Capitulo 12 - Uma Ameaça

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Passaram-se 27 meses desde da saída de Dalibor até Hertha partir para a expedição até Illiøs. Partiu em Skerpla, que se compreende em meados de maio à junho. Magnus nascera em Tvimanuður, que se compreende entre agosto e setembro.

O garoto não sabia que sua mãe havia partido para a expedição, assim como os Guardas. E ficou dessa forma por um longo tempo. Hojurn simulava que levava livros para Hertha em seu quarto, quando na verdade a mesma já estava no barco. Magnus crescia e treinava todos os dias com Hojurn e o restante dos adolescentes.

Com 10 anos de idade, Magnus já caçava com Hojurn aos arredores do lago. Pescava e confeccionava mantos e capas. Hertha já havia partido já faziam 2 meses, e o dia em que Magnus nasceu estava próximo. No dia do nascimento do rapaz, Hertha sempre visitava o garoto durante a noite e levava livros para o mesmo. Hojurn durante o dia assava carne de carneiro e bebiam suco fermentado. Apenas os dois em casa. Dessa vez, sua mãe não estaria com ele.

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No dia em que nasceu, que era o dia 48 de Tvimanuður, Magnus saiu para caçar com Hojurn, ao nascer do sol. O garoto chegou em casa arrastando um cervo abatido com uma flecha em seu tórax. Caçaram nas regiões próximas dali, levando tempo até identificarem o animal. Apesar de ser verão, o clima estava frio com neblina e o sol estava no topo do céu.

O rapaz não entrou na habitação pela porta da frente, mas contornou para os fundos da casa e assim, passou pela porta de trás. Ali havia um gancho e uma corda, na qual o garoto amarrou as patas traseiras do animal.

Em seguida, jogou a corda por cima de uma coluna horizontal de madeira que formava o teto, e a puxou até que o cervo estivesse na altura adequada. Após, a prendeu com o gancho em um pequeno orifício no chão de madeira, feito para aquilo. Então, posicionou um balde de madeira com bordas de ferro embaixo do animal, e o deixando sangrar.

No processo, Magnus lia os livros que tinha, muitos sobre druidas e os æsir. Limpava as mãos na capa e logo após se perdia na imaginação dos livros. Apesar de tudo, Magnus gostava de sua solidão. Tornou dela sua amiga e se pegava falando sozinho na maioria das vezes. Aquilo se tornou rotineiro para o garoto, que se acostumou rápido com a ausência da mãe. Magnus não sabia, mas estava descobrindo o que era solitude. Com o passar do tempo, passou a ficar cada vez mais feliz quando sozinho.

Com cerca de uma hora, tirou os órgãos e tripas do animal, descartando ou aproveitando o que podia. Tirou sua pele e a deixou para lavar. Fatiou a carne útil e lavou tudo com um balde de água que tinha ali. Todo o processo demorava cerca de duas horas, tempo o suficiente para anoitecer.

Alguns pedaços, fatiou em bifes. Outros foram assados e defumados. Separou as duas coxas traseiras do animal e as preparou com temperos que Hojurn levava para ele. Em seguida, as assou e as defumou, usando uma corda para pendurar a coxa do animal sob o fogo. Separou dois copos de hidromel e aguardou a chegada de sua mãe, que nunca aconteceu. Estava sentado junto a mesa redonda de madeira que tinha ali.

Horas se passavam, e toda a carne esfriava. O rapaz ainda se mantinha esperançoso até que ouve passos no lado de fora e a porta frontal rangendo. Ao abrir, o rapaz abre um sorriso otimista, que logo desaparece ao notar que era Hojurn. Estava com capa, com a espada na bainha e uma bolsa de pele. Nas suas mãos tinha um escudo de madeira, com bordas de ferro e com um centro circular de ferro, com runas entalhadas na parte de dentro do escudo.

- Hojurn?... cadê minha mãe? - indagou o garoto se levantando da cadeira.

- Magnus! Como está? - diz Hojurn abraçando o rapaz, que não expressa tanta felicidade. - Bom, não vejo Hertha já fazem dias, Magnus.

𝐅𝐎𝐆𝐎 𝐃𝐀 𝐃𝐄𝐒𝐎𝐋𝐀𝐂Ã𝐎 - 𝐕𝐎𝐋. 1Onde histórias criam vida. Descubra agora