Capítulo 23 - Não sei o que falar da nossa filha Julie.

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Julie / tempo presente.

- Tem certeza que tá bem amor? - Luke me pergunta preocupado.

- Claro. Minha pressão caiu. Não foi nada demais amor...

- Papai. Faz o leitinho da Amy, po favo? - a mais nova pede. Amy não vive sem seu leitinho de manhã.

- Claro que faço. Ei! Porquinha se precisar ficar aqui hoje pra descansar, fica. - o moreno insiste.

- Não. Não precisa! - digo e assim que Luke sai com a Amy do quarto eu corro em direção ao banheiro para vomitar. Essa semana eu fiquei bem exausta, enjoada e com dor de cabeça, mas acho que foi por causa da correria, agora tô com medo de estar com virose ou algo do tipo, mas preciso ir trabalhar. Eu podia ficar trabalhando em casa hoje, já que só vou resolver algumas coisas pelo computador, mas a Amy quer conhecer meu trabalho, então vou levar ela e quem sabe tirar umas fotinhas.

- Tudo bem Julie. Tudo bem... - digo encarando meu reflexo no espelho e rapidamente voltando a vomitar.

...

- Agora a gente tem que falar tchau pro papai, porque eu e a Amy estamos indo...

- Tabalha. - ela completa.

- Mas você é uma adulta mesmo - Luke diz pegando ela do meu colo e deixando um beijo no seu rosto.

- Não quelo paga conta. - gargalho junto com Luke.

- Você não vai, por enquanto filha. - digo pra Amy que sorri na minha direção - Mas agora precisamos ir.

- Tchau papai. Até depois!

- Tchau meu amor, até depois. - Luke deixa um beijo na testa de Amy - Tchau pra você doentinha. Se precisar de alguma coisa me liga. Qualquer hora pode me ligar. - ele se aproxima pra me beijar, e eu me afasto.

- Não quero passar nada pra você se tiver doente. Anjinho também tá proibida de ter beijos da mamãe, pelo menos enquanto titio Brandon não examina ela.

- Ah mamãe, mas seus beijinhos são tão bons. - ela diz fazendo um sorriso aparecer no meu rosto.

- Mas anjinho, mamãe não quer te passar nada. - Luke coloca Amy no chão.

- Deixa eu só pelo menos... Fazer isso aqui. - Luke me abraça por trás deixando um cheiro no meu pescoço e beijando minha nuca.

- Precisamos ir. - digo e Luke me puxa para mais perto.

- Se precisar de alguma coisa é só me ligar...

- Já entendi master chef, mas eu tô bem.

- Tá. Tchau pra vocês. - ele deixa um último beijo, e anda em direção ao seu carro.

- Mamãe você tá bem? - Amy pergunta um pouco preocupada.

- A mamãe tá bem filha! Melhor agora, que você vai estar comigo o dia inteirinho. - a pequena sorri de lado.

Coloquei Amy na cadeirinha e fomos o caminho inteiro conversando. Eu estava um pouco enjoada, mas passou rápido. Com Amy todos os percursos são divertidos. Vejo muitas pessoas falarem que criança dá muito trabalho, e eu acredito que estou pegando até que uma faze fácil de Amy, porque Luke já me contou muito sobre as noites em claro, os choros, os sonos irregulares e mais um monte de coisas que envolvem uma criança pequena. Luke é um pai incrível, sem dúvidas. Às vezes ele pode se encontrar um pouco perdido, mas quando se trata de Amy ele sempre dá um jeito. Eu já estou aqui, já estou na vida deles, mas quando a gente se casar eu vou estar dentro definitivamente. Vou assistir meu anjinho crescer e criar ela, e isso é assustador pra mim, não por que vou criar ela, e sim porque ela vai crescer. Eu sei que tô parecendo o Luke, mas ela poderia continuar com três aninhos pra sempre.

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