𝙻𝚘𝚟𝚎 𝙼𝚎 𝙷𝚊𝚛𝚍𝚎𝚛 | 2° 𝚝𝚎𝚖𝚙𝚘𝚛𝚊𝚍𝚊 |

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S/n Pov

— Filha! — minha mãe me abraçou toda feliz — que bom que voltou. Está melhor?

— S/N: Sim mãe — claro que menti. — cadê meu pai?

— No supermercado fazendo compras. Avisei que você voltou hoje de viagem, e vamos fazer um jantar — disse animada — vai ficar por aqui ?

— S/N: Pretendo...

Peguei meu celular e tinha uma mensagem do Chishiya, dizendo que estava me esperando na praça. Senti um frio na barriga, como se fosse a primeira vez vendo ele na vida. Sorte que não era muito longe e eu fui caminhando.

Não me sinto confortável por ter voltado cedo demais, e sei que uma hora ou outra irei me encontrar com o pessoal. Tento não pensar muito se vai ser ruim ou não.

De longe vejo o Chishiya sentado no banco, e ele estava extremamente diferente. Cabelo cortado estilo mullet, na cor preto e usava roupa de skatista, bem a cara dele mesmo. Deu nem tempo de disfarçar e ele me viu.

— Chishiya: Oi — sorriu e eu não tive reação, a não ser abraçar ele rápido. Que saudades.

— S/N: Senti sua falta — confessei.

— Chishiya: Eu também — me soltou devagar e olhou em meus olhos — você está linda. Sério. Muito linda!

Sabe aquela sensação depois de reencontrar alguém que você não conseguiu dar certo? E ver ela ali de pé na sua frente, te olhando com o mesmo olhar de antes e sorrindo? É bizarro. Apesar de tudo ter sido um caos, rever o Chishiya me trouxe sensação de alívio.

— S/N: Você também — sorri tímida — é...você gostou do Canadá?

— Chishiya: Lá é bem chato, prefiro meu país. E também foi difícil acordar e não ter você e o pessoal por perto.

— S/N: Imagino — ri — no Brasil foi a mesma coisa, a diferença é que curti bastante as praias.

— Chishiya: Isso é ótimo — nem percebi e suas mãos seguravam as minhas — eu conversei com o Arisu e Usagi.

— S/N: E disseram o que ?

— Chishiya: Não teve tempo pra discutir, mas falei o que deveriam ouvir. 

— S/N: Nem sei como olhar pra cara deles...

— Chishiya: Você vai ter que fazer isso. Nós temos o chá de bebê pra ir — falou e eu fechei a cara na hora — é por uma boa causa.

— S/N: Eu não sou bem vinda e eles me odeiam.

— Chishiya: Ninguém te odeia — me repreendeu — eles só estão cegos igual eu fiquei naquele tempo. Se eles realmente te odeiam, vão ter que te expulsar e eu vou junto.

— S/N: Eu vou me arrepender — falei pra mim mesma — é melhor ir sozinho.

— Chishiya: Você não vai ficar sozinha — encarei ele — e eu tenho outro convite pra te fazer.

Ele sorriu todo animado e eu queria morrer. Geralmente esses convites sempre dão errado.

(...)