64. Impressão ⛓️

434 38 6
                                    

━━ 𝐁𝐀𝐑𝐁𝐀𝐑𝐀 𝐁𝐈𝐓𝐓𝐄𝐍𝐂𝐎𝐔𝐑𝐓

Meu celular começou a tocar na sala, me fazendo levantar da cadeira e ir pegá-lo. Vejo no visor que é da escola de Aurora, me fazendo assustar e pensar em algo ruim. Nunca foram de me ligar. A última vez que me ligaram, foi quando Victor esqueceu de ir buscar Aurora na escola, mas depois disso, nunca mais me ligaram. Atendi a chamada, colocando o celular na orelha.

- Alô?

— Bárbara?

- Oi.

— Aqui é a Sara, da escola da Aurora. Desculpa estar ligando, mas aconteceu uma coisa aqui na escola com Aurora.

- O que aconteceu com ela?

— Ela caiu...

- Como assim ela caiu?

— Ela caiu enquanto estava brincando com as outras crianças e acho que torceu o braço ou o pulso.

- Mas foi alguma coisa muito grave?

— Não sei. Achei melhor ligar para avisar e levar ela no médico para ver.

- Onde está agora?

— Está com uma funcionária, que está tentando acalmar ela do susto.

- Tá bom. Estou indo agora buscar ela.

— Vou aguardar então.

- Obrigada por ter me avisado, Sara.

— Magina. Vou estar te esperando.

- Tá bom. Chego aí em 10 minutos.

Desligo a chamada e começo a procurar a chave do carro. Carol vem até mim, preocupada, percebendo qual foi a conversa e começo a entrar em desespero, quando não lembro onde deixei a chave do carro.

— O que aconteceu?

— Aurora caiu. — achei a chave do carro. — Vou pegar ela lá na escola e levá-la no médico. Parece que torceu o pulso ou o braço.

— Espera aí. — ela largou o copo de suco em cima do balcão. — Vou junto com você.

Saímos do apartamento e fui correndo até o elevador, chamando por ele. Entrei no carro, colocando rapidamente o cinto e liguei ele, indo para a escola de Aurora o mais rápido que conseguia. Quando cheguei no portão da escola, vi uma funcionária me esperando, talvez Sara, com quem falei no telefone, já sabendo que eu veria e ela pediu para eu entrar. Apreensiva, comecei a procurar Aurora por todos os lados, nem sabendo onde estava e Carol me seguia.

— Ela está agora com a monitora. — disse Sara, abrindo a porta de uma sala.

Vejo Aurora sentada no colo da monitoria, aos prantos, chorando e soluçando e quando me vê, na mesma hora me pede colo e volta a chorar mais. Me aproximo dela, inspecionando seu braço, onde estava um gelo apoiado no pulso.

— Mamãe... — soluçou, querendo meu colo.

— O que aconteceu, meu amor? Como você caiu?

— Ela estava brincando com outras crianças e na correria que estava, acabou caindo do degrau do brinquedo e acho que torceu o pulso. — explicou a monitora, que tinha Aurora em seu colo. — Acho melhor ver o que aconteceu, para ficar mais tranquila. — aconselhou.

— Vou levar ela ao médico.

Peguei Aurora no colo, com cuidado e vi ela ficar mais dengosa ainda quando deitou a cabeça em meu ombro. Carol pegou a mochila de Aurora e nos despedimos das funcionárias da escola, indo embora. Aurora foi para o banco de trás com Carol, enquanto eu ligava o carro e pegava o celular do bolso da calça. Procurei o nome de Victor nos contatos e liguei para ele.

𝐓𝐇𝐄 𝐂𝐎𝐍𝐐𝐔𝐄𝐒𝐓Onde histórias criam vida. Descubra agora