27. Almoço ⛓️

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━━ 𝐁𝐀𝐑𝐁𝐀𝐑𝐀 𝐁𝐈𝐓𝐓𝐄𝐍𝐂𝐎𝐔𝐑𝐓

Seus dedos passeavam pelo meu corpo, onde já conhece muito bem os lugares e eu fiquei encarando o nada, enquanto sentia seu toque sobre mim. Minha orelha é tocada pelo seu nariz, me fazendo arrepiar e sua boca me deixa um beijo em meu pescoço, coberto mesmo pelo cabelo.

— Sabia que sinto falta de você na cama? — disse ele, ainda passando os dedos pelo meu corpo todo.

— Também sinto a sua.

— Nos dois sentidos.

— Também sinto, nos dois sentidos. — senti ele sorrir.

— Preciso falar com você sobre um assunto. — diz, me fazendo ficar um pouco preocupada. Odeio quando ele fala, com uma voz que transmite suspense.

— Sobre?

— Um almoço.

— Almoço? — viro o rosto, vendo ele.

— Minha mãe quer te ver. Milena também. E querem conhecer Aurora. E querem marcar um almoço.

— Não vou. — viro o rosto.

— Por que?

— Porque eu não vou.

— Você se dava bem com elas.

— Mas isso já se passou 4 anos. E se elas não gostam mais de mim? Ou me odeiam, porque eu fiz aquela coisa com você? Não, obrigada. — volto a olhar a janela.

— Elas nem sequer lembram disso. Milena disse que está com saudades e minha mãe quer conhecer Aurora.

— Não quero ir, Victor. Não me sinto bem na presença delas, por conta do acontecido.

— Eu já disse que elas não se importam com isso. Muito menos se lembram.

— E se elas lembrarem, quando me verem? A resposta é não. — sinto meu cabelo ser tirado do pescoço e sinto sua boca alí.

— Por favor. — um beijo. — Faz esse sacrifício por mim. Minha mãe não para de me encher a paciência por conta disso.

— Problema é seu.

— Pode parar de ser maldosa comigo? Eu faço tudo o que você me pede, sem reclamar, então me deve essa.

— Não sei. — mexi os ombros.

— Prometo que não vai se sentir desconfortável. E prometo que elas nem vão tocar no assunto do passado. — fico quieta, hesitando.

— Vou pensar.

— Tá bom. — senti ele sorrir, antes de me beijar de novo. — Só por favor, não demore para pensar.

— Não vou te garantir isso. — suspira.

— Tá legal. Não vou insistir.

— Obrigada. — ficamos em silêncio por alguns segundos, mas retomamos a conversação. — O que deu na sua mãe de querer conhecer Aurora?

— Desde quando descobriu que você tem uma filha, ela tem curiosidade de conhecer.

— Hum...

— Por incrível que pareça, minha mãe gostou de ideia de eu ter uma enteada. — meu corpo se enrijece e uma saliva minha desce seca.

— Aurora acha que você é pai dela. — deixo escapar e na mesma hora, me arrependo. Faço uma careta, percebendo a merda que eu disse.

— Porque nós namoramos?

𝐓𝐇𝐄 𝐂𝐎𝐍𝐐𝐔𝐄𝐒𝐓Onde histórias criam vida. Descubra agora