S/N Pov
— Como se sente durante esses dias?
— S/N: Acho que nada mudou — falei — mesma sensação de desânimo..
— Certo. Agora mudando um pouco do assunto, me fale sobre você S/n — ela pediu e eu fiquei quieta. Não sei o que dizer sobre mim. — quero tentar te ajudar a se reencontrar consigo mesma, quem sabe podemos saber o que está acontecendo. — minha psicóloga sabia que não se tratava só dos traumas. Chegamos a conversar diversas vezes nas consultas online, e eu chorei horrores.
— S/N: Eu sou só mais uma pessoa — falei — tentando não cair, mas é difícil — ela me olhava atentamente e parecia entender o que eu quis dizer — tipo, não acho que sou uma pessoa ruim, mas ultimamente não me sinto uma pessoa boa. Em nada.
— Você é confusa com você mesma — dizia — nós demoramos pra saber quem realmente somos, e isso faz parte. Temos pouco tempo de consulta, e consigo ver perfeitamente que a sua situação é crítica S/n. — olhei pra ela com um olhar curioso e desconfiado — o há de errado em você ou em sua vida?
(...)
Chishiya Pov
— Fiquei sabendo que a S/n está fazendo terapia — minha mãe falou — não quer fazer também?
— Chishiya: Não preciso..
— Precisa — meu pai falou num tom debochado.
— Ela era uma garota de ouro — minha mãe falou deu jeito deprimido e eu revirei os olhos — Chishiya! Não faz isso! Não digo isso por causa do término de vocês, e sim por outras situações.
— Chishiya: Tabom, mas a terapia vai ajudar ela a superar — falei — vocês falam tanto disso, até parece que sou culpado.
— Ninguém está te culpando — ela falou — mas você vive como se nada tivesse acontecido, isso me deixa indignada — começou a reclamar — a mãe dela está preocupada.
— Chishiya: Vamo mudar de assunto? — pedi impaciente e levantei — vou ir pra casa. Preciso sair mais tarde.
Não me despedi deles e fui direto pro carro. Eu não sei o que pensar sobre isso, já tem muito tempo do que aconteceu. Foram tantas coisas, tantos erros que nem eu sei mais por onde tentar consertar isso. Sei que nunca vou ter o perdão da S/n, mas tentaria ajudá-la. Só que ela não vai aceitar nem eu chegar perto dela.
Fiz outro caminho e subi a rua da casa da mãe dela, e vi o carro do Dave estacionando. Acho que estão em casa.
Tomei coragem e bati duas vezes na porta. Não demorou tanto, e a porta foi aberta por um garoto baixo. Esse me olhou com um olhar inocente e eu estranhei.
— Chishiya: Ah...a mãe da S/n está? — perguntei com um sorrisinho e ele assentiu e correu pra sala.
— Quem é? — ouvi a mulher perguntar dando risada, e quando ela me viu seu sorriso sumiu. — Chishiya... S/n está na terapia se quer saber.
— Chishiya: Achei que já tinha chegado — falei sem jeito — demora muito? Se não já vou embora..
— Demora sim. Mas fica aí, quero conversar com você — falou seriamente e eu só concordei. — Austin pode ir lá fora brincar? A tia precisa conversar — pediu e o menino concordou saindo.
— Chishiya: Aconteceu alguma coisa? — perguntei e ela negou.
— Senta aí — pediu e se sentou no outro sofá — Chishiya, eu não quero ter que voltar lá trás sobre o relacionamento. — foi nessa hora que meu coração acelerou — mas eu não admito o que fez com minha filha. Você fez ela sofrer. — dizia de uma forma fria e eu queria correr — eu mal conversava com ela, todos os dias chorava e acordava pra ir na faculdade. Até mesmo na escola. Eu não sei que merda passava na sua cabeça pra trair a minha filha, humilhar, como se ela fosse um nada! É a minha filha, Chishiya! Eu sou mãe! Não queria ver ela nessa situação, passando por psicólogo por conta de tudo que aconteceu.
— Chishiya: Mas ela não está na terapia por conta daquilo?
— Só aquilo? Tentativa de estupro? — falou no sarcasmo e negou — odeio ter que falar isso. Vai ficar parecendo que você é um monstro, mas a S/n está lá por sua causa também. Isso é outra história, e você nunca vai conseguir entender o impacto que causou no psicológico dela. Eu só quero te dizer mais uma coisa e quero que me ouça — pediu e eu assenti — eu espero que você nunca tente voltar com ela. Você foi um menino bom Chishiya. Teve seus momentos, mas acabou se afundando por erros. Erros que não tem perdão. E pode ficar tranquilo, a S/n tem eu, o pai, as meninas e os garotos e os irmãos dela pra apoiar e ajudar. Você pode seguir a sua vida.
Merda.
(...)
S/N Pov
— Kuina: Vamos na festa — pediu novamente e eu neguei — não quero você presa dentro do quarto..
— Usagi: É por causa de certas pessoas? — ri e neguei — então o que foi? — perguntou preocupada.
— S/N: Não tô no clima pra festas — me deitei na cama. Elas vieram me buscar, e estavam prontas e eu jogada na cama de pijama, comendo doce e lendo. — podem ir.
— Kuina: Então vamos ficar com você — falou e Usagi sorriu alegre e eu neguei de novo — Sim, sim! Quem liga pra festa?
— S/N: Não, vocês não vão ficar aqui! — levantei mas elas ignoraram e foram tirando os saltos — Meninas!
— Usagi: Não estamos ficando por pena, é porque não queremos te deixar sozinha — avisou — vou pegar seu pijama emprestado.
— Kuina: E eu vou avisar os meninos — pegou o celular — pode colocar uma música aí, dona S/n.
— Usagi: Gostei desse — falou — já falou com eles Kuina?
— Kuina: Falei e eles quase me xingou, mas tudo bem — deu risada — S/n, vem! Precisamos fofocar!
— Usagi: Porque está chorando? — veio até mim e segurou meu rosto. Odiava chorar na frente delas — o que foi?
— Kuina: Puta merda — murmurou e veio do meu lado também — S/n..
— S/N: Vocês estão aqui por causa que minha mãe falou? — perguntei e elas negaram — ela sabe que não quero mais sair, mas eu não quero que façam isso..
— Kuina: S/n — me abraçou de lado — nós três somos amigas. Jamais vamos te deixar pra trás, só queríamos ficar aqui — explicou — ficar trancada no quarto sem nada pra fazer é chato — riu sem graça.
— Usagi: Sim, ela tem razão — falou — não precisa se preocupar com nada, nós queremos ficar aqui.
— S/N: Certo — limpei o rosto — obrigada..
De repente as duas me deram um beijo na bochecha, uma de cada lado e eu ri com isso. A companhia delas é simplesmente incrível.
VOCÊ ESTÁ LENDO
𝙻𝚘𝚟𝚎 𝙼𝚎 𝙷𝚊𝚛𝚍𝚎𝚛 | 2° 𝚝𝚎𝚖𝚙𝚘𝚛𝚊𝚍𝚊 |
Jugendliteratur+18 Segunda temporada da primeira fanfic com Chishiya. A primeira está disponível e completa, para saber da história toda terá que ler ela inteira e por fim, começar esta. Boa leitura!