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S/N Pov

O convite de casamento de Usagi foi entregue para mim, e fui convidada para ser a madrinha. Achei lindo. Saber que estamos juntas desde pequenas, e ver ela casar com Arisu, me deixou tão feliz. É a primeira garota do grupo a se casar.

— Kuina: Acho que as coisas estão se ajeitando — comentou — Tamika quer voltar comigo.

— S/N: Isso é bom.

— Kuina: E eu quero fazer uma surpresa pra ela.

— Usagi: Vai pedir em noivado — brincou e Kuina ficou séria — o que?

— Kuina: Isso mesmo — sorriu — eu amo ela.

— S/N: Agora todo mundo quer casar — falei.

— Usagi: Calma que sua vez vai chegar.

— S/N: Não pretendo me casar tão cedo, e outra, meu aniversário está chegando — avisei — acho que vou fazer uma viagem.

— Kuina: Por quanto tempo dormimos? — olhou pra mim sorrindo e Usagi riu — você é a mais velha do grupo.

— S/N: E nem respeito tenho, não é mesmo? — brinquei — preciso ver meu vestido de madrinha.

Peguei meu celular e fui pesquisando as melhores lojas pela região. Eu não sei com quem vou entrar na cerimônia, e tenho quase certeza que não vai ser o Chishiya.

— Usagi: Eu vou ir agora — levantou — vou fazer a degustação de doces e salgados.

— Kuina: E eu vou atrás da Tamika.

(...)

— Você gostou desse? Ele é lindo.

— S/N: Acho que vai ficar muito decotado. — analisei — quero algo que não seja tão chamativo.

— Você por aqui? — me virei rápido e me deparei com Shibuki — quanto tempo...

— S/N: Por onde você esteve? — perguntei a ela, e a mesma estava totalmente diferente. Cabelo curto e siliconada. — o que aconteceu?

— Shibuki: Me mudei pra outra cidade, e agora resolvi voltar pra fazer uma visita. Você está linda, S/n.

— S/N: Obrigada — agradeci sem graça — e sua filha? Descobri que teve um bebê.

— Shibuki: Ah, ela está bem — sorriu — já tem cinco anos. Não estou mais casada, agora sou divorciada.

— S/N: O tempo passa mesmo...

Tempos atrás Shibuki e eu não se dávamos muito bem. Morávamos na mesma casa, e ela implicava comigo todos os dias. Já chegou a quase namorar o Niragi, e também dava em cima do Chishiya.

— Shibuki: Você está muito ocupada? Eu queria muito poder...conversar. Se quiser, claro.

— S/N: Podemos sim.

(...)

Chishiya Pov

— Arisu: Você vai ser meu padrinho, e vai entrar com a S/n.

— Chishiya: Já era de se esperar — sorri satisfeito e ele fez uma cara de merda — o que?

— Arisu: Você é muito besta. Já procurou pelo terno?

— Chishiya: Não, ainda não. Qual a paleta do terno dos padrinhos?

— Arisu: Branca — fiz uma careta — queria o que, rosa?

— Chishiya: Branca mancha fácil, e se eu derramar bebida não reclame.

— Chota: E a despedida de solteiro? Tem que ter! — falou animando.

— Arisu: Nem inventa, não quero fazer esse tipo de coisa. Já falei que sou um homem mudado.

— Chota: Você é fresco demais!

— Arisu: Pelo menos eu estou casado!

— Chota: Nem assinou os papéis — zombou — imbecil.

— Chishiya: Galera, eu preciso ir. — levantei — Niragi quer me encontrar.

— Arisu: Logo seu primo? Vê se não mata ele.

É meio estranho Niragi querer me ver do nada. Nós nunca fomos próximos, e agora ele me manda mensagem dizendo que precisava falar comigo.

De longe vejo ele encostado na parede fumando cigarro, e quando me viu, jogou fora e fez uma cara de sonso. Segurei o riso e cumprimentei o mesmo.

— Niragi: Eai. Como que tá a vida?

— Chishiya: De boa — observei ele — fumou maconha?

— Niragi: Fumei sim, mas só um pouco. — ele não parece estar bem — preciso da sua ajuda, cara...

— Chishiya: Depende do que for...

— Niragi: Fui expulso de casa, minha mãe me odeia e meu pai não quer saber de mim. — tirou a jaqueta e notei as marcas em seus braços — isso aqui foi ela. Me bateu sem dó, e ainda cortou meu pescoço.

— Chishiya: Merda, Niragi. Mas o que aconteceu?

— Niragi: Ela me odeia. Isso que aconteceu. — disse revoltado — posso ficar na sua casa por um tempo?

— Chishiya: É...tá. Fique por um tempo, mas precisa se ajeitar. Você sabe que eu odeio dividir apartamento — falei e ele concordou — e quero que me explique direito essa história.

— Niragi: Não vou tomar seu tempo. Eu mal fico em casa, sempre saio pra fazer uns trabalhos. — disse — eu ganho um pouco, mas não suficiente pra ter um apartamento.

— Chishiya: Então eu vou te indicar na empresa que eu trabalho.

— Niragi: Valeu — agradeceu — e pode deixar que te pago.

Ele está mesmo abatido. Nunca tive contato com a minha tia, mas sempre soube que ela reclamava de Niragi. Desde pequeno ela brigava com ele, e dava uns puxão de orelha. Meu tio defendia bem pouco, não queria se intrometer em nada.

𝙻𝚘𝚟𝚎 𝙼𝚎 𝙷𝚊𝚛𝚍𝚎𝚛 | 2°  𝚝𝚎𝚖𝚙𝚘𝚛𝚊𝚍𝚊 | Onde histórias criam vida. Descubra agora