29. Febre ⛓️

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━━ 𝐁𝐀𝐑𝐁𝐀𝐑𝐀 𝐁𝐈𝐓𝐓𝐄𝐍𝐂𝐎𝐔𝐑𝐓

De longe, vejo Angélica na entrada galeria, depois de dar uma olhada para os lados, vendo se estou chegando ou não. Na porta, Angélica lê algo que tem na parede e quando percebe nossa presença, sorri, principalmente quando vê Aurora.

— Olha quem está aqui também. — disse a Aurora, que sorriu. Angélica se abaixou e abriu os braços. — Dá um abraço na tia. — sem pensar, Aurora corre até ela, se separando de mim, que observo a cena com um sorriso curto. — Como você está linda. — diz e ajeita o laço de Aurora na cabeça.

— Bigadu. — Angélica se levanta e olha para mim.

— Tudo bom, querida? — me abraça.

— Tudo sim.

— Está bonita. — dou um sorriso meigo.

— Obrigada. Você também está.

— Minha mamãe semple é bunita. — Aurora disse, fazendo Angélica e eu rir.

— Concordo. — Angélica disse.

Nos viramos e fomos ver as pinturas e artes da exposição. Aurora julgou de cara, o primeiro quadro que fomos ver e Angélica riu, dizendo que era arte, mas não funcionou, Aurora disse que era feio mesmo assim. Aquilo, foi um humor para Angélica. E para mim também. Fomos ver outros quadros, com Aurora apontando para todos que via, dizendo o quanto era feio. Poucos, eram bonitos.

— Olha, mamãe. — puxou minha mão e eu me virei, vendo o que apontava. — Qui feio aquele desenho.

— É assim mesmo, meu amor. — voltei a atenção para Angélica.

— O que acha de tomarmos um café depois daqui? — ela propõe.

— Eu aceito. — dou um sorriso.

— Conheço um café ótimo aqui perto.

Voltamos a andar pela exposição, vendo os demais quadros que tinham ali e nesse tempo, Aurora parou de julgar as obras. Quando enfim vimos tudo o que tinha para ver, deixamos a galeria e fomos para a cafeteria que Angélica tinha comentado que era boa. Nos sentamos em uma mesa e deixei Aurora ao meu lado, enquanto Angélica ficava na nossa frente. Fizemos nossos pedidos, que logo seria entregue a nós.

— Então, querida... Por onde esteve esses anos? — me remexo na cadeira, sentindo um leve desconforto.

— Fui para Toronto, no Canadá. Fiquei lá esses anos e me formei na faculdade daqui, como meu pai queria. — resumo, para ver se entra em outro assunto.

— Então continuou fazendo faculdade por lá e veio de volta, para se formar aqui?

— Isso.

— Ficou com a sua mãe?

— Sim. Ficamos na casa dela e quando fiz 23 anos, recebi o resto da herança do meu pai e então voltei para cá e me formei.

— Mas não tem vontade de voltar para Toronto? Ou tem?

— Não. Fiz de Nova York minha casa, então não pretendo ir embora daqui tão cedo. — ela sorriu.

— Nova York é tudo de bom.

— Sim...

— Não tem saudades da Carolina do norte?

— Não muito. Só a família na minha mãe que era de lá. Meu pai era daqui, então como não tenho mais família lá, não vejo porque voltar. — ela assente.

Nosso pedido é servido e dou o bolo de chocolate que Aurora pediu a ela, junto do suco e Angélica e eu demos um gole no capuccino que pedimos.

— Está gostoso? — pergunto a Aurora.

𝐓𝐇𝐄 𝐂𝐎𝐍𝐐𝐔𝐄𝐒𝐓Onde histórias criam vida. Descubra agora