𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎 𝟏

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Estou de férias, e nada melhor do que ficar acordada até tarde fazendo algo que a gente goste, certo? E eu fico até tarde lendo, surtando com meus livros, e as vezes mudando meu foco para televisão para assistir séries e filme, mas isso eu geralmente faço com o meu irmão, mas o único problema de ler na madrugada é que eu não posso surtar do nada já que agora morava em um prédio, eu tinha vizinhos!

Quando estávamos na casa da minha avó, no Japão, não tínhamos esse problema de "não fazer barulho depois das 22 horas" até porque lá era realmente uma casa, acho que essa é minha única reclamação sobre nossa nova moradia. E quando morávamos na minha cidade natal, Atlanta na Geórgia, era em uma casa também... mas eu não usava as madrugas para nada além de dormir, já que era pequena e tinha que dividir meu quarto com Tristan.

-Puta que pariu!!-eu grito e ao fazer isso coloco a mão na boca, e o porque desse surto? O casal do livro que eu tô lendo teve uma interação, não boa, já que eles estão trocando socos... Mas estão caminhando para o amor, sou da tropa do enemies to lovers.

-Ali, oque aconteceu?-Tristan entra no meu quarto e me encara- Se a mamãe levar multa de barulho ela vai ficar brava, você sabe que ela não gosta de ser considerada "imperfeita"- ele diz essa última palavra fazendo aspas com as mãos.

-Desculpa, foi sem querer- digo um pouco envergonhada fechando meu livro e o colocando no móvel que tem ao lado de minha cama- Quer assistir algo?-eu pergunto e escuto passos no corredor.

-Só se eu puder ver também, gatinha-Brady diz empurrando Tristan que estava colado em minha porta e se jogando em minha cama, me fazendo rir baixinho- Surtando por casal literário de novo?-ele pergunta e me faz acenar positivamente com a cabeça.

-Brady, pelo menos três metros de distância da minha irmã-Tristan diz sério, Brady adorava irritar meu irmão com esses flertes na brincadeira, e sempre dava certo.

-Calma japa, a gatinha aqui é só minha amiga-ele diz e leva um tapa no braço pelo meu irmão, me fazendo rir ainda mais, e Brady levanta seus braços em rendimento- Ok, ok-ele diz rindo- Vou ficar quietinho.

-Ali, não vamos ver nada hoje-Tristan puxa Brady pelo braço- Você precisa descansar, amanhã tem ensaio logo cedo, e você precisa estar linda nas fotos- ele vem perto de mim e deixa um beijo no topo da minha cabeça- Boa noite-ele diz e começa a sair do quarto.

-Boa noite, gatinha-Brady diz e da uma piscadinha para mim, logo depois sai correndo do meu quarto e acaba levando um tapa de raspão na sua cabeça me fazendo rir.

-Boa noite, japinha-digo ao meu irmão- Boa noite, loirinho-elevo um pouco a minha voz para que Brady escute

Tristan apaga as luzes e sai de meu quarto fechando a porta, mas quando estou pegando no sono escuto um barulho no apartamento de baixo. O rockstar não costuma dormir antes das quatro da manhã, e pelo que parece ele está dando socos em algo, é bem a cara dele ter um saco de pancadas no meio do seu quarto, esse pensamento me tira um riso abafado, e me viro de lado. E quando eu digo a cara dele, é o rosto que eu criei em minha mente já que nunca consegui ver ele claramente, só vejo ele pela janela do meu quarto.

O barulho do que eu imagino ser socos não demora a passar, ou eu que dormi antes deles acabarem mesmo, mas acordo no outro dia com a minha mãe em meu quarto batendo na porta.

-Alice, espero que você já esteja acordada-ela abre a porta- Eu não acredito!-ela fala firme mas sem elevar a voz, minha mãe nunca falava em outro tom, somente nesse. Muito diferente de meu pai, ele era um bom pai, mas não era um bom marido- Você tem cinco minutos para se trocar, ou vai andando para o ensaio, entendeu mocinha?-ela diz me encarando e sai do quarto sem esperar uma resposta.

𝐓𝐡𝐞 𝐑𝐨𝐜𝐤𝐬𝐭𝐚𝐫-Miguel Cazarez MoraOnde histórias criam vida. Descubra agora