.
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𝐓𝐡𝐞 𝐑𝐨𝐜𝐤𝐬𝐭𝐚𝐫-Miguel Cazarez Mora
RomansAlice Pravong se mudou para um prédio em Los Angeles com sua família e escuta todos os dias o menino do apartamento de baixo tocar sua guitarra, esse menino que ela apelidou de "Rockstar" que ela não sabia nem mesmo o nome. Assim que seu irmão começ...