capítulo 57°- "ficar atenta"

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Liana.

Eu não consegui disfarçar e tive que contar tudo a Letícia,tive que contar das cartas que eu venho escondendo também para que ela entendesse o gral da situação. Ela ficou puta de início,por eu ter escondido dela,mas entendeu o meu desespero.
Liana: você acha que eu fiz certo em esconder dele?—pergunto ainda super nervosa.
Letícia: mas é óbvio!aquele cara é super paranóico Liana. Já pensou se ele deduz que você estava ficando com esse cara todo esse tempo? ele iria te culpar,contar para ele seria uma loucura. Ao menos que você quisesse muito morrer. —eu olho para ela de supetão,porque era óbvio que eu não queria morrer.
Liana: amiga e se alguém tiver visto eu entrando no carro dele?—eu pergunto desesperada.—E se havia algum dos homens dele aqui me vigiando?—eu andava e perguntava para ela no tempo em que para mim mesmo.
Letícia: não,eu acho que não, ele mandou uns caras no início somente. —ela disse mas não era certeza.
Eu fui o caminho inteiro apreensiva,se de tudo ele sabe e se alguém estivesse ali na escolta me vigiando,assim que eu chegasse em casa ele já viria tirar satisfação. O pior é que se ele desconfia de algo ele não chega logo metendo o louco. O Thiago é altamente psicopata e manipulador,ele vai querer tirar informações de mim,fazendo perguntas até chegar onde ele quer. E para mim isso é muito mais assustador do que chegar em casa e ele já vim gritando de imediato.
Assim que chego percebo que ele mexe na cozinha. O clima entre nós estava normal mesmo depois da discussão que tivemos por causa da Taynara. Ele me explicou tudo e eu acreditei nele. Só não engoli direito o fato de ele ter recuado para falar algo,eu sei que ele me chamou para conversar não só para me explicar sobre o que ele foi fazer com a Taynara.Ele tinha algo a mais para dizer,porém minha preocupação agora era outra. Eu subo direto para o quarto depois de jogar um 'oi' para ele,que me retribuiu da forma de sempre. Eu respiro aliviada por ele não ter me chamado de volta. Tomo um banho relaxante,porém minha cabeça fritava de preocupação. Coloco um short branco,malha soltinho e confortável, um top de nylon lace up ,preto. Solto o cabelo que havia amarrado para tomar banho e desço para o almoço. Encontro com ele na cozinha almoçando também. Eu estava super nervosa,mas eu tentava disfarçar ao máximo. Talvez o Lucas tivesse razão,ninguém estava nos vigiando e eu não preciso me preocupar desse jeito. Eu me servia enquanto ele comia o dele ,ele estava normal,super relaxado. Entanto pela a minha visão periférica eu pude ver que ele me seguia com os olhos,cada movimento,tudo que eu fazia. Meu Deus,será que ele sabe?
Terror: tá estranhona.—meu corpo reagiu com um pulinho de susto ao escutar a voz dele. Droga,ele vai perceber que eu estou assustada com alguma coisa. Eu já estava com medo,o silêncio estava notório entre nós, daí de repente ele fala,a voz dele sempre grossa e alta,que ecoou pela cozinha de forma predominante. Então dado ao fato de eu já estar com medo,eu me assustei.—Que foi caralho?—ele pergunta quando me viu dar um mini pulo de susto.
Liana: eu me assustei.—sorri para que ele achasse que eu tinha achando engraçado. Quando na verdade eu estava com os nervos à flor da pele.—Estou com a cabeça longe.—digo e não era mentira.
Terror:longe aonde?—quis saber e eu fiquei um tempo disfarçando que estava distraída me servindo, enquanto pensava no que responder.
Liana: na faculdade…Provas e tudo mais.—falo porque foi a primeira coisa que surgiu na minha cabeça.
Terror: huun—ele emite apenas um som e continua comendo a comida dele. E agora eu comecei a reparar na cara dele. Tentando encontrar alguma expressão diferente,algo relacionado a desconfiança,raiva. Porém não encontrei nada e quando ainda com os olhos na cara dele ele me pega o observando.—Qual foi hein Liana?—já estava irritado,ele se estressa muito rápido,ruim para mim,muito ruim.
Liana: nada,ué.—desconverso.— A tal reunião é amanhã,né?—digo sentando para comer. Tentando mudar de assunto e esquecer o episódio de hoje.
Terror:sim!—diz levando o suco até a boca.
Liana: é…Que horas eu devo começar a me arrumar?—eu ainda não fazia idéia da hora que sairíamos, se era noite ou dia. Dado que ele me disse que não podia dar uma hora exata até o momento que fossemos sair. Ele disse que era perigoso que as pessoas soubessem. Até mesmo os caras que trabalham para ele.
Terror: quatro horas da manhã—ele disse normalmente e eu cresço os olhos.
Liana: mas,mais tarde?—eu pergunto surpresa. E ele acente com a cabeça.—Mas…—eu estava meio espantada por ser tão cedo.—Mas que tipo de reunião começa às quatro da manhã Thiago?—certo que a reunião deles era fora do padrão,mas nem assim. Quatro horas da manhã é a hora do meu sono mais gostoso.
Terror: quatro horas a gente pega o helicóptero Liana.—diz colocando a última colher de comida na boca. Enquanto eu esperava que ele continuasse logo.—A reunião só vai ser amanhã,as onze da noite.—ele conclui levantando para por o prato na pia.
Liana: não estou entendendo—digo fazendo expressão confusa.— Por que sair às quatro da manhã então?—acordar a esse horário eu confesso que não me agrada nem um pouco.
Terror: vamos ficar hospedados em um hotel durante o dia—diz e eu começo a ficar animada outra vez.—Tudo por questão de segurança,vamo tontear todo mundo.— explica e eu até acho bom todo esse esquema de segurança deles. Já pensou se a gente é perseguido pela a polícia. Pior,e se a gente é perseguido estando no céu,dentro do helicóptero,não sei se isso é possível,mas vai saber.
Liana: então eu tenho que dormir mais cedo hoje—eu concluí,já sabendo que acordar nesse horário não seria fácil para mim. Já acordo as seis todos os dias reclamando.
Terror: contando que acorde no horário marcado—diz dando de ombros. Ele sobe para se aprontar para ir trabalhar novamente. Quando ele volta me joga um “Já tô indo” e eu consigo respirar aliviada quando ele enfim saí. Se o Thiago não disse nada então obviamente ele ainda não sabe. Porém eu temo pela a volta dele,se ele descobre por lá,não sei,tudo é possível e eu não vou mais conseguir ficar em paz com isso. Eu queria dormir agora para ficar bem descansada mais tarde,porém estou ansiosa com o que aconteceu,com medo que o Thiago descubra. E se eu estou dormindo e ele chega querendo me matar? se bem que morrer dormindo não seria tão ruim. Daí eu nem sentiria dor. Eu acho que eu já estou delirando com tudo isso. Resolvo que vou dar uma geral na casa,limpar os móveis e passar um aspirador de pó no chão. Quando mais próximo das cinco da tarde eu começo a preparar o jantar. Resolvo fazer uma macarronada de calabresa,bem gostosa,minha boca estava aguando só de pensar,parecia até que eu estava desejando. Depois que eu preparei tudo já eram seis da noite e nada do Thiago,resolvo que vou tomar banho e esperar por ele. Tomo meu banho e lavo e hidrato o cabelo,após ja banhada e cheirosa eu escolho um vestidinho de ficar em casa mesmo e vou colocando algumas roupas minhas para lavar. Eu acabo que me preocupando em lavar e deixar organizado todas as coisas dele que acabo esquecendo de mim,tem várias peças de roupa minhas sujas. Nem da para lavar tudo hoje,então coloco so as que acho que vou usar próxima semana para a faculdade e deixo o resto para depois.
O Thiago chega e ele entra acompanhado de dois caras que pelo o que eu entendi vinheram buscar a churrasqueira. Depois de um tempo que fui perceber um deles era o Douglas. Meu coração faltou sair pela a boca. Por mais que o Lucas tenha me explicado tudo,eu não sei,mas eu não achei nada convincente. Estive pensando e acho que essa história se não for verdade,porque eu não sei se pareceu de verdade. Então significa que só pode ser pior,o Douglas traí o Thiago então! O que de fato é sim, dez,onze vezes mais confuso e ruim,ao meu ver. O beijo dele também mexeu comigo,as palavras com olho no olho,ele parecia de verdade apaixonado. Porém eu sei que eu devo me afastar dele e vou!. Se for para conhecê-lo melhor como ele quer ,será depois do trato de um ano que eu fiz com o Thiago,quando não terei mais vínculo com ele,eu não sei se posso confiar no Lucas,anda tudo tão estranho. E meu Deus,eu estou me sentindo super desconfortável com o fato de ter quebrado o trato,nem o próprio Thiago quebrou,e bom,sabendo da fama que ele tem isso é quase inacreditável. Então sim,não sei se devo ou não,mas estou me sentindo super culpada,embora a culpa não tenha sido minha,apesar de que eu retribuí,né?
Quando o Douglas passa por mim,ele me lança um olhar estranho e eu fico desconfiada de imediato. Ou eu estou paranóica demais com tudo que rolou hoje,ou talvez tudo seja apenas coisa da minha cabeça e espero que seja mesmo. Porém sinto que devo ficar de olho no Douglas,em ambos,devo ficar esperta com ambos.
Terror: qual foi Liana,desde cedo que eu tô percebendo tu mó estranhona. —ele comenta de cara fechada,bebendo uma água.
Liana: você está imundo,olha isso.—eu me aproximo dele o observando fazendo cara de nojo. Na verdade mesmo eu estava querendo que ele esquecesse essa história de que eu estou estranha,porque realmente eu estava.
Terror: tava jogando uma peladinha com os moleques.—ele disse bebendo água na boca da garrafa.
Liana: você está imundo,todo suado,eca—falo reparando nele pingando suor,com a camisa no ombro,todo ofegante,parecendo um moleque travesso.
Terror: você não tem nojo quando eu tô em cima de ti, todo suado de tanto entrar em você,né?—ele tenta me beijar,fazendo cara de cafajeste. E eu me afasto dele com nojo e reprovando ele com os olhos.
Liana: você é depravado—digo o desaprovando.
Terror: por isso que você gosta.—ele me agarra e começa a se esfregar em mim.
Liana: aí não Thiago. —eu coloco os braços me protegendo e ele me agarra por cima,enquanto eu mantinha a cabeça virada para o lado,fazendo cara de nojo.—Que nojoo.—ele estava me melando inteira de suor.
Terror: aí,tu tá toda suada também,vai ter que ir tomar banho comigo agora.—ele era muito cínico mesmo.
Liana: eu tenho um banheiro do meu quarto —digo com uma sobrancelha arqueada,e um sorrisinho no canto da boca.
Terror: mas vai tomar banho no meu!—ele diz fazendo cara de autoritário e quando eu ia negar para zuar ainda mais com a cara dele. Ele me agarra pelas as pernas,me fazendo deitar em seus ombros e me carrega para cima,como se eu fosse uma boneca inflável e não pesasse nada.
Liana: Thiago me põe no chão.—eu dizia em tom alto batendo nas costas dele.
Terror: tá com maior bundão você hein!—ele deferi um tapinha na minha bunda enquanto eu percebia meus cabelos quase batendo no chão.
Liana: Eu posso ir andando,me põe no chão,agora!—eu tento ser autocrata e ele rir da minha cara,gargalha alto.
Terror: tu acha mesmo que tu põe alguma moral aqui,sua pirralha?—ele morde minha perna e eu grito,porque doeu,enquanto ele continuava subindo as escadas e me levando para o quarto dele.
Liana: pronto,pronto, já pode me colocar no chão.—eu peço assim que entramos no quarto dele,porém ele me ignorou e seguiu comigo no ombro até o banheiro. Assim que ele me põe no chão eu tento correr para fora,eu já havia tomado banho já estava toda cheirosinha,eu havia hidratado o cabelo,e não acredito que ele vai fazer eu tomar outro banho,outra vez.
Terror: vai tomar banho sim,porca,taí todo suada.—ele zoa com a minha cara.
Liana:você quem me sujou Thiagoo—digo irritada.—Eu já tinha tomado banho hoje a noite você sabia?—digo no tempo em que ele já arrancava a própria roupa e já vinha em minha direção,pegando no meu vestido e o subindo para cima,para passa-lo pela a minha cabeça.
Terror: banho nunca é demais,tu não é brasileira?brasileira toma muitos banhos por dia.—ele diz jogando meu vestido ao lado e me analisando,já vindo com a mão nos meus seios. A gente fez um amorzinho molhado que ele ama e que eu também gosto muito,porém para ser bem sincera eu gosto mesmo quando não envolve água. Entanto não tem sexo ruim com o Thiago,não há como ser ruim quando ele sabe exatamente o que está fazendo e faz excelentemente bem o trabalho dele.
Dormi com ele,na cama dele depois de jantarmos,segundo ele,era melhor para caso eu não acordasse amanhã, mas o que ele queria mesmo era tirar uma casquinha de mim,o Thiago não cansa nunca,o cara é inextinguível. E bom,eu não estou reclamando,não mesmo!
A gente acorda antes das quatro e eu não consegui não reclamar,acordar a esse horário já era horrível quem dirá mais cedo. Porém eu acordei,porque segundo ele,precisávamos fazer bagagem, se ele tivesse falado sobre isso eu teria feito ontem mesmo e a gente não precisava acordar tão cedo. Entanto ele é pontual num nível que eu não sei nem explicar. Pediu que eu colocasse biquíni na bolsa e eu olho para ele não sei se confusa ou muito feliz,talvez os dois.
Liana: sério?—pergunto enquanto ele ajeitava a própria cama.
Terror: claro pô—diz ele com a cara fechada,a de sempre quando ele acorda. Toda amassada,os lábios mais grossos pelo o fato de ter acabado de acordar,estava ereto pelo o mesmo motivo,sem camisa e com uma calsa moletom frouxa, que além de marcar direitinho ainda estava de forma baixada,me dando a perfeita visão da entradinha bem marcada dele,que eu amo demais,acho um charme surreal de gostoso.
Eu ignoro os meus pensamentos profanos porque eu tinha mais o que fazer e sabia que se eu fosse inventar de fazer qualquer coisa alí ele toparia. E a gente perderia a hora. Eu pego uma mochila e coloco dentro o meu vestido,morrendo de medo de amassar. Dentro também foi dois cropped,dois shorts,um biquíni,e um vestidinho para caso sairmos ou sei lá,né?! até porque vamos passar o dia de hoje inteiro lá e só voltaremos amanhã, de tardezinha. Ainda bem que amanhã é imprensado,dado ao feriado de hoje. Coloco as maquiagens que vou precisar dentro de uma nécessaire e depois coloco dentro da bolsa. Passo no rosto um protetor solar com cor,porque o clima aqui no Rio hoje estava para matar,meu Deus que quente,o sol falta cozinhar a gente todos os dias,então não dá para sair sem protetor solar nem morta e como eu não quero passar base,então o protetor com cor serviu horrores. Embora que agora seja quatro da manhã,então não está tão quente ainda. Coloco um corretivo para esconder as olheiras que acordei com um pouco,um rímel para me dar cílios nos olhos. De roupa eu escolho um croppedzinho da Renner,preto. E uma calça bege que eu havia comprado pela a internet,ela é jeans de lavagem com água sanitária,tem detalhes rasgados no joelho e algumas borboletas brancas desenhada em uma perna,ela era linda. Um tênis da Nike branco e preto no pé e pronto. Fomos de carro e pelo o retrovisor eu percebi várias motos vindo atrás da gente.
Liana: o que é isso?—eu pergunto apontando para o espelho. O Thiago nem move os olhos.
Terror: segurança—ele responde.
Liana: mas precisa de tantos deles?—eu estava nervosa mesmo porque eu tive uma espécie de gatilho, nostalgia quando eu vi aquelas várias motos com caras armados.
Terror:claro,qual o problema?—agora ele me olha.
Liana: nada.—eu respiro fundo,olhando dele para o espelho.—Estão todos…Muito armados,né?—digo meio que travando a voz.
Terror: sim,fica tranquila nega—ele diz super descontraído seguido de uma curva que se eu não estivesse de cinto de segurança eu tinha sido arremessada para cima dele.—Tá comigo tá com Deus.—ele completa e eu acabei que parando no tempo quando eu reparei que ele tinha me chando de “nega” e soou estranhamente lindo. Porque foi como se um apelido afetuoso,coisa de casal,foi como se a mesma coisa de ele ter me chamado de “amor”. E eu acabei esquecendo aqueles caras atrás da gente,armados até os dentes. Ele levava a gente para o meio do nada,era como se um morro altão,eu estava até com medo de o carro não conseguir subir,porém subiu tranquilo.
Liana: caraca.—eu disse observando as luzes do Alemão lá embaixo,dava para ter a perfeita visão da favela inteira daqui de cima.—Que lindo!nunca imaginei que fosse tão grande assim.—digo de olhos vidrados lá embaixo.
Terror: é uma fortaleza não é? —ele fala ,com uma admiração enorme,que me fez voltar a atenção para ele novamente.—Eu amo isso aqui mais do que qualquer coisa.—ele conta e eu fico encarando ele. O Thiago nasceu aqui,viu a mãe construir esperança para essas pessoas,viu ela morrer aqui. Não é atoa que ele diz amar tanto esse lugar. A final é a casa dele,é onde ele pode ser livre.
Liana: ama mais do que a sí mesmo?—pergunto brincando,já sabendo da resposta. Já que o conheço e sei do tamanho do ego que ele tem.
Terror: sem dúvidas nenhuma..Amo mais que tudo!—ele me surpreende com a reposta enquanto concentrado no caminho.
A gente chega no topo desse alto enorme e de longe eu pude ver,o helicóptero parado bem no topo,três carros de luzes apontadas para o mesmo,algumas motos também. No canto eu pude perceber a Letícia de moletom e de braços cruzados,com frio. Ainda estava escuro e o Thiago para, também de forma que o farol do carro ilumasse a aeronave. A gente desce e ele me pede minha mochila,eu meio que fiquei sem entender,mas entreguei e ele apenas desce do carro levando nossas mochilas. Enquanto eu sigo eles,então eles começam a falar entre sí, todos os caras dali no tempo em que eu ando em direção a Letícia.
Letícia: dá para acreditar que a gente vai andar nessa coisa?—ela pergunta ansiosa olhando para a aeronave que agora tão de perto parecia dez vezes maior.
Liana: meu Deus,e se essa coisa cai com a gente dentro?—eu cogito na minha cabeça,mas em voz alta também. Estava super nervosa e com medo. A Letícia me olha com olhos reprovadores balançando a cabeça negativamente.
Letícia: ai Liana,sério,não tinha hora melhor para você ser menos pessimista não? eu hein!—ela reclama visto que também estava com medo. Alguns minutos reparando o Thiago e Felipe falando com os demais,enquanto eles apenas acentiam com a cabeça. O Thiago tinha um postura admirável de líder,alguém de poder,relevância e soberania. Não há como não entender o porque tantas mulheres se matam por ele.
Terror: bora!—ele diz apenas,já andando em direção ao helicóptero que automaticamente a hélice começa a rodar e eu e a Letícia nos olhamos,adimiradas e assustadas ao mesmo tempo.
Felipe: precisa colocar vocês dentro também?—o Felipe nos apressa.—Boraaa!—ele diz alto e a gente se assusta,enquanto ele ajuda a gente a subir e o Terrror já estava dentro.
Letícia: aí meu Deus,aí meu Deus,aí meu Deus—ela diz assim que o Felipe começa a colocar um monte de cinto nela,no tempo em que eu olho para o Thiago deseperada esperando que ele fizesse o mesmo comigo.
Terror: qual foi? tu não sabe colocar o cinto não pô? —ele pergunta como se zuando. Mas eles estavam meio estressados,ambos,tanto ele como o Felipe. E eu até entendo,deve ser muita pressão para eles,e ainda tem que se preocupar com várias coisas.
Liana: eu tenho medo de colocar errado. Eu estou nervosa,põe logo isso em mim—eu peço apressada e impaciente, assim que percebo o avião se mover. Ele põe o cinto em mim e logo após senta colocando o dele também. Eu e a Letícia estávamos de frente uma para a outra e ambas na janela.
Liana: vocês colocaram a gente na janela de propósito né?—eu digo assim que o helicóptero começa a subir e eu aperto as mãos nos braços do acento fechando os olhos,enquanto a Letícia dava gritinhos de excitação.
Letícia: abre o olho amiga,abre o olho,a gente está voando—ela grita e eu abro primeiro um e depois o outro e me deparo com o rosto do Thiago balançando a cabeça negativamente, segurando o riso,enquanto o Felipe ria alto. Olho pela a janela e consigo ver o o Rio de Janeiro lá embaixo e eu agarro na mão do Thiago com força,com medo, mas sorrindo animada,era lindo demais. Ele aperta minha mão para que eu me sentisse segura e eu olho para ele sorrindo.
Liana: se a gente caí daqui de cima não sobra nadinha da gente.—eu digo olhando para ele quase morrendo de um infarto,a adrenalina é divertida porém eu não nasci para ela,não mesmo.
Letícia: para Liana,para de falar isso.—o Felipe gargalhava alto,rindo à beça de nós duas. Enquanto o Thiago soltava risos comedidos.
Felipe: é porque vocês ainda não viram na hora de descer.—ele diz ainda rindo e eu e Letícia olhamos para ele depressa.
Letícia: por que?o que acontece?—pergunta desesperada enquanto eu esperava a resposta dele da mesma forma.
Felipe: o helicóptero dá tipo uma cambalhota se liga não?e por muita sorte as pessoas não morrem,vamo só ter fé.—eu arregalo os olhos e a Letícia da um soco no peito dele.
Letícia: você para de palhaçada.—o Thiago acaba não conseguindo mais segurar e gargalha alto também.
Liana: eu tô com medo!—eu digo a ele.
Terror: de boas pô, o Felipe tá zuando com vocês. A segurança é reforçada pra caralho,não tem porque ter medo.—diz mostrando alguns coletes de paraquedas e um cara que se diz ser especialista em quedas também estava dentro do avião ,para dar suporte só para prevenir mesmo. E só então a gente começou a ficar mais tranquila. E quando o Felipe desistiu de ficar fazendo medo na gente,ele começou a mostrar vários pontos turísticos do Rio de Janeiro,então a gente foi relaxando mais. Até porque não estávamos voando tão alto,então a visão era ainda mais perfeita,e daí com isso a gente ia se distraíndo. Eu e Letícia já estávamos maravilhadas. E de repente o medo de altura se tornou só um detalhe diante da beleza e da imensidão que se pode contemplar de dentro de um helicóptero pairando nos ares. Porém eu ainda estava agarrada com a mão do Thiago,que não contestou em tirar em nenhum momento,ele deixou que eu fosse a viagem inteira agarrada na mão dele.

Entregue A Um Traficante Onde histórias criam vida. Descubra agora