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S/N Pov

— Desculpa te fazer acordar esse horário — meu pai dizia, e nós entramos no elevador — mas tenho uma surpresa pra você.

— S/N: Não vai me dizer que tenho mais irmãos perdidos — zoei e ele riu negando — lá vem..

Paramos no oitavo andar e ele tirou a chave do bolso. Paramos em frente a porta, e ele abriu devagar tentando fazer suspense eu só sabia rir. Quando a porta se abriu, de cara vi uma mesa de jantar enorme e em cima dela tinha uma cesta e um vaso de flor muito lindo.

— S/N: Que isso? — olhei pra ele tentando entender.

— Seu apartamento — falou todo feliz e eu abri a boca — essa cesta aí foi sua mãe que comprou, e tem uma cartinha..

Observei os detalhes do apartamento, e era a coisa mais linda. Tudo bem planejado, a sala de estar bem moderna.

— S/N: Pai — olhei pra ele — muito obrigada!

— Tudo por você — não aguentei e fui abraçar o mesmo. — só não fique dando festas, viu? Os vizinhos são muito reservados por aqui.

— S/N: Eu vou é ficar trancada aqui todos os dias — voltei a olhar a decoração — isso aqui custou uma fortuna, né?

— Com certeza. Mas você sabe, eu quis fazer desse jeito. Sei que gosta nesse estilo — explicou — está feliz?

— S/N: Demais! — sorri.

(...)

Chishiya Pov

— Arisu: Toma vergonha na cara, mandando mensagem pra S/n — me zoou — não supera nunca.

— Chota: Já se passaram mais de dois anos — falou.

— Chishiya: Idai? — falei bravo — só quis saber se estava tudo bem. N

— Arisu: Chishiya — me olhou — se acha que eu sou idiota? Se quer voltar com ela, está nítido isso!

— Chishiya: Não quero — falei — só quis tentar conversar.

— Chota: Se ela pedisse pra voltar, você voltaria? — sorriu e eu fiquei quieto — pois é. Ele quer sim, Arisu.

— Chishiya: Nós não vamos voltar, não tem nenhuma possibilidade disso acontecer — deixei avisado — esqueçam isso por favor.

— Arisu: Fica de boa, só estamos zoando — falou meio sério.

— Chota: Tá, esqueçam esse papo. Tenho uma notícia pra vocês — pegou o celular e procurou alguma coisa — temos uma festa pra ir esse final de semana.

— Arisu: Onde? — perguntou interessado

— Chota: Na casa da minha ficante — respondeu todo metido e eu ri — ela chamou eu, e pediu pra chamar vocês dois também.

— Chishiya: E vai ser boa?

— Chota: Cara, a mina é rica pra caralho! Pensa numa casa gigante, e ela tem um monte de amiga gostosa — falou todo empolgado e Arisu deu logo uma animada — eai, vamos?

— Chishiya: Vamos — falei — tô afim de pegar gente nova.

— Arisu: Mas e o Karube? Ele não vai?

— Chota: Já avisei, capaz que ele apareça por lá — deu de ombros — chamei o Yoshi também.

Peguei meu celular e vi que S/n não tinha falado mais nada. Não tinha mandado mais nenhuma mensagem, e eu também estava bloqueado em todas as redes sociais. Que merda..

(...)

S/N Pov

— Usagi: Aí amiga, ainda bem que você atendeu — entrou e eu fechei a porta — preciso conversar sobre um assunto urgente..

— S/N: Respira — pedi calmamente — senta aí, vou pegar uma água pra nós duas.

— Usagi: Não, fica aqui! — pediu nervosa e eu estranhei — por favor, eu vou precisar da sua ajuda..

— S/N: O que aconteceu? — perguntei já nervosa e ela começou a chorar — quem morreu?

— Usagi: Eu que vou morrer — limpou o rosto e suas mãos tremiam — eu acho que estou grávida, S/n.

— S/N: Calma — me aproximei e segurei suas mãos — fica calma, não entra em pânico — e ela começou a chorar de novo — quem é o pai?

— Usagi: o Theo — respondeu baixo — nós dois tivemos relação duas semanas atrás, e mesmo usando proteção você sabe que pode dar merda, né? — assenti — só que porra, porque? Porque comigo?

— S/N: Olha me escuta — ela me olhou — você já tem quase vinte e um anos, tem sua profissão e vai logo embora da casa dos seus pais, e tipo, um filho não é algo ruim — falei tentando mantê-la ficar mais de boa — a não ser que você queira ter esse bebê.

— Usagi: Esse é o problema — falou — eu quero ter esse bebê. Naquele tempo eu fiz um aborto, porque era nova demais. Ainda sou, mas dessa vez não quero ter que abortar — explicou — só que o Theo ainda não sabe disso.

— S/N: E vocês estão a quanto tempo juntos?

— Usagi: Nem somos namorados — falou meio decepcionada — o Theo é confuso, ele diz que me ama sem amar de verdade, as veze não conversa comigo por três dias e aparece como se nada tivesse acontecido.

— S/N: Vocês precisam conversar urgentemente sobre isso — falei — sou sua amiga, vou te apoiar independente da decisão.

— Usagi: Muito obrigada, sério. Se eu contasse pra minha mãe, ela ia surtar — percebi que ela tinha ficado mais aliviada — não quero passar por isso de novo..

— S/N: Se quiser pode passar uns dias aqui comigo — dei ideia — sou sozinha mesmo.

— Usagi: Tem certeza? — concordei — aí obrigada, de verdade!

— S/N: Fica de boa. Agora é melhor você marcar uma consulta, pra ver se deu positivo ou negativo..

(...)

Enquanto isso, eu esperava Usagi voltar pra cá. Ela tinha ido na casa dela buscar algumas coisas, e eu preparava uma janta pra nós duas. Peguei meu celular e não havia nenhuma mensagem de ninguém, nem dos garotos. Voltei a fazer a janta, e de repente a campainha toca. Larguei tudo pra abrir a porta, e quando abri dei de cara com um garoto. E esse rosto não é estranho..

— Você é a vizinha nova? — assenti — desculpa, o porteiro mandou te entregar  essa chave reserva.

— S/N: Acho que já te vi — comentei e peguei a chave. — Tristan.. não é?

— Isso — sorriu — Tristan. E você é a S/n. Bom te ver de novo.. 

— S/N: Mora aqui também?

— Tristan: Desde meus treze anos, mas agora moro sozinho — falou — vai ser legal ser seu vizinho, já que moro literalmente do seu lado — mostrou a porta que era realmente do lado da minha — pode ficar tranquila, eu não sou barulhento.

— S/N: Tudo bem — dei uma risada sem graça — bom, boa noite pra você Tristan.

— Tristan: Pra você também — acenou e foi pra dentro do AP dele.

Não é por nada não, mas esse Tristan ele  é bonito demais. Tem um rosto muito jovial, e um sorriso muito, muito lindo. Pena que anda com gente errada..

𝙻𝚘𝚟𝚎 𝙼𝚎 𝙷𝚊𝚛𝚍𝚎𝚛 | 2°  𝚝𝚎𝚖𝚙𝚘𝚛𝚊𝚍𝚊 | Onde histórias criam vida. Descubra agora