Capítulo 28 - Ações e Reações

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Obs.: Não revisado.

Cinco dias antes da batalha

- Matem eles! Matem todo! - grita Pierre D'bout. - Não haverá nenhuma economia de força e empenho nesta empreitada. Deixe que pensem que haverá a troca. Mobilize toda força disponível para mover as catapultas para detrás da Colina Oligar.

Pierre D'bout recebeu a cabeça de Herr Alber como um aviso. Durante toda a sua vida, Herr Alber ensinara as artes das batalhas para Pierre, sendo seu padrinho de nascença e batismo nos templos de Sert. A mãe de Pierre D'bout, detinha grande influência nas decisões do filho, mas desta vez, Verusca D'bout não se envolveu. Suas palavras eram afiadas no coração do jovem filho, o qual, se desprenderia da influência da matriarca.

Estava em reunião na sala de guerra de Águia Negra, com seus Herr de batalha. Queria cercar os nordeses, como chamavam. A Colina Oligar ficava à 10 quilômetros da capital de Águia Negra, assim como o campo de batalha. O rei já estava saturado de invasões em suas terras. Mas não era isso que o incomodava, e sim a prepotência de seus inimigos ao acharem que Halieetus não iria revidar.

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Dalibor corria velozmente, com seus cabelos dançando ao vento e seu respirar forte. Entre algumas pequenas subidas e descidas, ao passar por arbustos e flores após sair das linhas de árvores, vê a cidadela. Se aproximava rapidamente até ouvir um grito de um dos guardas no alto das torres de vigia.

- Sou Dalibor! A rainha me enviou! Tenho uma mensagem! - grita Dalibor para os homens. Um deles desce e após um momento, os portões improvisados (de madeira de hotztree) por Elmeric se abrem.

Notou rapidamente a movimentação na entrada da cidadela. Sons de ferro e aço se chocando, falatório e correria. Todos se preparavam para ir à batalha. Dalibor entrou com firmeza e rapidez para o interior da cidadela. Todos olhavam para o rapaz e o mesmo ouvia cochichos sobre sua altura e aparência.

Certamente, muitos ali sabiam da origem dos olhos vermelhos, o que o fez se sentir desconfortável. Mulheres e homens estavam presentes nesta campanha. Uma boa parte para mantimentos, outro para cuidados médicos e ainda outros para a engenharia e tática bélica, como levantar muralhas, construir aríetes e firmar acampamentos.

Os três mil homens estavam ali, se preparando fisicamente e espiritualmente para o combate. Afinal, sabiam que, caso morressem, estariam em Valhalla. Sendo assim, prestavam rezas e voltavam sua mente ao Pai de Todos.

A cidadela era grande e repleta de casas, mas não comportava todos os três mil homens. Então, diversos acampamentos improvisados foram levantado ao lado. A movimentação era grande e o clima tenso.

Um nórdico guiava Dalibor, que se destacava pela sua altura entre os guerreiros. Seguiram até um quartel improvisado. O guerreiro avisa que um mensageiro da rainha havia chegado e Dalibor entra, tomando a atenção de todos. Observa os homens ali, olho por olho. Era uma casa com fundamentos de madeira. Uma sala grande, com extensão de dez metros e largura de doze metros. Visivelmente era uma casa comum anteriormente, porém, localizada próximo ao centro da cidadela, perto do pátio central.

Um mapa estava estendido sobre uma mesa circular de madeira. Janelas quadradas estavam dispostas nas paredes, sendo feitas de vidro e de hastes de madeira. Candelabros espalhados nas arestas das paredes, portando velas apagadas. Algumas marcas de sangue nas paredes eram visíveis, assim como marcas de cortes. As paredes eram feitas com uma espécie de massa que se solidificava e as colunas laterais e horizontais da casa eram de madeiras maciças. O telhado da residência era em "V", feitos de cerâmica vermelha.

𝐅𝐎𝐆𝐎 𝐃𝐀 𝐃𝐄𝐒𝐎𝐋𝐀𝐂Ã𝐎 - 𝐕𝐎𝐋. 1Onde histórias criam vida. Descubra agora