𝙻𝚘𝚟𝚎 𝙼𝚎 𝙷𝚊𝚛𝚍𝚎𝚛 | 2° 𝚝𝚎𝚖𝚙𝚘𝚛𝚊𝚍𝚊 |

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S/N Pov

Já faz um mês que Usagi e Arisu se casaram, e por agora decidiram morar juntos em outra cidade. Kuina decidiu pedir Tamika em noivado, e foi maior loucura.

Desde o casamento o Chishiya vem me enviando mensagens, perguntando se está tudo bem ou se quero sair. Eu até pensei na possibilidade de ser alguma brincadeira, mas ele realmente está falando sério. Me ligou diversas vezes na madrugada, e as vezes dormíamos em ligação.

— Minha filha, você não vai casar? — olhei pra minha mãe e ela me encarava esperançosa — Kuina está quase casando também.

— S/N: Ah, mas ela ama alguém...

— E você não ama?

— S/N: Mãe, se você falar do Chishiya, eu juro por tudo que vou surtar — falei com calma e ela riu — sério, não temos nada.

— Claro, vocês terminaram faz tempo. E eu pedi pra que ele ficasse longe — disse— se bem que agora ele mudou. Mas isso não importa, hoje vou fazer um jantar lá em casa.

— S/N: Não quero conhecer ninguém — levantei — por favor.

— Mas é uma pessoa boa — disse quase implorando — por favor!

— S/N: Mãe, muito obrigada. Mas não.

Ela continuou falando e falando, e minha cabeça só faltava explodir. Se despediu de mim com um abraço, e logo recebo uma outra ligação do Chishiya.

— S/N: O que foi?

— Bom dia, senhoria.
Não quer dar uma volta?

— S/N: Deve estar sem tempo, né Chishiya?

— Você deve me odiar, né S/N?

Ouvi ele dar uma risada abafada após dizer isso.

— S/N: Te encontro lá. — desliguei.

(...)

— Chishiya: É bem estranho sair com você depois de muito tempo.

— S/N: Se começar com essa palhaçada, eu vou embora — falei e ele me olhou incrédulo. — desculpa. É que toda vez, você faz questão de relembrar do passado e isso me deixa irritada.

Ele concordou e ficou pensativo. De fato, todas as vezes que se encontramos Chishiya relembrava. Não suporto ter que ouvir as merdas que passamos, as humilhações. Sempre tento esquecer.

— Chishiya: É bizarro, desculpa — riu sem graça e eu fiquei sem entender — tipo, olha o que aquela louca da Kaori fez.

— S/N: Ah não, por favor — segurei a risada — foi péssimo. Não julgo, sempre me pego lembrando do que ela fazia.

— Chishiya: Eu sempre vou lembrar de vocês duas brigando no ensino médio, ou daquela vez que você pegou ela e deu um murro.

— S/N: Achou aquilo engraçado? — perguntei séria e ele ria mais ainda — fui expulsa por causa de vocês.

— Chishiya: Mas voltou. O maldito do irmão só prestou naquele tempo. Ela apanhou muito de você...

Kaori era insuportável. Talvez hoje eu nem ligue tanto se a presença dela estiver no mesmo lugar que o meu, mas no passado, eu ligaria muito. Ela me tirou do sério.

— S/N: Eu odeio isso.

— Chishiya: O que você odeia? — perguntou curioso — fiz alguma coisa?

— S/N: Fez. — respondi com um sorriso cínico — mas isso já passou.

— Chishiya: Me explica por favor.

— S/N: Vou ser sincera. Tenho vergonha do que vivi nos últimos tempos com você, ou com qualquer outra pessoa. Tentei de diversas maneiras te esquecer, e ainda sim me humilhei por pouca coisa. — ele não gostou do que falei, e fez uma cara de deboche — você sabe que é verdade, e quem mais saiu machucada nessa situação foi eu.

— Chishiya: Sim. E eu te pedi desculpas.

— S/N: Você me pediu desculpas diversas vezes, mas nunca mudou. Isso que me irrita. Eu queria que você parasse algum dia, e notasse o tanto de merda que fez comigo.

— Chishiya: Cara, eu te chamei pra gente ficar de boa. Não discutir — levantou irritado — até quando vai ficar me condenando por isso?

— S/N: Até você se arrepender de verdade, Chishiya. Porquê se algum dia você falar que me ama de verdade, vai ser só depois de ter se arrependido. E muito.

— Chishiya: Como assim?

— S/N: Não vou explicar de novo — peguei as chaves do carro — vou embora.

Não me despedi e fui indo até meu carro. Ele ficou parado me olhando com maior cara de quem não fez "NADA".