𝐻𝑜𝑝𝑒 - 𝑈𝑚𝑎 ℎ𝑖𝑠𝑡ó𝑟𝑖𝑎 𝐾𝑎𝑟𝑎𝑚𝑒𝑙 [Livro II]

Cap. 43 - El Mayarah

Pov. Hope

Hummm como é bom se espreguiçar na cama em um sábado pela manhã onde não tenho nada que fazer. A pouca luz que chega pela janela não chega a incomodar, mas posso ver os móveis com facilidade, olho para o relógio e já são 9h. Batidas na porta interrompem meus pensamentos, olho através da porta e tenho uma boa surpresa.

- Bom dia raio de sol. Como vai a namorada vai dorminhoca do sistema solar? - Carter entra equilibrando uma bandeja.
- Hum, o que eu fiz pra merecer café na cama?- pergunto recebendo um beijo carinhoso.
- Na verdade, cheguei e seu pai me recebeu, me levou pra cozinha com ele, vi que ele estava preparando uma bandeja pra sua mãe, daí perguntei se tinha problema fazer o mesmo pra você e ele disse que não desde que a porta ficasse destrancada. - Carter sorri e se encolhe em seus próprios ombros.

- Olha Carter, sei que não tenho sido a melhor namorada, mas tenho me esforçado pra fazer dar certo, então...- digo e ele encosta o dedo em meus lábios me fazendo ficar em silêncio.
- Hey, você tá com muita coisa na cabeça Hope, lembre que antes de ser seu namorado, sempre fui seu melhor amigo, eu sabia na roubada em que estava me metendo. - ele sorri e eu atiro uma almofada nele.
- Eu te amo, Carter. - é a primeira vez que digo isso a ele ou a qualquer garoto.
- Ama? - ele quase com o suco que bebia.
- Amo. - beijo seus lábios rosados e ele corresponde com amor - mamãe me disse que amar é quando a gente se sente em casa com uma pessoa, como ela se sente com o papai, eu...eu me sinto assim com você.
- Wow, nunca pensei que ouviria isso de você, é porque eu já te amo desde pequeno, e nunca pensei que você chegaria a gostar de mim. - ele sorri sem jeito e mexe nos cabelos.
- Mas eu gosto, muito, muito, muito.- digo provando as panquecas.
- Que bom, por que temos que conversar.
- Essa frase nunca termina bem nos filmes, você sabia né? - digo alcanço a sobrancelha, uma mania que adquiri com a tia Lena
- Sua tia me ligou.
- Alex? - pergunto bebendo meu suco.
- Lena.
- Rao, não quero falar sobre isso.
- Eu sei, e ela me perguntou como você está e disse que sente sua falta. - Carter coloca a bandeja de lado.
- Está sendo difícil pra mim Carter, a tia Lena é como uma segunda mãe, as vezes a irmã mais velha que eu preciso, as vezes a chefe, e tudo o que eu mais queria era não ter que esconder coisas dela, mas não posso continuar como judas, lhe dando um beijo e a apunhalando pelas costas. - digo levantando e caminhando pelo quarto.
- Eu entendo e respeito, mas já faz mais de um mês que vocês não se falam e eu acho que nunca te vi tão triste.
- Vou ficar bem, eu prometo, só preciso de você.- corro para ele e o abraço.
- E você me tem. Mas sua tia não ligou só pra isso, parece que sua mãe contou que o lugar onde eu trabalhava fechou, e sua tia me ligou pra me oferecer um estágio de TI na L-corp. Queria saber o que você acha, provavelmente ela esteja me usando como isca pra te trazer de volta, mas também acho que seria uma oportunidade melhor do que trabalhar em uma lanchonete. - ele gesticula.
- A tia Lena não é de usar as pessoas, mas sim, ela pode estar unindo o útil ao agradável. De qualquer forma é uma ótima oportunidade, meus parabéns. - digo beijando sua bochecha.
- Você não se importa se eu aceitar?
- Porque me importaria? - pergunto sem entender o rumo da conversa.
- Não sei, talvez porque aquele é o seu refúgio, é o lugar onde você trabalha, onde passa bons momentos com a sua tia, aquele é o seu mundo, não quero me meter nele sem ser convidado. É o seu espaço. - ele acaricia meu rosto.
- Acho que pode ser bom ter você por perto, e não deve recusar uma boa oportunidade por medo de me incomodar, somos colegas na escola, amigos, namorados e você vai trabalhar 15 andares abaixo de mim. - sorrio ao lembrar do tamanho da empresa. Aceite, vai ficar tudo bem.
- Mesmo? - assinto e ele me beija - Muito obrigada, você é minha Super.