capítulo 38°- "pode tacar fogo"

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Terror

Eu prometi algo que eu não quero cumprir,porém já tá prometido e agora eu vou ter que me encarregar dessa porra.
Era melhor assim memo! a Liana não é mina pra mim e eu não sou homem pra ela.

Como se não bastasse tanto b.o,chego em casa e ainda me deparo com a Katarina na minha sala,me sobe um ódio fora do normal. Ela estava procurando que eu metesse a porrada nela, sem caô.

Terror: sobe, Liana — mandei com os olhos fixos na Katarina. A maluca tinha trazido até mochila, inventou pro corno do marido dela que vinha resolver parada sobre o morro. Eu fico refletindo o quanto o Jacaré é trouxa pra acreditar em uma parada dessas.
A Liana me olha com uma cara de quem não estava acreditando e eu estava foda-se,não tenho que me importar com o que ela poderia tá pensando.
Ela sabe que não pode mais estar me contestando e apenas sobe para o quarto dela e eu mando que a outra espere,enquanto sigo a Liana até o quarto. Já tô ligado que ela gosta de escutar conversa escondida.

Liana: quê que foi? — ela pergunta ao perceber que eu estava seguindo ela. Eu a empurro para dentro do quarto.

Terror: você vai ficar trancada aqui só enquanto eu bato um lero lá com ela —disse e já fui fechando a porta.

Liana: que? —ela pergunta com expressão descrente —E para que precisa me trancar?

Terror: pra não precisar esquentar seu coro depois,já que tu gosta de escutar conversa escondida — falei bruto mas falei mais para por medo,nada tão sério.
Bati a porta na cara dela. Peguei a chave no meu bolso que serve para todas as portas da casa e tranquei,enquanto escuto ela batendo do outro lado, pedindo que eu abrisse. Eu não dou importância e desço para conversar com a outra maluca.

Katarina: que foi? foi guardar a sua marmitinha pra comer mais tarde?—o tom e a expressão dela era de puro deboche. Na moral ,eu mataria essa mulher muito fácil.

Terror: a única marmita que eu lembro de já ter comido aqui foi você!—disse de cara fechada e percebo ela também fazendo o mesmo,aos poucos o brilho foi sumindo do rosto — Tá fazendo o que aqui? E essa mochila aí?—minha cara era mortal,eu estava me segurando para não voar nela agora.

Katarina: me desentendi com o Jacaré—ela falou e eu olhei pra ela por um tempo e não consegui conter a risada desacreditada.

Terror: mete o pé,no meu morro tu não fica mais. Bagulho de negócio eu só resolvo com o teu marido agora.

Katarina: esqueceu que você não pode fazer isso? Eu sou a sub do morro —disse vitoriosa,como se isso significasse alguma merda pra mim.

Terror: e tu esqueceu que se eu quiser retomar aquela favelinha de merda eu tomo? Tiro o teu marido da cena e automaticamente tu cai também?—o olhar dela era de raiva agora,só não tinha mais raiva nela do que tinha em mim.

Katarina: você sabe que ele não aceitaria,isso causaria uma guerra entre vocês e daí vocês estariam rompendo com a facção —ela balança a cabeça com deboche.

Terror: é ,Katarina…— Pausa. E eu andava em passos vagarosos ao redor dela —Pela a tua sorte eu tenho compromisso com a facção, porque se não fosse você já estaria morta a muito tempo —eu não sei se pelo o meu tom,mas agora ela não conseguiu disfarçar que eu assustei ela.

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