Momentos antes
— Preciso me recompor para receber os convidados — falava sozinho do lado de fora da sala, sob um tapete verde e longo Com meia volta adentra na sala novamente, sem bater a porta. Ao entrar, coloca a carta no bolso de sua calça e se aproximando da mesa de madeira pega sua máscara de porcelana totalmente branca, com símbolos verdes Havia acompanhado o barão até a porta, onde estavam dois guardas.
Lior sente uma leve brisa, fazendo dançar as cortinas ao vento. Com isso, a porta que deixara aberta bate. Um forte cheiro de sangue e pelo de animal sobe. Em sua sala haviam dois compartimentos iluminados com velas e um lustre menor. Contudo, o lado secundário, onde ficavam os livros e porta-armaduras, estava escuro, com suas velas e lustre apagados O duc temeu.
— Guardas! Venham aqui! — chama o duc. Os dois guardas entram, e indagam o que havia acontecido. — Sentem este cheiro?
— Sim, duc. O que é? — pergunta um dos guardas, com sua lança.
— Vem daquele canto escuro. Temo que alguém possa ter entrado pela janela. Vá lá e verifique — diz o duc. O jovem guarda teme. Afinal, era sua primeira guarda da noite. Sua armadura produzia um som metálico conforme avançava em passos leves e medrosos. Ao se aproximar da escuridão e do cheiro não pode deixar de notar que a lua prateada iluminava o chão que era coberto por um tapete verde escuro, com símbolos heráldicos de águias. Neste, rastros de sangue e pedaços pequenos de carne eram vistos. O rapaz seguiu com os olhos até a escuridão, de onde saía um som atormentador de mastigação e exalava o cheiro que fazia suas narinas sofrerem O que quer que fosse, parecia faminto e feroz.
— Quem está aí!? — gritou — Revele-se! Saía agora e renda-se! — completou.
De nada serviu. Não nada, mas sim o interromper da alimentação da criatura. O guarda deduziu que chamara sua atenção, então, mesmo em temores e suando frio posicionou sua lança na horizontal
— O que vê!? — indagou Lior. O jovem olha para trás para responder e antes que conseguisse, teve seu tronco partido ao meio por imensas garras negras e que refletiram brevemente na luz do luar.
A parte de cima do guarda rodopia no ar e cai ao solo, junto com suas vísceras. Seus dedos se mexiam involuntariamente. Suas pernas tombaram e a fera se pôs de pé nas sombras. Os dois homens ainda vivos no recinto estremeceram. Em choque, olharam para os olhos vermelhos da fera que se erguia, ao ponto de tocar no teto. Lior não pode deixar de notar que o ser era humanoide, mas tinha orelhas erguidas e pontiagudas. Era robusto, tendo braços fortes e um tronco parrudo.
Não teve muito tempo antes de correr quando a fera pulou em cima do guarda que estava à sua esquerda. O homem berrou descontroladamente. Lior circulou a fera por detrás rapidamente e correu na direção da porta, dando para o corredor. De relance, olhou para trás antes que saísse da visão da fera. O guarda gritava quando a parte superior da sua cabeça foi devorada pela enorme boca da criatura. O duc percebera que tinha focinho, tal como um lobo, e era coberto de pelos negros. Longos braços que perdiam a pelugem gradativamente ao chegar no pulso. E então correu pelo extenso corredor.
Corria pela sua vida, quando ouve o som do batente da porta se arrebentando. A fera era grande e forte demais para passar por uma porta comum. Com o focinho e garras ensanguentadas, viu o duc a correr. O mesmo, a fitando, se apavorou quando o viu correr velozmente tal como um cão corre me quatro patas. Suas pernas eram como a de um canídeo ou lobo, como patas.
A fera o alcançava quando por pouco o duc virou o corredor na esquerda, indo de encontro com a escada. O monstro em alta velocidade pulou para alcançar sua presa, estendendo as garras e as patas no ar. Mas, Lior ao virar para a esquerda desviou, o que fez a fera atravessar a porta de madeira de um quarto de hóspedes. Os convidados no salão voltaram os olhos para o meio da escada que se dividia em duas, para direita e para esquerda, onde o Duc descia apressadamente com o traje manchado de sangue. Os guardas correram na direção de Lior. O pianista olhava a situação, ao lado da subida das escada, mas continuou a entoar sua melodia. Angéle, segurando uma taça cheia de vinho, nota toda a confusão.
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𝐅𝐎𝐆𝐎 𝐃𝐀 𝐃𝐄𝐒𝐎𝐋𝐀𝐂Ã𝐎 - 𝐕𝐎𝐋. 1
Fantasía#2 - Concurso Story of My Life - Ação/Aventura "A esperança nada mais é do que uma futura frustração. É apenas uma chama que nos mantém acesos, mas, como todas as outras, um dia se extinguirá." Dalibor é um jovem adulto nórdico na Era de Ulfgrand...