44. Discussão ⛓️

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━━ 𝐕𝐈𝐂𝐓𝐎𝐑 𝐂𝐀𝐒𝐓𝐄𝐋𝐋𝐈

"Seu irresponsável!"

"Não faça eu ter me arrependido de ter te contato a verdade."

"Seja um pai de verdade na vida da sua filha"

"Não seja que nem o seu pai!"

Isso estava me atormentando, desde que saí de casa. Eu sei que errei muito de ter esquecido de buscar Aurora na escola e Bárbara tem total razão, em tudo no que disse. Sou um pai irresponsável mesmo. Deixei Aurora sozinha, quando pode ter a possibilidade da ameaça do Ferrari ser verdade. Deixei minha filha correr um risco de vida.

Bárbara está certa, em tudo o que disse e eu não posso negar nada. Sim, eu me importo mais com o meu trabalho do que com a minha própria filha, que depende de mim ainda. Eu a esqueci, porque simplesmente não lembrei dela. Não lembrei que tenho uma filha e uma responsabilidade que tenho que criar com ela, por conta de trabalho. Sou um filho da puta.

Que pai é esse, que esquece sua filha na escola, que se não fosse por uma menininha na rua, nem ia ter lembrado dela? O pior de tudo, é que minha filha sabe o filha da puta que o pai dela é, por esquece-la. O que ela pode estar pensando de mim? Que fui irresponsável? Se soubesse o que isso representa, com certeza acharia isso. Bárbara está com raiva de mim e não tiro a sua razão.

Ela deve estar certa. No fundo, acho que não merecia ser pai. Não merecia saber da notícia de que tenho uma filha. Ainda não estou pronto para ser pai. Eu não sei fazer isso direito. Não sei pôr minha filha em primeiro lugar nas minhas obrigações, do que meu trabalho, que depende de mim, menos que do minha filha depende. Aurora é pequena e agora estou junto nesse mundo de pais, com Bárbara. Temos nossa filha para criar e estou mais errando do que fazendo o certo com as duas.

Eu sou uma merda de pai. Igual o meu.

Viro o copo cheio com tudo para dentro, sentindo minha garganta até queimar e eu pisco, quando uma fraqueza bate. Encho mais o copo, enquanto olho para as mulheres dançando à minha frente, deixando todos os caras duros, menos eu. Joel saiu faz alguns minutos e não sei há quanto tempo está fora. Virei mais um copo para dentro, tentando esquecer o máximo sobre as verdades que Bárbara disse na minha cara, mais cedo. Estou atormentando demais com o assunto.

Vejo um casal sair da sala, certamente indo transar e com essa atenção que tirei, para ver os dois, quando voltei a olhar para as moças dançando e sensualizando na barra de pole dance, uma chegou perto de mim, se sentando no meu colo, seminua. Observei a lingerie que usava e meu pau traiçoeiro, deu um sinal de vida. Inspirei seu cheiro de perfume, que era forte o bastante para me enjoar.

— Você está tenso, baby. — a moça disse, passando a mão pelos meus ombros e peito.

— Problemas. — disse, suspirando a jogando a cabeça para trás. Mas ela ergueu minha cabeça e se ajeitou em cima de mim.

— Se quiser eu te ajudo com isso. — a moça começou a me beijar, mas não na boca e sim pelo rosto e pescoço. — Sou conhecida por fazer os melhores boquetes daqui. — ela disse, com um ar esnobe.

— Não estou interessado. — disse, rouco, sentindo minha garganta secar. Entrego meu copo a ela, fazendo um sinal para encher e assim ela faz.

— Ter certeza, baby? — me entregou o copo. — Chupo gostoso esse seu pau, que está louco para querer ir parar na minha boca. — dizendo isso, meu pau ficou mais duro ainda, sem eu ao menos perceber.

— Eu tenho mulher, moça... — resmunguei, meio mole, depois de processar o que ela acabou de dizer.

— Se você está aqui, é porque ela não sabe te satisfazer, como eu posso. — disse de jeito convencido, me fazendo achar graça, mas por dentro.

𝐓𝐇𝐄 𝐂𝐎𝐍𝐐𝐔𝐄𝐒𝐓Onde histórias criam vida. Descubra agora