Meu Verdadeiro Lar - Cretinos Nível Hard (1° Livro)

capítulo 42

Eduardo

Que porra é essa???

Como assim? Como assim??? Como assim... Depois de acabar com a minha vida essa praga volta pra me atormentar??? Porque com ela eu nunca tenho paz?

Ela destruiu a minha vida! Acabou com o meu coração, e acabou com tudo!

— Calma cara. - Lucas da um soco no meu braço.

— Calma, Lucas?! Esse Satanás voltou por que??? Que desgraça! Porra!

— Eu te falei... Por mim ela já estaria debaixo de sete palmos de terra.

— O por que não fez? Mata essa desgraçada logo!

— Você falou isso e depois voltou atrás, não vou matar ela e pra depois você carregar o peso da morte dela.

— Porra! Eu odeio essa miserável! Eu odeio!

Ela me fez de tolo, me fez acreditar nela e acabou com a própria vida! Como ela conseguiu matar a própria mãe? A própria mãe que ainda estava prestes a dar a luz? Ela não merece viver! Não merece!

— EDUARDO! - Matheus abre a porta do meu quarto, olho para ele.

— Ué, será que aqui não tem porta? - Lucas pergunta.

— A Rayane... Ela está mal, ela não está... Como se diz??? COMO SE DIZ??? - Matheus pergunta para a Bruna.

— Ela está tendo um ataque, crise de ansiedade, ou crise de pânico, está forte, terrivelmente, ela não está conseguindo controlar e... - Me levanto rapidamente e saio do meu quarto, indo direto para o quarto dela.

— Como você sabe disso tudo?? - escuto Matheus perguntar para a Bruna.

Chego no quarto dela, a porta estava totalmente aberta, olho para ela que está inquieta no quarto, seus olhos vermelhos de tanto chorar, e novamente eu vejo ela vulnerável, mais vulnerável que antes.

Entro no quarto e fecho a porta.

— Ei... - Chamo ela que para de andar e me olha, ela não diz nada, só vem rápido até a mim e me abraça, abraço ela forte escutando um soluço que saiu da sua garganta.

Eu me sinto bem ao ver que ela se sente confortável comigo nessas horas, acho que é porquê eu estava com ela na primeira vez, eu fico feliz em poder ajudá-la no momento em que precisar.

— Respira fundo, meu amor. - digo baixo e escuto sua respiração enquanto beijo o topo da sua cabeça.

Fico ali abraçado com ela por minutos, até ela se sentir 100% bem.
Assim que ela se afasta eu a olho, ela limpa as lágrimas e sorri pequeno.

— Está melhor? - Ela assente. — O que aconteceu pra você ter essa crise forte? - Pergunto tranquilamente pra ela não ficar apreensiva.

— Eu... - Ela tenta falar mas os olhos dela se enchem de lágrimas novamente.

Droga! Que porra aconteceu??

— A Jéssica...

Só de escutar esse nome a raiva sobe pelas minhas veias.

— Ela que fez alguma coisa?? - Ela nega com a cabeça.

— Ela... Ela matou a mãe... - Ela começa a chorar novamente. — Ela matou... - Puxo o braço dela e a abraço novamente.

Sinto a raiva me dominando, e só de pensar no que aquela louca fez meu coração dói, meu coração dói tanto... Não foi só a mãe que ela matou, não foi só o irmão que ela matou... Ela matou um pedaço de mim, e isso vai ficar marcado em mim pra sempre, eu nunca vou esquecer o que essa maldita fez.