𝐼'𝓋𝑒 𝒢𝑜𝓉 𝑀𝓎 𝐸𝓎𝑒𝓈 𝒪𝓃 𝒴𝑜𝓊 ➠ 𝐍𝐞𝐭𝐞𝐲𝐚𝐦 𝐚𝐧𝐝 𝐀𝐨𝐧𝐮𝐧𝐠

Give peace a chance

❝Capítulo 2:Give peace a chance❞

Aonung soube que problemas viriam assim que viu aqueles ikrans voando, rodeando Awa'atlu. Quando os Metkayina começaram a se amontoar ao redor dos Na'vi que haviam pousado na praia, Aonung passou a caminhar em passos rápidos para lá, com Rotxo em seu encalço.

E ele realmente não pode evitar quando seu olhar se transformou em algo desgostoso ao ver os Na'vi da floresta, com seus ikrans parados ali, o patriarca da família com as mãos levantadas, mostrando que eles não procuravam problemas.

Não sabia porque eles estavam ali, mas tinha um mau pressentimento sobre isso, então, Aonung apenas torcia para que aquelas pessoas fossem embora logo.

Aonung e Rotxo rodearam o que pareciam ser os dois filhos mais velhos, que fizeram o sinal de "Eu vejo você" para eles, sendo ignorados com avidez. Não o entenda mal, ele não é alguém com pouca educação, é só que é estranho ter Na'vis da floresta invadindo seu território daquela forma, e a intuição de Aonung dizia que algo estava errado.

Aonung observou o que ele acreditava ser o irmão mais velho, pela altura e pelas feições mais maduras, observando como os olhos do garoto eram amarelos, com alguns poucos tons de verde, e brilhantes, era como o sol.

Seu corpo era magro, como o dos outros da família, mas Aonung podia ver alguns músculos aparentes, seu cabelo era trançado e caia até um pouco abaixo de seus ombros, as orelhas maiores do que as suas a mostra, ele também usava alguns acessórios bonitos, na opinião de Aonung. Era apenas alguns centímetros mais baixo do que Aonung, talvez uns 2 ou 3 centímetros, mas ainda fez o ego do Metkayina inchar de alguma forma.

Quando ele e Rotxo observaram eles, o garoto mais velho pareceu ficar desconfortável, ainda mais quando Rotxo tentou agarrar sua cauda fina e estranha, Aonung nunca havia visto nada igual a aquilo, era certamente algo estranho.

E então, eles pediram por refúgio, isso deixou Aonung irritado, porque Toruk Makto e sua família estavam fugindo da guerra e se escondendo entre estranhos. Ele poderia ter feito igual a sua mãe, mas não o fez ao ver como a caçula parecia cansada.

Se não fosse pela criança, Aonung com certeza teria dito as mesmas coisas que sua mãe, afinal, além de serem covardes, eles tinham sangue de demônio, não deveriam estar ali.

Eles levariam a guerra até eles cedo ou tarde, mas seu pai não parecia perceber isso, o que apenas deixava Aonung ainda mais irritado.

Mas o que deixou Aonung totalmente exasperado e estressado foi quando seu pai disse que ele e Tsireya iriam ensinar às crianças Omatikayas os seus costumes. Ele realmente tentou negar, mas seu pai o cortou antes que ele pudesse o fazer.

Aonung não queria os ajudar, era verdade que ele era um bom professor, ensinava algumas crianças a nadarem e montarem em ilus, mas isso era diferente, não eram crianças Metkayinas, que além de serem do seu povo, tinham o corpo adequado e já tinham noção sobre como nadar, diferente deles.

Seria uma tarefa complicada, mas graças a Eywa, ele não estaria sozinho, Rotxo se propôs a ajudar também, provavelmente apenas para ficar comentando sobre os Omatikayas de forma ofensiva, ou talvez para se aproximar da garota mais velha, Aonung conseguiu perceber o olhar que ele havia trocado com a garota mais cedo.

Bom, Tsireya também havia tido uma troca de olhares intensa com aquele garoto, o mais baixo, e aquilo não o agradou nenhum pouco.

Tinha aquele outro garoto também, o filho mais velho de Toruk Makto, Aonung se viu um pouco perdido nos olhos dele, não que fosse como Tsireya e Rotxo com os outros irmãos, ele estava curioso sobre os olhos do garoto, sobre como eles eram tão amarelos, mas com tons de verdes e pareciam tão brilhantes.