Cap. 26 - "Continue a nadar "

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Pov. Kara

Os poucos dias que tiramos em Midvale para resolver pendências burocráticas se foram. De volta ao trabalho, fui recebida com flores e muitas condolências dos colegas. A Catco está acompanhando a construção de uma nova estação de tratamento de esgoto em National City, empreendimento que beneficiárá principalmente a parcela mais pobre da população, esse acompanhamento me fez agendar uma visita ao secretário de obras da cidade, um sujeito presunçoso que se acha dono do mundo. Desde ontem quando cheguei, ainda não tive coragem de ligar para Alex, vim para o trabalho e me atualizei sobre os assuntos da Catco. Continuo com meus afazeres, quando de repente uma jovenzinha de cabelos castanhos aparece correndo na minha sala.

 Continuo com meus afazeres, quando de repente uma jovenzinha de cabelos castanhos aparece correndo na minha sala

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- Nossa, sua secretária é pior que a Jess. - ela comenta sorrindo, e logo minha secretária aparece na sala.
- Senhorita Danvers, eu tentei para-la mas ela é muito rápida. - a secretária foi contrada por Cat na minha ausência.
- Tudo bem senhorita Mercer, a mocinha impaciente é minha filha, Hope.
- Oh, me desculpe, eu não sabia que a senhorita tinha uma filha, me desculpe. - a secretária tropeça em suas próprias palavras.
- Tudo bem, Hope tem acesso total a mim sempre que precisar.
- Ok, me desculpe mais uma vez. E é um prazer senhorita.
- O prazer é meu, e me chame de Hope, só Hope.

A mulher pede licença e se retira. Hope puxa a cadeira, ela carrega uma bolinha anti stress e joga aquilo no ar.

- Sua mãe não ensinou a bater na porta? - pergunto olhando de soslaio para ela enquanto assino alguns papéis.
- Na verdade, você chuta as portas, a tia Alex chuta as portas, e a tia Lena atira nelas com o seu 38, logo vocês não são um bom exemplo quando o assunto são portas. - ela sorri.
- Bem, eu te deixei na escola hoje de manhã, é quase meio dia, então o que a mocinha está fazendo aqui e não na escola ou na L-Corp? - pergunto deixando a caneta de lado, tomando sua bolinha e jogando no ar.
- Bom, uma professora faltou e não tivemos os dois últimos períodos, e a tia Lena me deu folga hoje, ela queria passar um tempo com o tio Mark e ela disse que seu eu aparecesse lá hoje ela ia voltar atrás em sua promessa de não matar Supers, então acho que é melhor ficar por aqui mesmo. - ela joga a cabeça para trás gargalhando.
- Ok querida, você ainda não respondeu minha pergunta, o que veio fazer aqui? - pergunto jogando para ela a bolinha.
- Vim te chamar pra almoçar, talvez passarmos algum tempo juntas, tenho a tarde livre, e...
- Eu sinto muito querida, mas mamãe tem a tarde cheia com pelo menos duas reuniões e mais as revisões dos últimos artigos, e...
- Mamãe, não mente pra mim. - Hope para com a bolinha por um momento e olha para mim como se procurasse algo - já passaram dias, na verdade 1 mês desde que a vovó...você sabe. Papai tem tentado te fazer sair de casa, eu tenho tentado te fazer sair de casa, e você não sai do lugar mamãe.

As palavras de Hope me atingem em cheio, a morte de Elisa está sendo difícil, mas a situação com a Alex, é como se eu tivesse perdido as duas naquele dia. Alex não me liga, não me manda mensagem, e só sei de algo sobre ela pela Kelly. Me levanto, pego uma água e bebo devagar. Hope continua falando e falando e minha cabeça começa a latejar.

𝐻𝑜𝑝𝑒 - 𝑈𝑚𝑎 ℎ𝑖𝑠𝑡ó𝑟𝑖𝑎 𝐾𝑎𝑟𝑎𝑚𝑒𝑙  [Livro II]Onde histórias criam vida. Descubra agora