𝐼'𝓋𝑒 𝒢𝑜𝓉 𝑀𝓎 𝐸𝓎𝑒𝓈 𝒪𝓃 𝒴𝑜𝓊 ➠ 𝐍𝐞𝐭𝐞𝐲𝐚𝐦 𝐚𝐧𝐝 𝐀𝐨𝐧𝐮𝐧𝐠

Say yes to heaven

Capítulo saiu de tarde porque é longo, meus amores, e também os problemas por aqui estão me afetando mais do que deveriam.

Capítulo não revisado.

Boa leitura.<3

❝Capítulo 18:Say yes to heaven❞

Aonung e Neteyam estavam sentados em uma rocha afastada da vila, com as ondas calmas daquele dia batendo contra suas pernas cruzadas, os molhando e um silêncio agradável entre eles. Era uma sensação de paz.

Faz três meses e algumas semanas que Neteyam e sua família chegaram em Awa'atlu, e passaram a viver com o clã Metkayina e aprender seus costumes para viverem no oceano.

Os filhos dos Sully se adaptaram melhor do que seus pais à vida no mar, e hoje os dois garotos estavam encerrando seus ensinamentos com os filhos do chefe do clã, Aonung e Tsireya, enquanto Kiri havia encerrado há algumas semanas com Rotxo, pois com certeza foi a que se adaptou melhor.

Quanto a Tuk, a mais nova ainda precisava de mais algumas semanas para terminar, mas ela era muito esperta e aprendia rápido, Aonung dizia que nunca viu uma criança ter tanta vontade de aprender quanto a pequena Omatikaya.

Lo'ak estaria encerrando hoje como seu irmão, ele e Tsireya escolheram um local onde já estavam acostumados a estarem durante as aulas, e Lo'ak conhecia bem o local debaixo d'água. Basicamente, Tsireya estava facilitando para ele.

Diferente de Aonung, que arrastou Neteyam para um lugar onde ele nunca mergulhou para saber como ele era debaixo d'água, tornando o último desafio ainda mais difícil, mas Neteyam estava determinado em passar aquilo e finalmente concluir seus ensinos para viver no mar.

Se Tuktirey era a que tinha mais vontade de aprender, Neteyam certamente era o mais determinado a isso, ele sempre se esforçava e estava pronto para qualquer coisa que Aonung preparasse. Aonung admirava isso nele.

Determinação, essa é uma das características marcantes que ele herdou de seu pai, tão determinado, insistente e cabeça-dura desde o momento em que pisou em Pandora há quase 19 anos atrás.

E Neteyam certamente herdou essas características, para a infelicidade de sua mãe, embora ainda se parecesse mais com ela, tanto na aparência quanto na personalidade. Lo'ak que era a cópia de seu pai, no final das contas.

Enquanto aprendiam, Neteyam não demorou para plantar uma amizade com o filho primogênito do Olo'eyktan e da Tsahìk do clã, a árvore crescendo mais e mais a cada dia que se passava.

Mas Neteyam seriamente não sabia mais se aquilo era realmente apenas amizade, se o que ele sentia ainda era apenas sentimentos comuns e amigáveis.

Ele não pode deixar de notar como se sentir quando estava próximo de Aonung, e isso o assustou quando percebeu, mas ele estava tentando lidar com aquilo de outra forma agora.

Provavelmente enterrar aqueles sentimentos no fundo, como estava fazendo atualmente, não era a melhor opção, mas que escolha ele tinha? Não queria perder a amizade mais valiosa que ele tinha em Awa'atlu, mas também pensava que Aonung não retribuía seus sentimentos, embora nem ele próprio entendesse seus sentimentos.

Neteyam gostaria de ter alguém para conversar sobre aquilo, alguém que fosse entender e o aconselhar sobre o que fazer em relação a isso. Porém, ele não tinha ninguém e isso o estava matando lentamente, ele estava se afundando cada dia mais naquele mar de sentimentos confusos.

E agora, o Sully apenas sentia vontade de se levantar e sair correndo, ou se jogar no mar, porque seu coração, que ele estava lutando para manter o ritmo calmo, passou a acelerar até estar batendo como um tambor em uma música animada quando ele sentiu a mão gélida do Metkayina tocar o seu abdômen, bem acima do estômago.