capítulo 36

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Segunda-feira.
SEGUNDA-FEIRA.
Eu odeio segundas, odeio terças, odeio quartas... E assim sucessivamente.

Esse café da manhã foi meio desconfortável, por mais que ninguém tenha notado, foi desconfortável para mim e para Eduardo.
E olha que não passamos de beijos e amassos.

Acho que agora vamos ficar assim até esquecermos que nos beijamos, o que é impossível porque o que eu quero fazer é beijá-lo novamente.
Mas acho que isso não vai acontecer porquê depois daquela mini conversa no quarto ele está bem afastado.

Acabo de escovar os dentes, saio do banheiro e pego minha mochila.
Mando mensagem para a Bruna e saio do quarto.

Assim que eu saio do quarto Eduardo entra no corredor, dou uma paralisada assim que vejo ele, mas tento parecer que está tudo bem, ele entra no corredor.

— Bom dia, abelhinha. - Ele diz passando por mim normalmente.

— Bom dia...? - Respondo confusa.

Ele é... Estranho?

Não, ele está agindo como se nada tivesse acontecido.

— Vamos?? - Matheus pergunta e eu assinto.

— Vamos.

Descemos as escadas e vimos Keren, meu pai e Joseph como todos os dias.

— tenham um ótimo dia! - Keren diz nos abraçando.

— Você também! - Respondemos juntos.

Meu pai também nos abraça, e saímos de casa.
Matheus pega o carro, e eu entro, e finalmente fomos para a escola ou melhor, vamos buscar a Bruna para depois irmos para a escola.

Eduardo está agindo como se nada tivesse acontecido... Por que ele agiria assim sendo que ele ama me provocar e fazer eu me lembrar sempre do que fizemos??

Por que isso te incomoda??

Verdade, por que isso me incomoda?? Fui eu que quis assim, e vai continuar assim, assim é melhor para nós dois e para a minha relação com o meu pai.

— O que te incomoda? - Matheus pergunta e eu olho para ele.

— O que? Nada. - Sorrio pra ele. — Estou nervosa para a avaliação de hoje.

— Eu também estou! - ele diz. — Meu Deus... Eu estou precisando de nota para biologia, preciso me sair bem, aliás, eu vou me sair bem.

— Você vai! Estudou bastante para isso, não é? - ele aperta os lábios um no outro.

— Não... - Dou risadas.

— Assim fica foda!

— Mas eu estou com o meu anjinho da guarda!! Ele vai me ajudar, é óbvio que vai!!

— Se você diz...

...

Já passamos na casa da Bruna, e eles não param de falar desde quando entraram no carro, e eu nem estou prestando a atenção na conversa.

Eu queria muito prestar, mas não consigo, as vezes eu tento ficar na ativa, mas do nada meus pensamentos vão para o Eduardo, para o porque ele estar agindo tão normal, meus pensamentos ficam nele, e a conversa dos dois vão ficando cada vez mais baixa e distante...

Por que ele agiu como se nada tivesse acontecido???

— RAYANE!!!! - Bruna bate no meu braço???

— Oii??? - Me assusto olhando para ela.

— Você acha? - Ela pergunta.

Acho o que???

— Acho! É óbvio que acho. - Os dois faz um "O" com a boca e soltam um som assustados.

Meu Verdadeiro Lar - Cretinos Nível Hard (1° Livro)Onde histórias criam vida. Descubra agora