prólogo

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A minha vida é resumida em apenas três letras: Dor.

DOR.

Dor de perda, dor de abandono...

E os piores que tem: Dor de barriga e dor de cabeça.
Nossa, dor de cabeça é horrível! Mas nada chega perto da cólica.
Tá, chega disso! Voltando aqui...

Minha mãe morreu quando eu tinha apenas 13 anos, é... Morreu quando eu mais precisava dela.
A adolescência é a fase que nós mais precisamos dos pais, e olha, não tive!

E dor de abandono...

Três dias depois do enterro da minha mãe, meu pai sumiu!
Não sumiu... Ele passou a minha guarda para a minha tia e me abandonou.

Isso pra mim foi o auge da dor.

E para pelo menos tentar me distrair com a dor, eu comecei a fazer coisas. Muitas coisas!
Comecei a usar drogas ilícitas, beber, fumar, isso com apenas 13 anos.

Mas foi assim... Ou eu entrava em uma depressão profunda, ou eu me tornava uma rebelde desgraçada.
E foi isso que eu me tornei, uma rebelde desgraçada!

Bom, hoje eu não fumo mais, só as vezes, tipo agora.

É basicamente isso, minha mãe morreu, meu pai me abandonou e agora eu vivo com a minha tia e o marido filho da puta dela

Essa sou eu! Rayane Silva, mais conhecida como...

— VOCÊ É A DECEPÇÃO DA FAMÍLIA!

É isso, como decepção da família.

— Que família, Rita? - Pergunto. — Minha mãe morreu e meu pai me abandonou, os dois eram a minha família, eu não tenho família.

— Eu sou a sua família! Eu e o Marcos. - Gargalho com a sua resposta.

— Não, você não é, muito menos esse seu marido idiota. - Digo dando uma tragada no meu Beck.

— Olha a que ponto você chegou, Rayane! Está fumando bem na minha frente!

— Você mesmo disse pra mim não te esconder nada, então...

— Me dá isso aqui! - Ela pega o Beck da minha mão.

— Ei! Isso foi caro!

— E você comprou com o MEU dinheiro! - Reviro os olhos. — Já é a sétima escola, Rayane! SÉTIMA!

— Ai meu Deus!!!! Vai vai vai!!! - Torço euforica olhando para a tv. — Nossa... Quase!!! CARALHO!

Estou assistindo basquete, basquete do EUA, Eu simplesmente amo!

— Você está me escutando?!

— Sim... - Respondo concentrada na TV.

— Então olha para mim enquanto eu falo!

— Eu escuto com os ouvidos não com os olhos!

E a bola de basquete vai para o "melhor jogador" de Nova York.

Pra mim ele não é o melhor jogador, ele parece ser tão... Metidinho, filhinho de papai, mimado e... Ok, confesso que ele pode ser o melhor jogador, mas é METIDO!

Você ama ele, ele basicamente é seu ídolo, vc só fala isso pra disfarçar. - Meu subconsciente me explana para mim mesma.

— Eu não estou aguentando mais ficar te colocando nas escolas!

— Nossa, ele é muito gostoso. - Elogio o jogador lindo do caralho.

Eduardo Styles, mais conhecido com o melhor jogador do time que eu torço. Ok, ele pode ser metidinho, mas é um baita de um gostoso.

Meu Verdadeiro Lar - Cretinos Nível Hard (1° Livro)Onde histórias criam vida. Descubra agora