36. Ti amo, papai ⛓️

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━━ 𝐁𝐀𝐑𝐁𝐀𝐑𝐀 𝐁𝐈𝐓𝐓𝐄𝐍𝐂𝐎𝐔𝐑𝐓

Victor se separa de mim, me dando um último beijo e ele parece querer dizer algo, então espero atentamente, enquanto paro de chorar.

— Desculpa pela maneira de como te tratei esses dias. Eu não deveria ter gritado tanto e ter te xingado.

— Amor... — tento dizer.

— Também peço para que me perdoe. Estava confuso, com tudo isso. Estava colocando os pensamentos no lugar.

— Eu sei.

— Então me perdoe, da maneira de como te tratei. Desculpe por ter quebrado o copo ontem à noite e por ter te xingado.

— Tudo bem. Já passou. — passo a mão pelo seu rosto e cabelo.

— Queria te pedir uma coisa, também.

— Claro. Pode pedir. — paro as duas mãos em seu rosto, segurando ele, enquanto espero atentamente no que vai pedir.

— Queria... Queria contar a Aurora a verdade. Dizer que... Sou pai dela. — fito ele, quieta, pensando no que disse.

Ele tem direito de dizer. Total direito. Não posso impedi-lo disso. Jamais.

— Claro que pode. — digo, forçando um sorriso.

— Queria contar, depois que ela chegar da escola. — diz, me fazendo pensar, o quanto deve ser tarde.

— Milena cuidou dela e a levou para escola?

— Pedi para que fizesse isso, já que estava dormindo.

— Tudo bem, então... E obrigada. — repuxo os lábios de canto e ele também o faz.

— De nada. — ele me puxou para perto, me abraçando e eu fechei os olhos, agradecendo a tudo nesse mundo por ele ter me perdoado e por ter sido compreensível comigo. Abri os olhos, me separei dele lembrei de algo.

— Tenho uma coisa pra te mostrar. Acho que vai gostar. — saí do seu colo, indo para o closet.

Subi no pequeno puff que tinha no meio do closet, para pegar a caixa que tinha trazido de casa e que tinha escondido no meio das minhas coisas, justamente para mostrar a ele uma coisa que pagaria por tudo desse mundo para ver. Peguei a caixa de madeira branca e desci do puff, vendo que ele me olhava por cima do ombro, pra saber o que eu tinha ido fazer. Voltei para a onde estávamos e me sentei em seu colo, parando de chorar e com a caixa nas mãos. Entrego a ele, que me olha confuso.

— O que é isso?

— Abre. Você vai gostar. — ele abriu a caixa, se deparando com as milhares de fotos minhas grávida, fotos de Aurora bebê, nossas juntas e mais outras. — Sei que pagaria por tudo nesse mundo pra ver ela pequena, então queria dar um pouco desse desejo seu, que sei que existe agora.

Ele olhou admirado para as fotos dentro da caixa, depois de olhar para mim e pegou a primeira foto, que era de Aurora recém-nascida, com sua roupa de saída de maternidade branca e cinza. Ele sorriu perante a foto e meu coração encheu de amor ao ver ele assim.

— Ela desde pequena já era a sua cara. — comentei um fato, que agora ele sabia e via.

— Não posso negar. — disse admirando, sem tirar o foco da foto.

— Essa aqui ela tinha uma semana. — peguei a foto de dentro da caixa e mostrei a ele. — Aqui ela tava um pouquinho diferente, mas mesmo assim sua cara. — dei uma risadinha e ele pegou a foto da minha mão, fissurado com tudo aquilo.

— Com quantos quilos ela nasceu?

— 3,750kg.

— Ela era bem gordinha. — ele sorriu, vendo a foto de Aurora gordinha com sua primeira semana de vida.

𝐓𝐇𝐄 𝐂𝐎𝐍𝐐𝐔𝐄𝐒𝐓Onde histórias criam vida. Descubra agora