capítulo 17

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— Oi! É que a Bruna esqueceu o telefone dela aqui e eu vim pegar para ela. - Explico.

— Pode entrar! - Aceno e entro no escritório. —Me perdoe a bagunça.

— Tudo bem! Hum... - Procuro pelo o celular dela. — Você sabe aonde está?

— O telefone? - Ela dá uma breve olhada pelo o escritório. — Não sei... Posso te ajudar a encontrar.

— Tá, obrigada.

— Por nada!

Dou uma olhada pela a mesa, mas o celular não estava ali.

— Que bagunça! Meu Deus! - Keren reclama procurando também.

— Bom, se quiser eu posso te ajudar a arrumar aqui. - Me prontifico e ela me olha.

— Sério? Adoraria! - Sorrio.

É, isso já é uma forma de se desculpar com a pessoa?

— Até pediria para a Cláudia arrumar aqui, mas gosto de deixar meu escritório da forma que eu gosto.

— Entendo.

— Meu Deus! Aonde foi parar esse telefone? - ela procura mais.

— Talvez ele esteja em outro lugar... - Me viro. — Vou procurar na sala.

— Não! - Ela me para e eu me viro. — Deve... Estar aqui sim, que tal a gente arrumar primeiro? Talvez ele apareça.

Ela quer a minha companhia? Uau, isso foi... Estranhamente bom? Se eu fosse ela, depois de segunda-feira eu nem olharia pra minha cara.

— Ah, claro!

— Ok então, pode me ajudar a juntar esses papéis? - Aponta para a mesa.

— Sim claro. - Me aproximo da mesa e começo a juntar os papéis.

— Sabe... Aqui é muito corrido, o dia passa rápido, só no sábado que eu tenho tempo para arrumar tudo.

— Você trabalha de que? - Pergunto.

— Eu sou... Trabalho na área médica.

— Ah! Que legal. Era meu sonho de infância. - Ela sorri.

— Jura??

— Sim, eu queria muito ser médica, meus brinquedos eram tudo virado a medicina, eu amava.

— Você tem cara de médica. - Ela ri e eu também. — Já pensou em fazer sua faculdade?

— Hoje em dia eu não sei muito se quero ser médica mesmo. Além de ser um trabalho maravilhoso creio que é bem duro e difícil.

— E é. - Ela concorda. — Tenho uns pacientes que meu Deus! - Gargalho. — Mas eu amo meu trabalho, ver as pessoas felizes me faz feliz.

— Você parece ser ótima.

— Obrigada! Aqui em Nova York é bem difícil lidar com os pacientes, mas eu amo.

— Sei disso.

— Creio que lá no Brasil deve ser mais fácil, não?

— Nossa, não! Não mesmo. - Ela ri. — Tem pessoas maravilhosas lá, mas nossa, tem pessoas que só Deus na causa! É uma mistura de pessoas.

— Sim! Já vi no jornal alguns acontecimentos de lá, vi uma mulher que foi presa por roubar um urso de pelúcia! - Eu Gargalho.

— Também vi essa notícia.

Keren sai do seu lugar, e caminha até a porta, ela fecha a mesma.

— Pra termos mais privacidade. - Ela diz, volta para onde estava e se senta em sua cadeira. — Fique a vontade! -Ela aponta para a cadeira.

Meu Verdadeiro Lar - Cretinos Nível Hard (1° Livro)Onde histórias criam vida. Descubra agora