Capítulo 32 - Sentiu medo de mim?

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Autora.

Julie estava destruída. Não podia acreditar naquilo. Nunca poderia imaginar um mundo sem seus filhos. Até que seu celular começa a tocar.

- Polícia? - ela olha de relance e atende o celular. Por mais que estivesse com uma dor imensa em seu peito, quando viu o número em seu celular, uma chama de esperança se acendeu dentro dela.

- Alô.

- Oi. - Julie sussurra praticamente não conseguindo falar pelas lágrimas que insistiam em cair e sua garganta que parecia tampada pelo sofrimento.

- Estou falando com Julie Molina Patterson?

- É. Ela mesma.

- Julie. - o aperto no peito ficava maior - Sua filha chegou aqui na delegacia um pouco machucada e dizendo que seu nome é Amélia Baker Patterson. - Julie não consegue entender e nem expressar o alívio que sentiu. Luke não entendia, estava confuso, mas um alívio também o invadia. A bolota dele estava bem e segura.

- Sim. Sim... Por favor. - Julie não consegue controlar sua voz trêmula - Ela está aí?

- Está... Um pouco machucada. Disse que o irmão salvou ela de um sequestrador, mas que ele foi junto com ele. - a mulher não consegue terminar de ouvir. Amy está bem, mas o Henry... Ele está no avião que caiu. O filho dela morreu.

- Mamãe. Decupa. Ele levou o Henry. Mamãe...

- Desculpa. - Julie estende o celular na direção de Luke. Ela se arrepende ao máximo por não ter atendido, não ter continuado na ligação e ter ajudado a Amy que estava desesperada. Luke atendeu o telefone e mandou o policial não falar nada pra Amy, mas explicou a situação. Julie abaixada no canto da sala. Ela quase não podia respirar, porque seu filho tinha morrido. Suas lágrimas caíam pelo seu rosto automaticamente.

- Muito obrigado. - a voz estremecida de Luke no telefone preenche o ambiente. Os policiais iriam trazer Amy pra casa. Ela estava salva e isso era bom. Era maravilhoso, mas Henry...

- Ela sabia do bilhete na bolsa dele... - Julie sussurra se levantando - Meu filho... Ela matou meu filho.

Luke apenas a puxou para ele e juntos em um abraço forte se afogaram em lágrimas. Não pararam, nem se quer por um segundo. Não.

E em uma estrada. Bem longe dali passava uma caminhonete em uma velocidade nem um pouco adequada.

- Ei. Parou! - Helena diz para Bobby que estava na direção - Tem algo ali.

O homem freiou com pressa e descendo do carro e se aproximando do que ela achava ser um animal, viu Henry coberto de sangue e praticamente sem consciência.

- Bobby! - ela grita - Rápido. Ajuda aqui.

- Meu senhor! - o homem exclama assim que se aproxima - Ele tá morto Helena. Vamos deixar ele aí. Temos que voltar pra roça.

- Nem pensar Bobby. Você tá louco? - ela pergunta - ele ainda está respirando. Vamos voltar pra cidade e levar ele pro hospital.

- Eu não tenho dinheiro pra isso Helena. Como vamos abastecer depois? - ele pergunta - É triste, mas o coitadinho já tá morto.

- Não. Não está! Ele é filho de alguém e eu como mãe, nunca deixaria isso acontecer. Se não dirigir, eu dirigo. - o ultimato fez Bobby ajudar ela a pegar o corpo de Henry e colocar ele no banco de trás.

Helena apressou Bobby e a gasolina deles estava quase acabando, mas conseguiram chegar ao hospital.

- Precisamos do convênio ou do plano dele. - a secretária sussurra - Sem o convênio ou o plano não podemos atender ele.

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