Cap. 18 - Criando coragem

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Pov. Monel

Um mês se passou desde que Kara me beijou na saída do almoço em sua casa. Desde lá, não falamos sobre o assunto, temos estado bastante na companhia um do outro; um café aqui, um jantar em casa com ela e Hope, algumas passadas na Catco para levar o almoço, sem falar nas mensagens que temos trocado. Em cada mensagem, o carinho é palpável, conversamos sobre várias coisas e também me sinto muito próximo a nossa filha, inclusive neste momento estou com o carro parado na frente da escola onde ela estuda.

- Pai? - Hope pergunta ao se aproximar e reconhecer o carro.
- Sim pequena, pensei em te levar pra almoçar. Entra. - digo abrindo a porta para ela que entra e beija meu rosto - como foi a escola hoje?

 - digo abrindo a porta para ela que entra e beija meu rosto - como foi a escola hoje?

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- Um saco, tive três provas e na prova de história eu não sabia quase nada. - ela faz uma pausa e ri - Afinal, pra que eu preciso saber o que alguém fez ou deixou de fazer se a criatura já morreu?
- Sua mãe escrito, - faço uma pausa e rimos - sua vó Elisa me contou que sua mãe tinha o mesmo argumento.
- Então, por falar na mamãe,já passou um mês e você não fez nada papai, quando pretende tomar uma atitude? - Hope pergunta sincera e eu fico sem entender.
- Como assim querida, do que você está falando?
- Como assim papai, do beijo que a mamãe te deu no dia do almoço. - ela brinca com os dedos e sorri.
- Ah, então você viu? - pergunto pensando em uma explicação.
- E como não ver, eu ficaria surpresa se depois de todos os olhares durante o almoço, as vezes em que você tocou a mão dela e o sorriso dela vendo a gente brincando de Harry Potter, se ela não tivesse te beijado assim sim eu ficaria preocupada. - ela ri e joga a cabeça para trás.
- Mas você não tinha ido ao cinema com uma amiga?
- Em primeiro lugar, foi com Carter meu amigo, e em segundo, eu esqueci minha jaqueta em casa e voltei para buscar quando vi a mamãe te beijar, depois de uns 300 surtos eu me acalmei, voei por trás da casa até minha janela, entrei e peguei minha jaqueta. Depois, sai como se nada tivesse acontecido. - ela entrega tudo e eu acabo rindo da narrativa.
- Mas e então, porque não falou nada? - pergunto curioso?
- Porque achei que você ia fazer algo a respeito, e convivo de mais com a tia Lena, ser cínica as vezes é parte do treinamento Luthor de sobrevivência. - ela ri.
- E então... Você gosta da ideia? - pergunto buscando uma aliada.
- Gostar? Papai, eu vi minha mãe chorando por anos, vi a tristeza em seus olhos muitas vezes quando olhava para mim e via seu rosto, sei dos encontros fracassados que ela teve, e daquela foto do Karaokê na primeira gaveta do criado mudo em que ela deixa um beijo toda a noite antes de dormir. Gostar? Desde que você voltou, ela tem estado feliz como eu nunca vi, seu sorriso seria capaz de iluminar toda a galáxia. Ela está feliz e quero que ela continue assim. - a resposta de Hope me deixa aliviado.
- Então, posso contar com a sua ajuda? Vai ser o nosso segredinho. - digo cochichando a última parte.
- Pode contar comigo.

Almoçamos no Noonan's, conversamos sobre a escola, sobre meu trabalho na DEO e Hope me deu algumas dicas sobre Kara e concordamos que eu vou a Catco hoje a noite já que Kara vai trabalhar até tarde para concluir a edição do mês da revista. Terminamos o almoço e deixo Hope na L-Corp e volto para o DEO.

𝐻𝑜𝑝𝑒 - 𝑈𝑚𝑎 ℎ𝑖𝑠𝑡ó𝑟𝑖𝑎 𝐾𝑎𝑟𝑎𝑚𝑒𝑙  [Livro II]Onde histórias criam vida. Descubra agora