Capítulo 15

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1 ano depois

Já fazia um ano desde o último GP que eu fui, que foi em Imola, era a semana do meu aniversário e a Red Bull me pediu pra ir porque haveria uma festa para todos que tem o nome vinculado a Red Bull.

O Carlos havia comprado uma casa em Imola então nós dois ficamos na casa dele.

Esses últimos meses não foram bons para o nosso relacionamento. Nós percebemos que não combinamos em muitas coisas, que temos muitas opiniões que divergem. Passamos por algumas situações bem ruins, mas eu queria dar mais essa chance.

Apesar que a chance não começou bem, já que ele não queria que eu viajasse junto, faz algum tempo que ele me pede pra quebrar o contrato com a Red Bull, que ele paga a multa, mas não é o que eu quero, então mantive minha posição.

Eu decidi que iria pra corrida, o que também não deixou ele feliz. Mas eu fiz mesmo assim.

Eu me vesti assim e fui

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Eu me vesti assim e fui. Quando cheguei lá, ouvi algumas pessoas cochichando e fiquei meio incomodada, mas achei que era sobre o fato do relacionamento com o Carlos, até que a Anna veio falar comigo.

– Oi, Carolina. – ela disse com um sorriso. – Bom te ver.

– Oi, Anna. – eu disse e dei um abraço nela. – Tudo bem?

– Tudo sim e com você? – ela parecia feliz por eu ainda lembrar seu nome.

– Tudo bem sim, só achava que as pessoas já teriam superado que eu namoro um piloto da ferrari depois de um ano... – falei revirando os olhos.

– Você não sabe mesmo, não é? – ela disse com uma cara meio triste.

– O que eu não sei? – perguntei confusa.

– O Carlos traz uma menina em todos os GPs, começou alguns meses depois que vocês dois anunciaram o namoro. – e ali tudo que eu acreditava desmoronou.

– Eu não sabia... Não ficaria com ele se soubesse que ele estava me traindo... – falei baixo, ainda estava tentando digerir a informação. – Obrigada por me contar, de verdade. – dei outro abraço nela.

– Todos os caras daqui ficaram bravos e surpresos quando aconteceu, parece que todos são apaixonados por você. – ela disse e sorriu pra mim. – Literalmente TODOS. – e piscou, então eu entendi o recado – Preciso ir trabalhar, foi ótimo ver você.

Max e eu não nos falamos. Mas sorrimos um para o outro quando nossos olhos se encontravam. O treino foi péssimo pra Ferrari, Carlos bateu e o motor do Charles deu problema. O clima estava pior por ser o GP de casa da Ferrari, mas eu sinceramente não estava nem aí.

Fui embora com o Carlos, mas nós não trocamos uma palavra sequer. Então, mesmo com medo, resolvi confrontar ele quando chegamos em casa.

– Você quer me dizer algo? – foi o que eu disse quando chegamos em casa.

– Agora não, Carolina, não tô com saco pra isso. – ele disse revirando os olhos.

– Agora sim, não importa como você tá. – eu falei já elevando o tom de voz.

– Que inferno. Que porra eu teria pra te falar? – ele disse com uma expressão de raiva.

– Que tal você admitir que tava com outra garota a meses? – eu falei olhando nos olhos dele e ele riu

– O que? Você gosta de fórmula 1, sabe quem são os pilotos, inclusive achei que já soubesse disso. – ele falou rindo, mas dava pra sentir que ele tava estressado com a situação.

– Você nunca gostou de mim, você só queria me conquistar e depois deixar pra lá. Por isso fez tudo que fez e eu ainda fui idiota de querer te dar outra chance. – falei e virei as costas pra ele.

Mas então ele me pegou pelos ombros e me empurrou contra a parede.

– Não vire as costas pra mim. Não fale de mim como se estivesse fazendo um favor de estar comigo. – ele disse me empurrando.

– Eu devia ter ficado com todos os seus amigos que deram em cima de mim. – eu falei e então senti uma dor aguda no rosto.

Ele tinha me batido. Ele me bateu...

– Nunca mais fale assim comigo, vadia. – ele disse e me soltou.

Foi automático, eu comecei a tremer e a chorar.  E então ele percebeu o que fez, mas já era tarde. Tarde demais.

Eu subi as escadas correndo e peguei meu casaco. Minha bolsa estava na sala e eu ia pegar ela quando estivesse saindo. Quando desci as escadas ele estava andando de um lado para o outro.

– Carol, me desculpe, me desculpe, eu não queria fazer isso com você, eu fiquei nervoso, não quero te perder. – ele falou se ajoelhando aos meus pés.

– Nunca mais ouse encostar um dedo em mim. – falei e passei por ele, peguei minha bolsa, chamei um táxi e dei a ele o único endereço que eu sabia.

Eu não conseguia parar de chorar. A coisa que eu mais temia aconteceu comigo. Eu não sabia o que fazer agora.

Desci do táxi e fui tocar a campainha. Então ele abriu a porta e sua expressão passou de confusão para preocupação quando ele viu que eu estava chorando.

– Max, eu preciso de você. – foi o que eu disse antes de abraçá-lo e começar a chorar mais ainda.

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