XIV

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O dia seguinte foi sem dúvida uma merda

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O dia seguinte foi sem dúvida uma merda.

E o dia seguinte após, e todos os outros dias da semana também.

E na sexta-feira da semana seguinte o assento número dezenove ainda permanecia vazio.

Até onde ele sabia, Kiara ainda estava no hospital se recuperando do veneno que havia entrado em sua corrente sanguínea, o desgaste dela foi enorme e a garota estava apagada por ter usado até a última gota de energia existente no corpo enquanto Bakugo vomitava seu estômago por ter visto alguém morrer pela primeira vez.

Dormir havia se tornado um pesadelo, porque a sua mente insistia em repetir aquela sequência de imagens várias e várias vezes durante seu sono, em algumas noites ele a via morta, ou Deku, Kirishima, o meio merda, houve uma noite que sonhou vendo sua própria mãe ser tomada pela cor fúnebre e pelas veias saltadas tingidas em um tom de roxo mórbido enquanto o veneno escorria pelo canto de sua boca.

Bakugo ainda não havia decidido o que era pior, o fato de não ter feito nada além de agir como um peso morto, ou ver a porra da colega agonizando por ele ter sido um peso morto, os dois, ou descobrir que a pessoa responsável por aquilo só estava brincando.

Dois dias depois do ocorrido, quando havia se recuperado do choque, ele, Deku e Todoroki foram informados sobre o que de fato havia acontecido. Depois daquele dia, o rapaz passou todo o tempo livre pesquisando tudo o que estava disponível na internet sobre Beladona.

A maioria das coisas eram superficiais e as imagens quase sempre eram censuradas, mas viu o suficiente para entender que, além de poderosa, também era cruel, louca e que adorava um espetáculo.

De acordo com o histórico dela, era normal Beladona dar a prova final às autoridades quando havia a suspeita de ela estar por perto. Ou seja, ela matou aquele homem para ser vista, como se não temesse os heróis ou a polícia.

Como se fosse alguém acima de tudo.

Devido a isso os estágios haviam sido suspensos temporariamente, tanto para a segurança dos alunos e também porque a Segurança Nacional estava recrutando o máximo de heróis profissionais disponíveis para encontrar a vilã.

Os demais alunos haviam sido informados, não com tantos detalhes, sobre o ocorrido, e a escola havia entrado em contato com os responsáveis orientando que os alunos passassem o máximo de tempo que pudessem nas dependências da U.A., visto que a segurança do prédio era provavelmente a única coisa que a louca não seria capaz de atravessar.

- Ei, Kacchan... - ele diminuiu o passo quando escutou Deku o chamar. - Nós vamos nos reunir na sala comum hoje a noite, as meninas querem fazer uma sessão de cinema.

- Eu passo. - resmungou o loiro em resposta.

A última aula do dia havia acabado a há uns 10 minutos, e os professores pareciam ter feito um complô para empurrar o maior número de trabalhos e atividades, talvez na tentativa de deixar todo mundo tão sobrecarregados para não terem tempo de sequer pensar no motivo pelo qual não estavam mais saindo para os estágios.

ZERO - Katsuki BakugoOnde histórias criam vida. Descubra agora