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Chishiya Pov

Dois meses. Dois meses que não vejo mais a S/n desde aquele dia. Parece que não ouço a voz dela tem anos. Os meninos vivem me dizendo que ela está bem, mas não quer contato comigo.

Por agora eu continuo sozinho. Mas todas as noites, me pego pensando nela, ou na minha mãe. Sinto falta.

— Sozinho? — olhei pro lado e vi quem eu menos imaginava.

— Chishiya: Kaori?

— Kaori: Quanto tempo — sorriu sem graça — supreso?

— Chishiya: Não — ajeitei minha postura — o que faz aqui?

— Kaori: O mesmo que você — bebeu o drink — procurando por alguém.

— Chishiya: Eu não vim procurar ninguém. — ela estava bem estranha — espera, cadê seu filho?

— Kaori: Ah, longa história. Me conte, como está as coisas com a sua namorada?

— Chishiya: Não tenho namorada e você sabe disso.

— Kaori: Perdão — riu — Relaxa, não vou ficar dando em cima nem nada.

É claro que não ia. Seu dedo tinha uma aliança, e ela estar em uma boate é muito estranho. Logo vejo seu irmão se aproximando com uma ruiva do lado, e um cara do lado. Muito familiar.

— Amiga, essa boate é tudo! — a ruiva disse animada — e seu irmão é maluco, me fez beber três doses já.

— Você é o Chishiya? — o que estava junto perguntou do nada. — acho que já te vi...

— Chishiya: Tenho certeza absoluta — respondi sarcástico — mora no mesmo condomínio da S/n, não é?

— Isso mesmo — respondeu todo simpático — achei que não iria reconhecer. Tristan.

— Chishiya: É, já ouvi falar.

— Riki: Tristan é da galera. Até chamou a S/n pra um jantar — disse e as meninas riram. Tristan ficou sem graça — não é verdade?

— Tristan: Para de ser inconveniente, Riki.

— Chishiya: E por que ela não está aqui? — zombei — já que gosta tanto.

— Riki: Ah, se eu tivesse o contato...

— Tristan: Riki! Menos. — repreendeu — Ignora ele.

— Riki: Chishiya, toma uma com a gente — disse — o que acha da gente esquecer tudo do passado?

— Kaori: Eu apoio — falou animada — vamos beber!

Não falei nada e continuei bebendo minha bebida.

(...)

S/N Pov

— Kuina: Nem acredito que vamos sair depois de muito tempo — comemorou — ânimo, S/n!

— S/N: Vou tentar — falei ainda sem animo. Não queria sair de casa por nada, mas ela conseguiu me convencer. — podemos voltar antes das três?

— Kuina: Não? A gente tem que curtir, faz muito tempo já! Vai vamos!

Pegou a chave do carro. Ela decidiu que iríamos pra uma balada diferente. Disse que nunca tinha ido, e queria conhecer. Quando entrei no carro e partimos, comecei a sentir uma leve sensação de que algo iria acontecer. Sempre tive isso um tempo atrás, e agora parece que voltou. Sei bem como lidar com isso, mas quando tudo volta, parece que me deixa cada vez pior.

Não quero reencontrar o Chishiya. Nós não se falamos faz muito tempo, e esse afastamento fez bem. Pelo menos pra mim.

(...)

— Kaori: Viu que legal? Aqui é maneiro — disse animada — vem, vamos pegar uma bebida.

Segurou minha mão e fomos indo até o barman. Era realmente muito bonito o lugar. Todo decorado com luzes néon, quadros animados e várias poltronas de couro. A pista de dança era gigante, tinha muita gente dançando e poucas estavam conversando.

— S/N: É, da pro gasto — falei e peguei minha bebida — saúde!

— Kuina: Saúde! — sorriu. – aí merda..

— S/N: O que ? — perguntei e ela fez uma cara de desgosto.

— Kuina: Eu juro que não sabia, mas olha ali.

É claro que eu ja sabia oque era. O Chishiya estava bem ali. Acompanhado de Kaori e algumas pessoas, inclusive Tristan e Riki. Não entendi nada, mas eles pareciam estar bem felizes. Kaori bêbada como sempre e seu irmão fazendo graça. Chishiya ali no meio me fez perder totalmente as esperanças de que algo poderia mudar. Nunca vou entender.

— Kuina: As vezes eu acho que alguém fez algum tipo de ritual — comentou — todo lugar aparece...

— S/N: Sinceramente? — olhei pra ela — vamos fingir que não conhecemos ele e curtir.

— Kuina: Tabom então. Vamos pro outro lado.

Fomos para o andar de cima, e tinha outra pista de dança e mais gente. Ficamos bem no meio da galera dançando, e eu continuei sentindo que algo iria acontecer. Tentei o máximo evitar pensar nisso, dei um gole na bebida e continuei dançando.

— Licença — senti um toque no meu ombro. Pronto. — desculpa, só queria passar...

Meu Deus.

— S/N: Magina, pode passar — falei totalmente sem graça.

Que homem!

Ele me olhou com um sorriso tão lindo, mais tão lindo. Ele sorria com os olhos, e era tão charmoso. Passou por mim ainda me olhando, e eu não sabia mais pra onde olhar a não ser pra ele.

Bebi mais um pouco do drink, e ele simplesmente continuou me encarando de longe, conversando com seus amigos do lado. Eu não posso ficar parada igual uma idiota, ou eu vou agir, ou vou perder.

— Quanto tempo! — ouvi uma voz super fina de longe — S/N!

— S/n: Ai que inferno...

Notas:

Eu tô viva.

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⏰ Última atualização: Oct 11 ⏰

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