Cap. 23 - Piquenique

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*Manhã seguinte após a chegada a Ivy Town.

Pov. Kara

Acordo ainda enrolada nos lençóis, me perguntando se a noite anterior fora só um sonho, mas não, ao ver as roupas pelo chão, as velas já apagadas, as rosas espalhadas e o homem que dorme tranquilamente ao meu lado, as cenas da noite anterior passam na minha cabeça em um loop infinito. O sol entra pelas pequenas frestas da cortina, os lençóis ocultam meu corpo despido e bloqueiam a luz na minha pele, Monel por sua vez dorme tranquilo ao meu lado, seu rosto expressa uma paz e serenidade encantadoras. Lentamente, sentindo a fagulha de sol que entra pela janela banhar seu peito, seus olhos começam a abrir-se preguiçosamente.

 Lentamente, sentindo a fagulha de sol que entra pela janela banhar seu peito, seus olhos começam a abrir-se preguiçosamente

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- Bom dia meu amor. - digo olhando o sorriso no seu rosto.
- Bom dia cometa. - ele responde selando nossos lábios com um beijo.
- Hum, acho que poderia me acostumar com manhãs assim. - digo beijando-o novamente.
- Dormiu bem? - ele pergunta entrelaçando nossos dedos.
- Depois de ontem? Acho que dormi como não dormia a pelo menos quinze anos. Pelo menos dessa vez você não teve que sair mais cedo do quarto para driblar minha mãe. - digo sorrindo lembrando da última vez que estivemos juntos.
- Sua mãe me viu saindo naquela manhã. - ele faz uma pausa e sorri - ela estava voltando do banheiro. Ela me viu sem camisa e com os chinelos na mão, me olhou com um sorriso malicioso e voltou ao seu quarto em silêncio.
- Oh Rao, que vergonha! O que minha mãe deve ter pensado? - digo sentindo minhas bochechas corarem.
- Bem, acho que quando você disse que estava grávida ela entendeu a cena do corredor. - Monel gargalha ao meu lado.
- Monel! Oh Rao, você é terrível.
- E é por isso que você me ama. - ele diz tocando a ponta do meu nariz.
- Você e sua filha usam o mesmo argumento. Estou perdida com vocês.

Continuamos na cama por mais alguns minutos e uma fagulha da noite interior nos coloca em chamas novamente, as roupas permanecem no chão e o sol, quem liga para o sol mesmo?

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As horas passam, levantamos e nos banhamos juntos no chuveiro do banheiro, ao olhar para o corpo dele vejo algo que me chama a atenção.

- O que é isso? - pergunto apontando para seu peito.
- A tatuagem? - ele pergunta enxaguando os cabelos - são cometas.
- Mas...
- Perdi uma aposta e tive que pagar fazendo uma tatuagem, pensei que só valeria a pena eternizar algo que me lembrasse da mulher que amo, então escolhi os cometas e os tatuei junto ao meu peito, para tê-la sempre por perto. - ele explica.
- Oh Rao, eu já disse hoje que te amo? - pergunto avançando em sua direção.
- Já, mas é algo que eu nunca me canso de ouvir baby. - ele me beija com vontade e meu corpo inteiro estremece.

Ainda no chuveiro, com a música no fundo, usamos as embalagens de shampoo como microfones e continuamos com nosso dueto no nosso Karaokê particular improvisado.

"Tell me why
Ain't nothin' but a heartache
Tell me why
Ain't nothin' but a mistake
Tell me why
I never wanna hear you say
I want it that way..."

𝐻𝑜𝑝𝑒 - 𝑈𝑚𝑎 ℎ𝑖𝑠𝑡ó𝑟𝑖𝑎 𝐾𝑎𝑟𝑎𝑚𝑒𝑙  [Livro II]Onde histórias criam vida. Descubra agora