Liana.
uma semana havia se passado...
Toda a preocupação e ansiedade em fazer o Enem haviam acabado,mas ainda restava a apreensão pelo o resultado. Quase dois meses de espera,um saco!!. Hoje é sábado e na quarta será a minha formatura,na segunda terei que ir organizar tudo,vestido, maquiagem ,sapato, tudo junto de Letícia é claro. É uma pena tio Pedro não poder estar lá para me ver formar,uma pena não ter sobrado ninguém do que um dia foi minha família. Porém,me sinto extremamente grata a Deus pela a tia Suzane,dona Olga e a Letícia,foi a família que me acolheu e me escolheu de coração, assim como o meu escolheu a elas.
Eu e o Thiago quase não nos vemos,quando ele vem para o almoço eu nem faço questão de ficar lá por baixo, sempre me ocupo na lavanderia ou em qualquer outro lugar que eu sei que ele não vai perambular. Hoje foi quando troquei algumas palavra com ele,pois era dia de fazer a limpeza pesada na casa e quando eu ia entrar no quarto dele, ele me aparece. Me tratou super seco e grosseiro,ele é mesmo um estúpido. Sobre o possível encontro com Lucas eu já desisti umas quatro vezes ,mas sei que se ele me pedisse outra vez eu aceitaria, eu gosto muito da sensação que sinto quando estou com ele. Gosto tanto que talvez irei mesmo passar por cima do medo que o Terror me mate. Irei arriscar!. Um posicionamento burro ?sim,talvez. Mas eu não posso deixar de viver a minha vida,ou viver conforme ele ache certo,poxa é a MINHA vida e ele não é meu dono. Terror não quer mais que eu saia sem que avise ele também, dar pra acreditar?ao invés de sentir ódio, eu sinto vontade de chorar,porque sei que se eu arriscar,irei apanhar e se não arriscar, eu percebo que estou deixando de viver por conta dele. Então,irei tentar com a sorte,e mesmo que não goste muito de baile é algo que vai distrair minha cabeça. Ontem quando saí do banho eu senti o cheiro dele,o perfume dele é reconhecível,eu estranhei de imediato, eu tinha certeza que ele esteve aqui. Desci e reparei pela casa,ele não estava,já tinha saído para algum 'compromisso' dele.
Quando retornei para o quarto,foi quando vi que encima da minha mesinha,do lado da cama continha duas cédulas de duzentos reais. Eu fiquei um tempão olhando para o dinheiro. Imaginando que talvez aquela nossa conversa,sobre eu querer fazer o que eu quisesse com o meu dinheiro,havia surtido algum efeito nele,o de noção,talvez. Eu sabia que o Terror compreendia que certas atitudes dele para comigo são irrelevantes e equivocadas,não é certo. Porém as vezes ele age da forma como age, como se fosse algo normal e como se eu estivesse errada por discordar dele,porque ele quer me estressar, me enfraquecer e tirar a mim de louca. E ele consegue,sempre consegue e muito bem por sinal.
Terminei de fazer uma maquiagem básica,simples e natural. Fui escolher uma calça diferente da de todos os dias para ir a escola,sim ,logo no sábado resolveram passar um aulão. Coloquei a farda de sempre,um All Star no pé,minha mochila,desodorante,hidratante para a pele,perfume e quando saio do quarto,me deparo com ele na escada. A gente se olhou,mas não trocamos uma palavra,descemos a escada juntos,na mesma sintonia,mas com um silêncio gritante de intimidador,mas decerto só para mim,porque ele mantinha o semblante calmo,nada o abalava,as vezes esse jeito dele é o que me deixa sempre nervosa com a presença do mesmo. Fomos também juntos até a cozinha,dona Benê ainda não havia chego,então eu tratei de preparar o café e dois sanduíches. Até que o vejo olhando na geladeira e saindo em seguida,indo em direção a porta. Provavelmente não tinha o suco dele,já que ele não gosta de café,percebi naquele momento que eu teria que dirigir a voz a ele. Ele estava com cara de poucos amigos,calmo,mas de cara fechada,bicudo,provavelmente porque não queria ter acordado agora.
Liana: vai sair sem comer nada?-perguntei. Ele me olhou e demorou alguns segundos me encarando. Foi quando eu reparei no que eu havia falado e que talvez tenha soado de uma forma...estranha,para quem tem uma mente depravada como a dele.
Terror: vou.-respondeu agora sem me olhar.
Liana: vou fazer sanduíche e suco,não quer esperar?-questionei. Ele me olhou,coçando a cabeça por baixo do boné,meio bicudo ainda,com sono. O olhando assim eu percebo que algo em mim muda,não sei,eu sinto alguma coisa aqui no peito,no estômago,deve ser por ele ser tão bonito. Uma droga,porque ele tem que ser tão atraente? Fiz suco de laranja para ele,café para mim e dois sanduíches,durante o tempo em que ele me observava a todo estante,em tudo que eu fazia.
Terror: tu não vai se atrasar pra tua aula?-perguntou enquanto servia o suco dele.
Liana: não.-disse lembrando que talvez atrasaria sim,mandei mensagem pra que Letícia me esperasse mais um pouco,porque eu ainda estava fazendo o café,se não ela iria sem mim. Ele começou a me reparar,com olhinhos puxadinhos e jeitão de abusado e poderoso.
Liana: quê?-indaguei a ele.
Terror: um sanduíche não mata minha fome não. -disse mas sinto como se não fosse isso que estivesse passando na cabeça dele enquanto ele me encarava.
Liana: acho que não dá tempo de fazer outro.-disse.-Toma aqui um pedaço do meu.-ofereci porque achei que ele não fosse aceitar, iria me liberar e ele mesmo faria outro sanduíche para ele. Mas ele aceitou e já foi levantando.
Liana: ei...o sanduíche.-pedi.
Terror: É meu agora.-falou.
Liana: eu quem fiz.-disse em tom indignado.
Terror: mas eu quem compro.-falou me olhando de boca cheia. Eu o olhava se distanciando,chateada.
Liana: guloso. Nunca vi ninguém acordar com tanto apetite logo de manhã cedo.-reclamei,em tom não muito alto.
Terror: pode crê.-ele falou,fazendo voltar minha atenção para ele outra vez,que estava parado na porta.-Tu nem imagina o tamanho do meu apetite assim que eu acordo.-falou e eu senti um duplo sentido no que ele falara,havia uma pitada de maldade,de malícia na voz dele.-Ainda mais assim.-agora ele percorreu os olhos pelo o meu corpo. E parou logo abaixo do meu umbigo.-Quando tá quente,se liga?-me olhou com a melhor cara de canalha que ele tinha e eu já fui ficando vermelha,amarela,roxa,certeza que todas as cores possíveis de tanta vergonha. Eu engoli em seco levando a louça para a pia.
Liana:preciso ir também,Letícia já deve estar me esperando.-falei,de costas para ele ,tentando mudar de assunto.
Terror: bora,eu te levo.-disse.
Liana: não,não precisa eu...-ele me corta.
Terror: vamo logo,não tô pedindo.-disse,grosso. Então eu fui e quando cheguei perto dele,Thiago continuou parado,me olhando, parecia que queria falar algo. Eu fiz um gesto com a cabeça,o questionando.-Tu não sente falta de um sexo matinal?-ele perguntou e eu juro que quase saio correndo. Quando o Thiago descide me constranger ele não quer mais parar. Ele é muito cara de pau e eu ainda não aprendi a lidar com isso, não fazia a mínima do que responder.
Liana: eu não preciso dessas coisas para viver,como você.-disse depois de alguns segundos pensando no que falar e tentei passar por ele,na verdade só não queria mais o olhar na cara ,de tanta vergonha.
Terror: não,eu também não preciso.-começou a falar apertando no aparelho da parede, para que o portão abra e feche depois,no automático.-Se eu quiser eu tenho.-sim ele teve a cara de pau outra vez. Eu não consigo disfarçar a minha cara de quem achou desnecessário.-Fico imaginando você, né?porque assim...-abriu a porta para sairmos e esperou para que eu fosse primeiro.-Depois que eu já te mostrei o que era,fico pensando o quanto é difícil ficar sem,por tanto tempo,coitada de você,né?.- ele estava de palhaçada com a minha cara,não é possível.
Liana: eu sou mulher esqueceu?-perguntei,pois não iria me deixar cair nas provocações dele.-Eu posso ter sexo na hora que eu quiser.-disse,mas com o cú que não passava nenhuma agulha,de medo que ele tentasse me esganar de novo. Ele ficou calado,pude perceber que ele não gostou,mas ao que parece estava tentando disfarçar.
Terror: pior que você nem pode.-falou,calmo,sério e agora eu quem relaxo o rosto. Ele é um filho da puta mesmo, sei que ele disse isso com referência no saber que eu não faria nada com ninguém,por causa dele mesmo. E dado ao meu silêncio, ele continuou.
Terror:até porque...-disse indo em direção a garagem dele ,para pegar uma moto e eu o seguia, que nem um cachorrinho.-Depois que você provou o que eu te mostrei ,vai ser frustrante fazer com outra pessoa e não ser tão bom quanto.Você não acha?-disse ,agora de cara fechada, subindo na moto e olhando para frente,cheio do jeitão dele. E eu não disse mais nada. Apenas subi na moto de qualquer jeito,havia ficado irritada. Essa vaidade dele,misturado com essa presunção me estressava. Talvez porque de fato ele pode ter razão e eu o odeio pelo o poder que ele tem sobre mim. Ele mandou que eu segurasse nele,se não quisesse voar,mas eu não fiz questão nem mesmo de encostar no mesmo,até que ele arrancou com a moto de uma vez ,me fazendo quase cair para trás,tomei um baita susto e agarrei nele de imediato. Olha ,eu achei que já tivesse visto as pessoas pilotando essa coisa rápido,mas como ele,com certeza não há e eu nunca havia visto antes. Eu precisei agarrá-lo com força e pedi várias vezes que ele fosse devagar,e ele não me ouviu em nenhuma delas. Pensei que fossemos morrer. Abraçada com ele, sentindo o cheiro dele,tão perto,eu pude sentir que eu ardia de desejo por ele e, que eu não sei até quanto tempo mais irei aguentar,sem querer pular encima dele pedindo para que ele me tenha. Que raiva.
Ele para onde viu Letícia e eu faço menção para descer.
Terror: não desce. Sobe aí tu também que eu levo vocês até a entrada,bora.-falou em tom álgido,como sempre insensível. A Letícia me olhou meio que receosa,mas quando viu que eu não iria descer ela veio. Quando ele parou,a gente desceu e ele deu partida,sem nem olhar para gente,ou nos dar a chance de agradecer.
Letícia: ô homenzinho esquisito esse viu.-comentou.
Liana: eu ainda consigo ser mais que ele.-disse pensativa,lembrando do que sinto quando ele se aproxima.
Letícia: por que?-perguntou um tanto cética. Eu olhei pensando em como falaria isso,ou se falaria,dado que a Letícia é a Letícia, né?!
Liana: eu estou para subir nas parede.-comentei e ela fez uma cara estranha,engraçada.-Depois que ele aceitou essa história de me comprar,e pior,tentou me matar,eu prometi a mim mesma e a ele também que não deixaria ele me tocar nunca mais.-falei e olhei para ela.
Letícia: você quer dar para ele?!-questionou,ao mesmo tempo que já constatando por sí só. Eu fiz uma expressão de inquietude,desconforto.
Liana:quero.-admiti.-Quero muito.
Letícia: você só pode estar de brincadeira comigo. Olha só,procura alguém pra apagar esse fogo seu tá?porque se você ousar a se entregar pra esse cara outra vez,depois de tudo que ele te fez e faz,eu sou capaz de quebrar a sua cara.-disse em tom de crítica.
Liana: você tem razão. Mas é que tá muito difícil resistir a ele ,eu já estou sendo forte demais.-comentei.-E para com essa história de dar para outro cara. Quase morro por chegar perto de um,o que aconteceria se eu transasse com alguém? -disse.
Letícia: tá vendo aí.-falou enquanto virávamos para a segunda quadra,que já dava para a nossa escola. -Mais um motivo pra refrescar sua memória,de que não se deve ceder para esse cara. O Terror é tóxico,agressivo, ele não te merece amiga,só quer te usar,exatamente para isso.-me aconselhou.
Liana: mas...e se eu também o usasse para o mesmo motivo?-questionei.
Letícia: nós duas sabemos que você não saberia fazer isso.-me olhou fazendo cara de perceptível.-Sem contar que é exatamente isso o que ele quer,você sabe,né? Ele quer te usar e quer que você entenda isso. Pouco importa se você quer pensar igual,fazer igual, usar ele também. Só o que importa para ele é que você continue cedendo e que não fique com mais ninguém que não seja ele,enquanto ele, pode ficar com a favela inteira.-falou e era dolorido pensar que realmente ela tinha razão.
A gente chegou na escola e o assunto acabou,o dia correu normal,a gente já não estuda mais tanto, para valer,então não é mais tão cansativo. Já que o Enem já passou,porém ainda temos as provas finais,da escola mesmo,e as férias serão apenas em dezembro e em novembro pra quem já tiver passado por nota,eu sei que eu já passei,mesmo sem os resultados das provas finais ainda.
No meio dia fomos para casa,na entrada do morro havia um cara esperando que nos levou. Já em casa tratei de tirar a roupa que tanto me apertava,tomar meu banho,ficar cheirosinha e desci ajudar dona Benê com o almoço que hoje ela ainda preparava. Depois almoçamos juntas e organizamos a bagunça que fizemos. Ela foi embora em seguida e eu liguei para Letícia,combinando a roupa e onde iríamos nos encontrar. Pedi pra que ela pedisse que Felipe vinhecese com ela me buscar aqui,dado que o Terror não vai deixar que um dos homens dele me leve para a festa,talvez ele nem queira que eu vá. E eu não irei pedir,nem a pau!ir sozinha,a noite,eu não irei também,tenho medo. Sem contar que eu prefiro mil vezes ficar em casa,na minha cama,assistindo algo e comendo,mas como sei que é exatamente isso que o Terror quer,que isso o faria feliz,não vou fazer,irei para o baile,me divertir,beber,dançar,eu mereço!. Escuto ele chegar mas não desço, continuo no meu quarto,quando escuto ele bater na minha porta. -Lá vem coisa,certeza-. Abro a porta e me deparo com ele, estava com uma camisa na mão.
Terror: passa essa blusa pra mim.-mandou.-Quero vestir ela a noite.
Liana: tudo bem.-disse pegando a blusa,enquanto ele dava as costas,voltando em direção ao quarto dele. Levei a blusa para passar e quando pronta fui até o quarto do mesmo. A porta estava entre aberta, eu bati ,mas ele não me ouviu,acho que estava no banho,então eu entrei. Era a primeira vez que entrava no quarto dele,logo de cara me deparo com um quadro grande e com cara de ter custado uma fortuna. No quadro estava o Terror,junto dele havia um cachorro enorme,acho que é um dogue Alemão,lindo!suponho que deveria ter uns oitenta centímetros de altura e era preto de pelo brilhante. Ambos com um ar de autoridade,autonomia e poder,o Terror estava sem camisa e como sempre de cara fechada. Se antes havia alguma dúvida de que ele é um homem altamente narcisista,agora eu não tenho mais. O quarto tinha muito a cara dele,era álgido,mas eu diria que elegante e bem decorando também. Era todo em preto e confesso que nunca vi uma paleta de cores em preto tão bonito e sofisticado. Se a idéia dessa decoração tiver partido do Terror,eu preciso admitir que fiquei maravilhada. Para mim,e com certeza para muitas outras pessoas,decorar com essa cor é sinônimo de um ambiente gótico e obscuro, mas aqui,nesse caso,é possível perceber que o preto possuiu uma dose alta de sofisticação, sobriedade e elegância que não aparece facilmente em outros tons. O que o Terror fez aqui foi como se pintar a cor preto como um quadro negro que precisa ser desenhado,os objetos decorativos, as cores complementares e a iluminação foram os desenhos,incrível!. Ainda estava no transe de adimirar o quarto,quando ouço a voz dele.
Terror: muito folgada mesmo.-ele disse,sem tom de brincadeira na voz. Referindo-se a eu ter entrado no quarto dele sem autorização.
Liana: desculpa,é que eu te chamei e...A porta estava aberta...-acho que fiquei um pouco nervosa e para piorar ele ainda estava só de toalha.-Seu quarto é muito bonito!-confessei.
Terror: eu sei.-falou enquanto vestia a cueca,eu virei de lado,fingindo ainda observar a decoração,ele estava ficando pelado,logo aqui do meu lado.
Liana: você quem fez a decoração?-perguntei.
Terror: eu não,quem fez foi o arquiteto,um tal de design de interior e o decorador. Eu só escolhi.-disse com descaso.
Liana: você tem muito bom gosto.-comentei e ele não deu a mínima.-Esse cachorro existe?-perguntei.
Terror: claro,se ele tá na foto.-é um animal bruto mesmo.-Está no México,deixei responsável com uma mina que trabalha para a máfia.-contou como se algo natural e eu fiquei alguns segundos processando,refletindo que realmente existia então todo esse negócio de máfia mexicana e tudo mais. E que ainda por cima ele também atuava dentro dessas organizações. O tráfico de drogas realmente é um negócio louco de grande e preponderante.
Liana: você já foi para o México?-perguntei entusiasmada,cogitando que se ele já foi ao México,provavelmente ele fala alguma coisa de Espanhol. E ele apenas balançou a cabeça em positivo.-Você fala Espanhol?-questionei curiosa. Ele fez um semblante de cansado,enfadonho,com as minhas perguntas,decerto. Quando eu acho que não tem como Terror me surpreender mais,ele me aparece falando outra língua,quando eu achava que na verdade ele nem havia terminado os estudos ainda. Até agora não sei,no caso.
Liana: e qual o nome dele?do cachorro?-perguntei olhando para a foto,realmente havia achado o cachorro muito bonito.
Terror:Alemão.-disse. Eu diria que sem graça,dado que já é o nome da raça. Mas quando prestei uma melhor atenção,percebi que fazia todo o sentido mesmo,dado a analogia de ser o mesmo nome da favela dele,que ele tanto ama.
Liana: e você...-ele me corta sem que eu termine a frase.
Terror: qual foi porra?quer saber o que mais?CPF,RG?-não tem jeito,ele é irritantemente ignorante.
Liana: Você é um cavalo mesmo,odeio isso em você sabia?.-disse como se o xingando porque na verdade eu estava mesmo. E já saindo do quarto dele.
Terror: eu quase me importei com a tua opinião.-ele disse um tanto alto para que eu escutasse. Debochando de mim. Presunçoso do caramba.
O resto da tarde passou bem tranquilo,as sete eu me apontava para o baile. Lavei o cabelo e sequei com o secador e escova da Letícia,para que fique bem liso do jeito que gosto. Escolhi um cropped de manga até o pulso de gola alta na cor cinza,todo em glitter. Uma saia curtinha,justa de couro PU cintura alta e no pé uma bota Coturno na cor verniz preto,uma bolsinha também no mais próximo de cinza que eu encontrei,a maquiagem básica,com o delineado de sempre e fiquei esperando Letícia me mandar mensagem para que eu descesse. Estava com medo de esperar na sala e Thiago aparecesse metendo o louco,já imaginou,me produzir inteira para que ele chegue e fale que eu não iria mais. Eu chorava de raiva,certeza. Mando mensagem para Letícia e ela me fala que já estava vindo,então eu desci e quando fui mexer no sistema do portão que fica na parede para fazê-lo abrir,já que o portão é eletrônico,escuto o barulho do mesmo já abrindo,de seguida da barulheira da moto dele. Droga!
Assim que o portão abre eu penso em me esconder e sair depois que ele subir para o quarto,mas pela a vidraça da porta transparente ele já havia me visto e me censurado dos pés à cabeça. Então eu passei pela a porta fingindo plenitude,já eram umas vinte e uma e meia da noite.
Terror: tu tá achando que vai pra onde com esse pedaço de pano?-perguntou de cenho franzido,já com um bico enorme. Mas que merda,agora a minha roupa também ele quer controlar?aonde já se viu?
VOCÊ ESTÁ LENDO
Entregue A Um Traficante
Ficção AdolescenteSe você procura um livro onde tenha traficantizinhos bonzinhos que tratam mulheres como devem ser tratadas e são bons com todo mundo, já lhe expulso daqui, neste livro vou falar da realidade, e se você já sabe que a realidade do nosso mundo não é a...