𝙻𝚘𝚟𝚎 𝙼𝚎 𝙷𝚊𝚛𝚍𝚎𝚛 | 2° 𝚝𝚎𝚖𝚙𝚘𝚛𝚊𝚍𝚊 |

047

Chishiya Pov

— Preparado para seu primeiro dia de aula? — meu pai perguntou para Mike — vai ser bom. Te garanto.

— Chishiya: Já que você é novo, pode pedir pra direção te colocar em um clube de futebol.

— Mike: É pode ser. Tem de basquete?

— Chishiya: Sim — sorri orgulhoso — tem de basquete, vôlei, futebol, natação...um monte de coisa!

Passamos pra comprar uma mochila nova pra ele, e fomos direto pra casa. Quando chegamos, vi o carro do Chota parado bem na frente e ele estava acompanhado do Arisu.

— Chota: Bora sair?

— Chishiya: Assim do nada?

— Chota: Preciso esfriar a cabeça, discuti com a garota — falou e Arisu fez uma careta.

— Arisu: É seu amigo? — me perguntou se referindo ao Mike.

— Chishiya: Irmão.

— Arisu: Que? — fez uma cara engraçada — sequestrou uma criança?

— Chishiya: Depois explico. Pai eu vou sair com o Chota e Arisu — avisei — Mike vai ficar?

— Sim, nós vamos almoçar agora.

Certo. Entramos no carro do Chota, e ele estava muito quieto. O caminho todo fomos em silêncio, e ele parou em um barzinho.

— Chota: Eu acho que não sou pai dessa criança — falou do nada. Eu e Arisu se encaramos — digo isso porque... eu vi ela conversando com um cara no telefone.

— Arisu: Pelo menos não vai ser pai.

— Chishiya: Arisu!

— Chota: Ele está certo. Ela desligou rápido, mas eu consegui ouvir perfeitamente. Dizendo que ninguém podia descobrir.

— Chishiya: Ela quer seu dinheiro — falei — essa é a resposta.

— Chota: Se esse filho não for meu mesmo, de qualquer jeito não vou fazer mais nada por ela. Vagabunda.

Ficamos bebendo e conversando, e do nada entra três garotas no bar. Loira, morena e ruiva. Provavelmente filhinhas de papai, e sustentado por eles.

— Arisu: Essa morena é bonita — comentou quase comendo com os olhos — olha isso...

— Chota: A ruiva é gata — senti malícia em seu comentário — mas a loirinha...

— Chishiya: Vem cá, vocês dois são comprometidos! — chamei a atenção e eles estavam vidrados nas três — puta que pariu.

Peguei meu celular e mandei mensagem pra S/n. Queria saber se ela estava disposta a dar uma volta mais tarde. Mesmo que a resposta seja não, queria muito que fosse sim.

— Estão sozinhos? — a voz feminina dizia atrás de mim.

— Arisu: Só nós três — respondeu todo besta e a ruiva sorria pra ele. — tão de bobeira por aqui?

— Uma voltinha — respondeu a ruiva.

— Uma e de noite tem mais — a loira disse — vamos ir em uma boate as onze. Querem ir?

— Chota: Boate? Onde? — perguntou interessado.

— Me passa seu número, vou te mandar o endereço — a morena disse e Arisu me olhava animado.

— Acho que o amigo de vocês não quer ir junto — a loira falou me olhando — você é comprometido?

— Chishiya: Não. Mas eu não estou afim de ir — respondi educadamente.

— Vai com a gente! — a ruiva pediu — vocês vão se divertir, e podemos conseguir entrada VIP de graça.

— Arisu: Que horas vai ser?

Isso vai dar merda.

(...)

S/N Pov

Sai da banheira e coloquei o roupão, indo direto pra cozinha pegar um vinho. 
Liguei a TV e coloquei no Spotify pra tocar alguma música. Ouvi batidas na porta, e na hora senti uma raiva imensa. Quem é o infeliz que vai tirar minha paz agora?!

— Oi — Tristan.

— S/N: Oi?

— Tristan: Desculpa, pode voltar a se trocar. — falou sem graça e eu notei que ainda usava o roupão.

— S/N: Espera aí então — falei e ele concordou.

Fechei a porta e corri pro quarto igual flash. Vesti a roupa e voltei pra abrir a porta. Tristan entrou com um sorrisinho sacana, e me encarou.

— Tristan: Bebendo em plena quarta?

— S/N: Não tem dia pra beber — sorri — veio fazer o que aqui?

— Tristan: Te entregar isso — esticou a mão e era sacola da Channel. — eu não sabia qual você gostava, então peguei essa aí.

Olhei sem acreditar e quando abri a caixa, era a bolsa vermelha.

— S/N: Você é louco!

— Tristan: Só aceite por favor — pediu — a bolsa não era pra qualquer garota, era pra você. E a outra é pra minha mãe.

Não aguentei e dei um abraço apertado nele. Muito fofo.

— S/N: Eu não sei porque quis me dar esse presente, mas vou te comprar algo bonito — falei — quando é seu aniversário?

— Tristan: Não — falou — não precisa.

Fiquei quieta e ele tinha um sorriso muito perverso no rosto. Sua mão acariciou meu rosto devagar, e foi descendo até meu pescoço apertando devagar. Eu já vi uma cena dessa antes, e sei exatamente o que vai acontecer. Então sem pânico, S/n. É o Tristan.

E finalmente ele me beijou.