Capítulo 30 - A Batalha de Estærk Vynd

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(Não revisado)

Vila do Rei

- O meu filho!? O meu filho!? - gritava Calīn, inconsolável, no salão principal da fortaleza de Vila do Rei. Seus berros ecoaram por cada corredor e lance de escada. Cada ancião e servente se estremeciam, e se compadeciam do que acontecia. Calīn chorava com a cabeça caída na mesa retangular principal, ao ouvir as mensagens do emissário, que resolveu deixar a notícia da morte por último.

- Meu... meu irmão está morto - diz Corick, em cima da mesa retangular de pedra, que se dava após um corredor saindo do Salão. O ancião e seu assistente o tratavam, fechando as pequenas lacerações em sua carne. Ouvia os ecos da voz de sua mãe. Olhava para o teto, um tanto indiferente do que escutava.

Sua pálpebra estava costurada, sua maçã direita da sua face igualmente, seu rosto menos inchado e sua voz ainda fraca. Seu lábio inferior continha uma costura, assim como quase todo seu corpo. Corick dormia em seus aposentos, com imensa dor e atormentado pela sua própria mente.

- Por... por que Odin... está me castigando? Não fui eu... um bom guerreiro? - indaga para o ancião.

- Sim, Corick, você foi. Isto não é castigo. Está vivo, e ainda poderá viver muitos invernos, meu jovem - afirma o ancião, com sua tesoura longa e um balde cheio de água ao lado da mesa. No quarto de pedra, nada havia a não ser um lustre com velas e uma mesa de madeira, ao lado da principal, feita de pedra.

Nesta de madeira, haviam ferramentas, ataduras de pano, linhas, facas e agulhas. O assistente apenas olhava para o ancião e para Corick, não se envolvendo no assunto. Contudo, seu olhar transmitia atenção.

- Não enxergo isso... de outra forma, ancião. Como não é um castigo? Seria... melhor estar morto... do que viver como um aleijo. Nunca mais... irei para Valhalla, velho. Nunca mais - afirma Corick. O ancião olha para o assistente em certo desprezo, e depois continua seus afazeres.

Calīn matou pequenos bezerros, pombos e coletou flores, para queimar em oferenda à Freya, no templo que se localizava ao norte de Vila do Rei, em uma região de árvores. Fizera uma oferenda para que Loth encontrasse paz e rogou para que as valquírias tivessem o levado para Valhalla. Todavia, se enfureceu no templo, em uma clara discussão com sua deusa.

O pequeno templo não passava de um casebre adornado com flores, com madeiras esculpidas e com estátuas de Freya em sua entrada. Sua altura era baixa, tendo seis metros e oito de largura. No seu interior, na parede do sul, um totem de três metros de Freya se encontrava. Com velas, flores, baús, hacksilvers e oferendas ao redor, no solo, sob uma manta vermelha.

O templo se encontrava no centro de uma floresta à direita da fortaleza de Vila do Rei. Sua entrada ficava à 126 metros do último muro da fortaleza. Conhecida como Floresta de Uir, cujo fora um rei nórdico, conhecido por definir os primeiros Jarls. Suas árvores eram pinheiros grandes, e todo tipo de vida Silvestre se encontravam ali.

As anciãs e sacerdotisas do santuário apenas saíram do local, respeitando a indignação de sua rainha, que saíra momentos depois. Agradeceu pelo apoio e partiu com lágrimas secas. Trajada de manto de frio, capa longa, camisa longa de lã vermelha e uma espada na bainha. As rainhas antecessoras costumavam se vestir como nobres mulheres, mas Calīn, era uma guerreira.


🔸️

Ivar alimentava os cavalos presos no estábulo temporário. Naquele momento, era ele quem cuidava das centenas de cavalos, assim como Arkarv. Os alimentava com feno e reabastecia os reservatórios de água. Isso não era função para um filho de um rei, mas ele insistia em o fazer.

𝐅𝐎𝐆𝐎 𝐃𝐀 𝐃𝐄𝐒𝐎𝐋𝐀𝐂Ã𝐎 - 𝐕𝐎𝐋. 1Onde histórias criam vida. Descubra agora