Capítulo 41

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                                                                                     Christian


Eu olho para o gato na cama, e ele responde com um olhar desdenhoso, a ponta de sua cauda balançando para frente e para trás em uma ameaça silenciosa.

— Isso mesmo — meus olhos dizem a ele. — Eu a peguei a noite toda, e vou fazer isso de novo e de novo. É melhor você se acostumar com isso. Ela é minha agora.

Eu vou destruir você — o olhar verde como fenda responde. — Você vai morrer de forma lenta e dolorosa sob minhas patas, como um rato. Não que eu tenha visto um rato real, mas ainda assim. Se por acaso pegá-lo com minha pata, estará fodido – e você também está.

— Puffs, saia de cima da roupa limpa — Anastasia diz, reaparecendo do banheiro, e eu assisto com satisfação quando ela espanta a criatura peluda com as roupas que está dobrando na cama uma tarefa que estou ajudando- a.

Ela ficou surpresa quando me ofereci, mas não deveria ter ficado. Não há como eu perder a chance de colocar minhas mãos em sua calcinha. Falando nisso, ela precisa de novas. Junto com roupas novas em geral. Quase tudo o que ela possui está desgastado ou é de má qualidade. Minhas mãos praticamente coçam para pegar meu telefone e fazer um pedido na Saks, mas resisto à vontade. Ela ainda não aceitaria roupas minhas e eu tenho batalhas maiores para lutar.

Como fazê-la voltar para minha casa hoje à noite.

— Aqui, eu cuido disso — diz ela, pegando uma pilha de camisetas dobradas de mim. Ela corre para o armário e coloca as roupas dentro, depois, volta para pegar uma pilha de meias. Eu a deixei guardar todas as coisas dobradas enquanto eu separava seus sutiãs, e em pouco tempo, terminamos com todas as roupas. — Uau, isso foi rápido — diz Anastasia, olhando em volta como se esperasse que uma meia perdida saltasse nela. — Não posso acreditar que fizemos isso tão rápido. Quando faço sozinha, leva horas.

— O que posso dizer? Sou bom com as minhas mãos — digo com uma cara séria, e ela me dá um sorriso com covinhas.

— Você é. Obrigada por ajudar.

— O prazer foi meu — Eu quero dizer isso também e não apenas porque tenho que lidar com sua calcinha sem parecer um pervertido. Ela não tem lavadora e secadora em seu estúdio, e a lavanderia que usa fica a três quarteirões de distância. Eu não tenho ideia de como ela sempre carregou suas coisas sozinha, mas estou feliz por estar aqui para levar o pesado saco para ela hoje.

Tenho que ter certeza de estar sempre por perto quando ela lavar a roupa, ou melhor ainda, deixar Geoffrey fazer isso por ela.

Na minha casa.

Onde eu quero que ela esteja o tempo todo.

Eu ainda não estou pronto para colocar um rótulo nesse desejo, mas ele definitivamente está lá, e quanto mais eu olho em torno de seu estúdio apertado, mais forte ele fica.

Eu não quero ela aqui.

Ela pertence em casa comigo.

— Está com fome? — pergunto quando ela pega um gato – o de tamanho médio, Cottonball – e se senta na cama para acariciá-lo. — Nós poderíamos jantar aqui antes de voltar ou ir a algum lugar em Manhattan. Por outro lado, se você não estiver com vontade de comer fora, posso pedir a Geoffrey que nos prepare alguma coisa.

Ela pisca para mim quando o gato menor, Rainha Elizabeth, pula na cama e se junta a seu irmão ronronando no colo de Anastasia. — Voltar? Para sua casa? Nós dois?

O Titã De Wall StreetOnde histórias criam vida. Descubra agora