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Eu acordei com um leve impacto, quase que imperceptível pelo os meus sentidos, mas o que me fez abrir os olhos de qualquer forma, me encontrei na cama sozinha, coçando os olhos e tirando o cabelo que habitava o meu rosto, bem no momento que Lalisa entrou, agora portando roupas mais pesadas, e eu pude soltar um suspiro de satisfação sobre ela, usando um sobretudo, ser a primeira visão ganhada depois daquela soneca. Me remexi na cama mais uma vez, sentindo um frio fora do normal, mesmo com o uso de um moletom, e aparentemente, ter sido coberta com o grosso e pesado edredom, ainda sim, conseguia sentir como a queda na temperatura havia sido grande. 

- Estamos pousando, minha princesa - ela sussurrou calmamente, escalando o meu corpo, mas não deixando o seu peso sobre mim, apenas se inclinando para beijar a minha bochecha, e todo o resto do meu rosto que não se afundava no travesseiro por conta da minha posição. Rapidamente um sorriso surgiu em meus lábios, pelo os seus carinhos e pela a sua presença ali - Fiquei tentada a te acordar para que vestisse as roupas adequadas, mas ver você dormindo tão suavemente, não foi capaz de me fazer interromper os seus sonhos. 

Disse, a sua voz estava bem baixa e bem perto do meu ouvido, o que fez o frio se tronar quente em meu corpo, arrepiando os meus pelos extremos, e deixando que outro suspiro - esse bem mais longo agora - fosse solto por mim, sem ao menos perceber o estado de torpor que me deixara apenas com suas palavras. Eu me virei, pousando as mãos em seus ombros, focando a minha visão sobre ela, encontrando a divindade do seu rosto pairando sobre mim, os olhos escuros, os quais suas pupilas dilatavam cada vez mais, deixando o castanho em um musgo escuro, ainda mais escuro se fosse possível, encantada com o jeito tão arrumado e alinhado da sua franja, ainda perplexa em pensar como o preto caía perfeitamente com o formato do seu rosto, e em um contexto total com o seu corpo no entanto. Não podendo medir perfeição para o desenho do seu nariz, assimétrico com a sua boca, extremamente carnuda e convidativa para ser provada. 

Passei a língua pelo os meus lábios, fazendo o favor e a obrigação de trazê-la para mais perto, agarrando a sua língua com minha, deslumbrada da forma tão gostosa que ela poderia me beijar, não tendo palavras para aquilo, de forma alguma, era apenas um amontoado de lentidão, quentura e sensualidade que jazia ali dentro. Eu nunca poderia entender como a sua língua poderia ser tão macia quando se encontrava com a minha, tão aveludada e tão sábia, como conseguia o encaixe perfeito e como conseguia renovar mesmo já conhecendo todos os lugares possíveis. O acompanhamento vindo de mim, era mais do que perfeito, apenas por sabe, ou ter uma suave noção de como ela teria, de como nossas línguas se enrolavam e as vezes fugiam uma da outra, em uma caça ao tesouro, ou melhor, uma caça ao melhor beijo já proporcionado. 

As vezes eu me frustrava quando ela diminuía o ritmo, bem no momento em que as nossas cabeças haviam se mexido para o lado diferente, obtendo o paraíso naquele segundo, mas ali, naquele momento, Lalisa não diminuiu o ritmo, pelo o contrário, eu a sentia sobre a cama, como se subisse mais um pouco, buscasse mais um pouco, intensificando mais um pouco, colocando as mãos fechadas em punhos ao lado da minha cabeça, me fazendo entender que sustentava o peso do seu corpo sobre os seus braços. E assim que me deu a noção que não se afastaria e que estava ali, me permiti encerrar, mordendo o seu lábio inferior, deslizando a minha língua até o seu pescoço, assim como as minhas mãos por suas costas, odiando o fato daquele sobretudo, cobrir absolutamente tudo mesmo, não me permitindo sentir, mas me permitindo aquecer cada vez mais abaixo daquele edredom. 

Com a respiração levemente desregulada, Lalisa puxou tal coberta do nosso meio, me dando o seu corpo, o qual me esquentou muito mais do que tais tecidos, e assim que a senti em cima de mim, não foi nada difícil identificar algo em crescimento sobre a sua calça, acordando e merecendo uma atenção quem sabe. Mas eu não tive tempo para ampará-la, pois no segundo que eu tive o seu pescoço marcado o suficiente, uma de suas mãos encontraram o caminho por debaixo do meu moletom, driblando a minha camisa, sua palma aberta foi se fechando, dedo por dedo, vagarosamente sobre o meu seio, finalizando com um aperto mais do que poderoso por ali, capaz de arrancar um gemido de imediato dos meus lábios. 

Shameless (Jenlisa G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora