03. Louco ⛓️

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━━ 𝐁𝐀𝐑𝐁𝐀𝐑𝐀 𝐁𝐈𝐓𝐓𝐄𝐍𝐂𝐎𝐔𝐑𝐓

Saindo do banho, vou até a minha cama, onde minha roupa está separada e começo a me vestir. Coloco meu jaleco preto, ajeitando ele em mim e me elogio mentalmente. Fico bonita com roupa assim, de empresária. Meu pai ficaria orgulhoso. Dou um sorriso ao lembrar dele e do quanto queria me ver nos negócios, junto com ele.

Saio do quarto, depois de pronta e vou para a cozinha, para beber um pouco de água, antes de eu sair. Pego minha bolsa, coloco no braço e pego as chaves de casa, para sair e trancar a porta. Aperto o botão para chamar o elevador e quando chega, entro nele e aperto o botão para ir à garagem.

Entrando no prédio da empresa, vejo se tem algum sinal de Victor, mas nada, felizmente. Vou para o elevador e clico no botão para o andar, onde seria a reunião. Saio do elevador, vendo alguns empresários no andar, conversando e fui cumprimentar eles.

— Filha do Sr. Martin? — um dos empresários, Sr. Oliver, me pergunta e eu afirmo. — Você tem a cara dele. Muito bonita, inclusive.

— Muito obrigada. — desvio o olhar do homem, vendo Victor me encarando e pelo jeito, não está contente com algo. Mas que se dane. Volto a sorrir para Sr. Oliver.

— Quer dizer que então está seguindo os passos do pai? — outro homem diz.

— Sim. Sempre foi o sonho dele, que eu me formasse em administração e aqui estou. Mas também era vontade minha. Sempre me interessei pela administração. — falo, bem gentilmente. Os três homens sorriram.

— Meu filho também decidiu seguir os meus passos. — apresentou o filho, tocando em seu ombro. Ele é novo. Deve ter minha idade ou mais.

— Prazer. Me chamo Thiago. — ele me cumprimenta, com um aperto de mão.

— Bárbara.

— Você é daqui? — puxou assunto.

— De Nova York. Você é?

— Sou de Seattle.

— Deve ser bonito lá.

— Pode apostar que sim. — deu um sorriso amigável e percebi que ele deve ser bom de conversa. Desviei o olhar, para onde Victor estava antes e não o vi mais.

Pouco tempo depois, estava todos sentados ao redor da mesa, conversando sobre quedas de valores, em tais áreas. Tentei focar só nas pessoas que falavam, mas o olhar de Victor sobre mim, desde quando entrei nessa sala, não deixou. Ele não parava de me olhar, nem por um minuto e isso começou a me incomodar. Dava vontade de jogar o copo de água na cara dele, para ver se acordava.

— Todos concordam? — Sr. Jones disse, olhando para todos. — Srta. Bittencourt?

— Ah... Sim. Concordo.

— Sr. Castelli? — ele afirma, sem dizer nada e por questão de poucos segundos, para de me olhar. Mas logo volta. Eu bufo, me obrigando a prestar atenção na segunda parte da reunião.

....

Reunião encerrada. Todos nós nos levantamos e fiz questão de sair o mais rápido possível daquela sala e ir embora, antes que Victor viesse atrás de mim. Sr. Jones me puxou para uma conversa, que parte de mim não queria ficar, mas fui, por respeito a ele. Sr. Jones me ajudou aqui, me explicou bastante coisa, então devo atenção e respeito a ele.

Conseguindo inventar uma desculpa, me despeço dos empresários e sigo o corredor para ir ao elevador e poder ir embora. Mas por obra do destino, acabo sendo prensada contra a parede, por ninguém mais, ninguém menos que Victor. Ele dá aquele seus sorrisos provocadores, que consigo decifrar o que é. "Peguei você".

𝐓𝐇𝐄 𝐂𝐎𝐍𝐐𝐔𝐄𝐒𝐓Onde histórias criam vida. Descubra agora