𝐅𝐎𝐆𝐎 𝐃𝐀 𝐃𝐄𝐒𝐎𝐋𝐀𝐂Ã𝐎 - 𝐕𝐎𝐋. 1

Capítulo 18 - Prelúdio

A batalha em que Sigmund havia sido morto, ficara conhecida como "Slagvët vēd Hagall" e era comemorada pelos habitantes de Eldegjuborg todo primeiro dia de Sommer - Verão. E Ulfric, estava a caminho - mais uma vez - de uma batalha, sem saber se voltaria vivo.

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- Isso seria impossível, Arkav. Talvez uma grande coincidência - falava Ivar enquanto guiava Arkav para longe do rio, para que pudessem descansar. Sabia que adormecer próximo a um rio não era favorável.

- Como eu poderia... sentir as mesmas coisas que um animal sente? Mas... a boca seca, o cansaço, o coração... então logo em seguida isso ir embora quando você está melhorando? - Ivar dizia com tom eufórico enquanto Arkav apenas andava e relinchava como se estivesse entendendo o que seu amo dizia. Seus passos geravam sons de galhos se quebrando, meio àquela noite intensa na floresta.

A escuridão era forte tal como a morte poderia ser, entretanto, se fazia de leve por conta do brilho lunar que se ostentava no céu estrelado. No meio das florestas, Ivar achou um ponto bom para descansar. Uma pequena elevação de terra e grama com algumas rochas ao redor. O terreno era levemente elevado ao norte e baixo ao sul, conforme descia, seguindo o fluxo do rio.

O rapaz adormeceu e antes que pudesse fechar as pálpebras, despertou. Ainda sem sol, entretanto, já havia dormido por quatro horas. Não fazia noção de quanto tempo havia passado se não fosse pelo céu estrelado. Por entre as brechas, notara que uma estrela específica não estava mais visível naquele lindo céu infinito. Levantou-se e fora até o rio para lavar o rosto e beber dele. Rapidamente montou em Arkav e seguiu um ritmo mais rápido.

Por todo o percurso, até que saísse da floresta e voltasse para um campo, havia pensado no que havia acontecido anteriormente. Se perguntava se era o sono ou algo semelhante. Porém, não queria distrações e fizera Arkav trotar um pouco mais rápido, mas ainda não sendo uma corrida.

Os dias de viagem se passaram rápido e Ivar visualizava - enquanto trotava - as colinas e montanhas ao norte, tão distantes quanto se pode imaginar. Pensava em como seu lugar era belo. Mas logo uma tristeza invadira seu coração ao lembrar que poderia não retornar vivo. Havia passado por campos floridos e por florestas de árvores gigantes. Até que chegara na saída dessa última. Estava sabido que no próximo campo, haveriam homens avançados e escondidos em algum lugar.

Preciso contornar pelo norte ou sul. Não posso garantir o que vou encontrar, mas um homem e um cavalo chamam atenção demais, ainda por cima vindo do leste - pensou, parado entre as árvores, buscando camuflagem. Norte.

Seja por sorte ou destino, Ivar seguira pelo norte, flanqueando pelo campo, na zona negativa. Não haviam nenhum interesse de vigia por parte da cidadela nessa região. Contornou por uma colina com uma florestas em seu topo, até que fosse visível a cidadela, em uma espécie de vale raso. De fato, haviam colinas ao sul, no norte, leste e oeste. Pelo sul, fora por onde Sigmund e seus homens invadiram. Ao norte, apenas montanhas. Jurtiro já havia ficado para trás, então o rapaz sabia que sua retaguarda estava segura.

Esperou anoitecer para que pudesse pensar em uma tática. A aproximação seria impossível caso ocorresse de dia, tendo em vista a localização ideal da cidadela para uma não emboscada. Os vigias nas torres não conseguiriam enxergar tão bem de noite quanto de dia. Estava a cerca de 700 metros da cidadela, com uma visão magnífica da região. Nuvens colossais se moviam ao fundo. Campos verdes se estendiam até que fosse possível ver a areia do mar, o que era possível graças a sua maior elevação na colina em comparação às colinas ao sul. E no horizonte, se via o azul do oceano. A imensidão do céu deixou o rapaz extasiado por alguns segundos, o fazendo inalar o mais puro ar e logo exalar. Soltou um suspiro melancólico, como quem quisesse viver nos campos eternamente.