Meu Verdadeiro Lar - Cretinos Nível Hard (1° Livro)

capítulo 54

— Anda, Rayane! Seu pai está te esperando! - Matheus da um tapa na minha cabeça.

— Eu não vou! - Me cubro com a coberta.

— Amiga, há algum momento você vai ter que encarar. - Escuto Bruna.

— Que encarar o que, eu não quero encarar!

— Ei, maninha... Você precisa, ele descobriu da pior maneira possível, e você deve explicações. - Matheus diz.

Me descubro da cama e me sento.

— Tudo culpa daquela vadia! - Reclamo. — Só foi ela chegar que tudo começou a dar errado!

— Amiga, depois nós vamos poder falar dela o quanto quiser. - Bruna me puxa me fazendo ficar de pé. — Mas agora você tem que conversar com o seu pai. - Assinto. — Quer um pouquinho? - Ela estende a mão que está com um saco de doritos, nego com a cabeça.

— Tudo bem... - Respiro fundo. — Tudo bem, tudo bem. - Me levanto colocando meu chinelo. — Vamos lá.

— Isso aí! Vamos lá.

Matheus abre a porta do quarto, e assim que eu saio, Eduardo também sai do quarto do Joseph com ele no colo, ele simplesmente finge que não estamos ali e sai.

— Impressão minha ou ele está bravo? - Bruna pergunta enquanto começamos a andar para fora do corredor.

— Nós tivemos um desentendimento, mas isso não é importante agora.

O menos importante... Sim.

Chego no começo da escada, e vejo Eduardo sentado segurando o Joseph, meu pai sentado em outro sofá, com a cara mais fechada do mundo.

Ele está muito puto, totalmente puto, totalmente.

A Jéssica está abraçada chorando no colo da Keren que também está chorando.

Respiro fundo sentindo uma angústia...

Não era pra nada disso estar acontecendo, eu podia evitar mas não evitei, eu errei.

— Eu não estou aguentando ver a Jéssica fazendo minha mãe de otária. - Matheus fala baixo. — Olha isso. - Olho para a Keren que parece estar sofrendo mais do que a própria Jéssica. — É hoje que eu vou contar para ela, é agora.

— Meu Deus... - Bruna sussurra e come um doritos. — Esse feriado não vai ser nada bom. - Começamos a descer a escada.

Como nossos passos estavam fazendo barulho, chamamos a antenção de todos, meu pai olha para mim e eu vejo o quanto ele está bravo, a Kerem está chorando junto com a Jéssica.

Chego no primeiro andar totalmente nervosa.
Vai ser difícil, sim, vai.

— Eu não acredito que isso está acontecendo. - Meu pai começa. — Vocês são grandes o suficiente para entender o que é o certo e o errado.

— Sim, nós somos. - Eduardo diz. — E eu ainda não estou vendo erro nenhum. - Meu pai olha para ele bravo.

— Não está vendo??? Nós somos uma família! Vocês são primos! PRIMOS!

— Amor! Calma. - Keren toca no seu braço.

— Sem contar que a Jéssica está tentando falar com você, se acertar com você desde quando ela chegou aqui! Agora olha como você deixou a garota. - Eduardo ri com desgosto.

— E eu tenho culpa, Leandro? - Pergunta. — Eu deixei bem claro para ela que não queria nada, ela insistiu por que quis! E olha, eu te aconselho a não passar a mão na cabeça dela.