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S/N Pov

Arisu me abraçava desesperado, vi as meninas correrem em minha direção chorando e os meninos apavorados. Mas o Chishiya nem se mexia.

— Kuina: Por onde você esteve? — segurava meus braços me olhando assustada — o que aconteceu?

— Pessoal, vamos com calma — vi a polícia se aproximar e me olhar — está tudo bem? Vem aqui, por favor.

Ainda sem dizer nada, segui ele até a recepção do hotel e me sentei em uma cadeira. O policial puxou um caderno e se sentou ao lado.

— Me explica o que aconteceu durante essa madrugada.

— S/N: Eu só me lembro de ter saído correndo — falei relembrando da cena em que eu corria com os saltos — vim na direção do hotel, mas não entrei..

— Me falaram que acharam seu celular, tem certeza que não entrou?

— S/N: Deixei o celular no hotel, não quis levar pra festa — ele anotou no caderno — e depois disso, eu não lembro pra onde fui.

— E esses hematomas no corpo?

Olhei meus braços e tinha umas marcas roxas, e não fazia ideia de como elas surgiram. Eu não tinha bebido nada. Mas é impossível isso surgir do nada, e eu não conseguir lembrar de nada. Nada mesmo.

— S/N: Não lembro — afirmei.

— Ingeriu álcool? — concordei — muito ou pouco?

— S/N: Suficiente pra me fazer ficar consciente a festa toda — expliquei — não fiquei bêbada.

— Ela ainda brigou na festa — vi um garoto comentar e lembrei dele. Acho que era Tristan — fui tentar separar, mas na hora ela foi embora correndo. Não estava bêbada mesmo.

— Fica difícil saber o que aconteceu, só se alguém puxar nas câmeras da rua o caminho que ela fez — o policial disse — mas isso demora muito.

— Arisu: Não se lembra de nada mesmo? — neguei — alguém passando por você?

— S/N: Não — pensei — talvez eu tenha desmaiado, não sei, cai em algum lugar..

— Kuina: As chances são pequenas — comentou preocupada — não tem como fazer algum tipo de exame? Pra saber o DNA de alguém?

— Só se ela quiser — me olhou — você quer? É mais garantido.

— S/N: Prefiro que olhem na câmera de segurança das ruas primeiro — sugeri — depois eu faço os exames.

— Usagi: É melhor levá-la no hospital.

— S/N: Não, eu não quero — falei — meus pés estão doendo, eu corri muito.

— Karube: Porque você correu? — segurou minha mão — qual motivo?

— S/N: Não quero falar sobre isso agora — levantei — é complicado..

— Vou pedir pra puxar nas câmeras, e amanhã voltamos — avisaram — se cuidem.

Eu não sei o que estou sentindo, mas a canseira é maior. Não estou com cabeça pra conversar, e também preciso de um banho. Karube continuou comigo e me acompanhou até o quarto do Arisu.

𝙻𝚘𝚟𝚎 𝙼𝚎 𝙷𝚊𝚛𝚍𝚎𝚛 | 2°  𝚝𝚎𝚖𝚙𝚘𝚛𝚊𝚍𝚊 | Onde histórias criam vida. Descubra agora