— Ele é bem alto para as crianças da idade dele. É forte e inteligente — explicava Hertha para Hudøn, no drakkar que seguia em direção ao leste, pelo Golfo.
— Que interessante. É bem diferente do que já vi. Ainda não tenho filhos, talvez eu não pretenda ter — expressou Hudøn. O drakkar seguia velozmente. Eram quatro: dois de Sigmund e dois de Jarl Irvin. Påtyr ainda era um guerreiro, assim como Hudøn.
Já faziam seis invernos da morte de Drukt na campanha, porém Hertha ainda não tivera se deitado com nenhum outro homem. Expedições conjuntas eram normais, os Jarls dividiam os espólios igualmente. Eram feitas assim quando era sabido da dificuldade que seria. Porém, quanto mais difícil maior os espólios.
Estavam na proa. O dia estava calmo e com ventos fortes. Gaivotas estavam ecoando seus sons, o que delatava a proximidade de alguma costa. Hertha e Hudøn foram se conhecendo até se aproximarem de uma praia, a qual decidiram aportar. O drakkar, apesar de ser pesado, permitia que os nórdicos levassem a embarcação até a praia, o arrastando até aonde a maré não o puxasse de volta. Era uma praia deserta. Apesar de ser uma terra nova para eles, Sigmund já sabia que a cerca de dois quilômetros da praia, seguindo o norte, encontrariam uma pequena cidadela. Drukt já havia estudado a região anteriormente com alguns escravos de Frotzland. Já estava no meio da tarde, com o sol no pico do céu.
O lugar era lindo, com campos enormes e verdes. Montanhas se emergiram no fundo, rochosas e pontudas. O céu estava azul, com pássaros voando ao distante. As árvores estavam distantes dali, porém eram volumosas, sendo os galhos bem compridos. Ao sair da praia, subiram numa colina e viram diversas outras colinas de campos com lindas flores brancas. Eram tulipas. Se estendiam até o horizonte, aonde se vai uma fina fumaça. Lá estava a cidadela. O vento batia, fazendo o campo de flores dançar com ele. O céu estava totalmente exposto, mostrando a magnitude das nuvens. Todos ali demonstravam surpresa ao ver a cena, que brevemente seria manchada de sangue.
Seguiram uma rápida caminhada, deixando alguns homens nos drakkars. Eram cerca de 320 homens e mulheres, todos armados e empunhando machados, espadas longas e curtas, arcos e escudos pesados. Vestiam malhas de ferro por debaixo das roupas de pele. Elmos que protegiam o nariz com uma coluna. Alguns não usavam elmos, como Fenhur e Sigmund. Na testa faziam desenhos de vegvisir, que era a runa de proteção dos viajantes. Ali estavam Sigmund, Hertha, Påtyr, Irvin, Fenhur, Hojurn e alguns Guardas do Jarl.
Chegaram próximos a cidadela, e de longe (cerca de um quilômetro) foram avistados por um guarda em uma torre de madeira, onde ficava alguns arqueiros. Eram quatro torres, cada qual em cada extremidade da cidadela. Era defendida por muros negros de 5 metros. Ficavam nas direções cardeais, norte, sul, leste e oeste. Ao redor da cidade haviam campos abertos de grama verde, com apenas algumas árvores obstruindo a visão. Um rio passava no meio da cidadela, formando um lago a cerca de 200 metros dali.
O guarda então tocou um chifre, fazendo-o soar quatro vezes. Os cidadãos correram e se esconderam em suas casas. Na cidade havia um pequeno quartel, com um regimento de mais de 500 homens. Usavam armaduras completas, com elmos e escudos, sendo homens quase blindados. Em seu peitoral, um tecido da cor verde e um brasão de uma águia. Todos foram acionados e ficaram de prontidão. A cidadela fazia parte da nação de Halieetus ou Águia Negra. Certamente, os nórdicos não faziam idéia.
Ao longe, Sigmund notou um homem a cavalo indo em direção ao norte, destacado. Um fugitivo... tem cavalos — pensou Sigmund que liderava a fileira de guerreiros.
Após 10 minutos, já próximos a cidadela, ao longe viram os homens posicionados em ofensiva de fronte para a entrada da cidadela. Os homens de Sigmund formaram uma linha horizontal. A formação era estratégica para quando houvesse rajadas de flechas, as mesmas atingissem o mínimo possível de homens, o que logo em seguida se tornou real. Uma chuva de flechas assobiava no céu, enquanto os nórdicos levantavam seus escudos. O som das setas fincando na madeira dos escudos dos nórdicos entoavam. Nenhum homem fora atingido.
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𝐅𝐎𝐆𝐎 𝐃𝐀 𝐃𝐄𝐒𝐎𝐋𝐀𝐂Ã𝐎 - 𝐕𝐎𝐋. 1
Fantasi#2 - Concurso Story of My Life - Ação/Aventura "A esperança nada mais é do que uma futura frustração. É apenas uma chama que nos mantém acesos, mas, como todas as outras, um dia se extinguirá." Dalibor é um jovem adulto nórdico na Era de Ulfgrand...
