Cap. 13 - Oferta de paz

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Pov. Monel

Vácuo. Quando ouvi aquela garota me chamando de pai, tudo o que estava na minha mente desapareceu como se estivesse passando por um reset. Porém, como a natureza abomina o vácuo, em segundos um caos de pensamentos preencheu minha mente. Caos que me levou a discutir com Kara, a provavelmente magoá-la, e essa era a última coisa que gostaria de ter feito. Alex me colocou para fora e com razão, conclui a missão e deixei a menina em uma sala da DEO. Aproveito e tomo um banho, sinto as gotas de água quente aderirem à minha pele e escorrerem por ela. É exatamente aquilo que preciso para tentar manter a cabeça no lugar.

 É exatamente aquilo que preciso para tentar manter a cabeça no lugar

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- Uma filha, Monel, você é papai. - digo para mim mesmo ainda sem acreditar e minhas lágrimas se misturam às gotas que caem do chuveiro.

Um filha, uma garota linda, com os mesmos cometas que a mãe. Como será que ela está? Será que ela está na escola, Deus, eu não sei nada sobre ela, do que será que ela gosta? Será que tem poderes como Kara e eu? O que será que ela sabe sobre mim? Será que vai me querer por perto? São pensamentos angustiantes que passam pela minha cabeça em um loop infinito. Nesse caso todo uma única certeza que tenho, é a de que preciso me desculpar com Kara. Ah, Kara, em anos ela não mudou nada, bem, basicamente nossos amigos pouco mudaram até mesmo Alex que é humana não demonstra sinais da idade. Mas Kara, que saudades da minha Kriptoniana, saber que temos uma filha foi um choque, mas uma alegria imensa preencheu meu coração. Eu sou pai.
Saio do chuveiro, visto uma roupa limpa e caminho até a saída, preciso vê-la. Ao me aproximar da saída encontro Alex que vem chegando.

- Alex, boa tarde. - digo tentando ser gentil.
- Boa tarde? Sério? - a ruiva parece zangada - depois do que fez ontem você tem a cara de pau de desejar bom dia?
- Alex, eu sei que está brava e tem razão. Eu estava com medo, irritado, e acabei falando coisas sem pensar. Me desculpe, eu sinto muito. - digo em tom conciliador.
- Sabe que não é a mim que tem que pedir desculpas. - ela responde ríspida e não a condeno .
- Como ela está? - pergunto preocupado.
- Triste. As coisas que você falou, as acusações que fez, desbloquearam sentimentos, coisas que em todos esses anos ela tinha guardado até de mim. Monel, eu até gosto de você, mas se você magoar mais uma vez minha irmãzinha, ou tentar magoar a minha sobrinha, eu... - ela range os dentes quase espumando pela boca.
- Hey Alex, não quero machucar ninguém, eu a amo, sempre a amei. E agora que eu sei da existência dessa menina, eu quero fazer o máximo que eu puder.
- Você a ama? - a ruiva pergunta mais calma.
- Como nunca amei ninguém neste época ou no futuro. Eu a amo com todo o meu coração Alex, nunca deixei de amá-la, e céus, se ela tivesse me contado eu teria ficado, teríamos o bebê, eu a pediria em casamento e compraria postickers nas noites de jogos. Eu teria largado tudo, teria largado tudo por ela. E é o que pretendo fazer, vou voltar ao futuro e arrumar minhas coisas, não quero perder nem mais um minuto da vida da minha filha. E mesmo que Kara não queira nada comigo, que não goste mais de mim, eu serei o homem mais feliz do mundo em apenas dividir o mesmo ar com a mulher que eu amo. - digo com algumas lágrimas brotando em meus olhos.
- Se é assim, tudo bem, mas vá com calma. Kara passou por muita coisa nestes anos, já não é mais aquele menina frágil, mas também carrega muitas cicatrizes. - ela pega minha mão - não vacile com ela.
- Só peço que me apoie Alex, eu sempre te admirei e aproveito para agradecer você por tudo que fez por Kara e Hope em todos esses anos. Eu, eu nunca vou ter palavras suficientes para agradecer.
- Não fiz nada mais do que meu papel de irmã mais velha super protetora, - seu tom é mais amigável e ela sorri pequeno - e com Hope, tenho que dividir os créditos com a Luthor que tem sido outra mãe / pai para Hope. Mas converse com Kara primeiro, depois com sua filha.
- Eu posso vê-la? - pergunto e ela anota algo em um papel pequeno e me entrega.
- O endereço é este aqui, com a chegada do bebê, Kara quis uma casa grande. Fale com ela, mas não grite e principalmente ouça o que ela tem a dizer.
- Obrigada Alex, você é a melhor. - digo a abraçando e deixando um beijo em sua bochecha.
- Tá bom, some daqui, aí da tenho uma arma e estou pensando em usá-la.

𝐻𝑜𝑝𝑒 - 𝑈𝑚𝑎 ℎ𝑖𝑠𝑡ó𝑟𝑖𝑎 𝐾𝑎𝑟𝑎𝑚𝑒𝑙  [Livro II]Onde histórias criam vida. Descubra agora