21. Apoio ⛓️

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━━ 𝐁𝐀𝐑𝐁𝐀𝐑𝐀 𝐁𝐈𝐓𝐓𝐄𝐍𝐂𝐎𝐔𝐑𝐓

Coloquei minha última mala na sala e voltei para o quarto, para ver se tinha esquecido alguma coisa ou não. Olho o quarto inteiro, para ver se peguei tudo e volto para a sala, com o carregador do celular em mãos. A campainha toca e eu vou abrir a porta. Quando abro, imediatamente meus olhos correm pelo corpo de Victor e um pequeno fogo acendeu em mim, por vê-lo de terno.

Porque usar roupa assim? Eu estou com uma roupa bem mais confortável para viajar. Calça legging, tênis, blusa e um moletom, por estar frio e gelado agora de manhã. Nada melhor do que viajar com roupas confortáveis.

— Posso entrar? — afirmo, quieta e ela entra, se deparando com as minhas malas. — Tudo isso é seu?

— É. — respondo curta. Ele suspira.

— Tá legal. Espero caber no carro. — ele pegou duas malas grande e puxou para fora, enquanto eu pegava as demais coisas.

Fechei o apartamento e segui ele para o elevador. Ficamos quietos o tempo todo, até chegarmos no carro. Ele abre o porta malas e coloca uma mala minha, junto com a sua e eu vou colocando as outras no banco de trás. Com o carro cheio de malas, entro nele e me sento no banco da frente, ao lado de Victor.

Não tínhamos nos falado durante esses dois dias, porque eu ainda estava chateada com ele. Victor deveria entender o motivo de não ter procurado ele. Só nos falamos hoje de manhãzinha, sobre a viagem, mas só. O caminho todo foi um silêncio. Chegando no pequeno aeroporto, onde estava o jatinho particular dele, vi um cara, que supus que seja seu empregado, retirando as malas de dentro do carro e colocando dentro do jatinho.

— Pode subir se quiser. — Victor me disse e eu optei por subir e deixar ele com o cara que estava conversando e tirando as malas do carro.

Subi as escadas e quando entrei, tive uma bela surpresa, por ser tudo de estilo fino e chique. Os bancos de couro branco e marrom, alguns mais confortáveis, outro só bancos simples mesmo. Andei até uma poltrona, que percebi ser a mais confortável e observei ela de perto. Mais no fundo, tinha provavelmente o banheiro e uma espécie de barzinho. Me sentei na poltrona e vi Victor conversando ainda com o cara, pela janela do outro lado do jatinho.

Peguei meu celular, avisando Carol que estava no aeroporto e que estava indo para o embarque. Obviamente ela não sabe que eu estou indo com Victor e acha que estou indo com uma companhia aérea. Uns minutos se passam, até Victor entrou no jatinho e se sentou em um banco, do meu lado, mas na outra ponta.

— Já vamos decolar. — afirmei, sem dizer nada. Olhei para a janela e fiquei vendo lá fora, até que o jatinho começa a se mover. — Quer alguma coisa? — virei a cabeça, vendo ele com uma garrafa de champanhe e uma taça.

— Não quero, obrigada. — virei a cabeça de volta para a janela.

— Tem comida aí, se quiser. Água também. — afirmei de novo e ele se calou. O jatinho começa a correr, até que começa a subir para os céus.

Quando pega altura, começo a sentir a cólica bater, me causando um belo desconforto. Faço uma careta, me remexendo na poltrona e me viro, ficando com o corpo de lado e de costas para Victor. Fecho os olhos, pondo as mãos na barriga, abraçando ela e começo a torcer para que passe rápido. Eu odiava ter cólica. Nunca fui uma pessoa de muitas cólicas, mas quando elas vinham, eram chatas e dolorosas até demais.

Deito o banco, ficando em uma posição melhor na poltrona e me ajeito, procurando uma posição boa de novo. Volto a fechar os olhos e torcer para que passe rápido a cólica. E merda, eu tinha remédio, mas estava dentro da minha mala. Que merda de ter cólica agora, bem na hora que não tô com o remédio disponível mais.

𝐓𝐇𝐄 𝐂𝐎𝐍𝐐𝐔𝐄𝐒𝐓Onde histórias criam vida. Descubra agora